
por: Kathy
Foi lançada ontem uma campanha que incentiva uma participação ainda maior dos pais na criação e cuidado com os filhotes. A iniciativa, chamada de "Dá Licença, eu sou pai" tem como objetivo informar os homens sobre a licença-paternidade, estimular a participação deles já nos primeiros dias do nascimento do bebê, apoiar a ampliação da licença-paternidade, que hoje em dia é de 5 dias, para um mês, além de também ressaltar a importância do pai nesse momento de vínculo sendo criado com o novo integrante da família.
Achei a iniciativa ótima, pois vai de encontro com tudo o que a gente prega por aqui como Mamíferas: com o apoio do companheiro, a mulher tem muito mais condições de passar por esse período "punk" que é o começo da maternidade. Arrisco dizer que uma campanha desse tipo deve até mesmo ajudar na amamentação. Sabemos que uma mãe sã e com apoio devido consegue lidar muito melhor com esse período, e por apoio aqui entendo tanto o psicológico, o afetivo e emocional quanto o e real mesmo - do tipo - ter alguém pra cuidar de coisas na casa, preparar refeições, ajudar com os outros filhos e até mesmo ficar algum tempo com o bebê enquanto a mãe se alimenta, toma um banho ou descansa um pouquinho.
Nem preciso dizer da importância que é ter o pai presente no caso de uma adoção,por exemplo, onde existe um reconhecimento mútuo e é vital a participação do pai nesse processo. Segundo informações que andei apurando pela internet, a campanha, organizada pela Rede de Homens pela Equidade de Gênero com parceria do Instituto Papai http://www.papai.org.br acontece inicialmente em São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Florianópolis e contará com comerciais de TV com o apoio de atores e pais como José Wilker, Alexandre Borges e Marcelo Cerrado.
Adorei tudo o que li no site do Instituto Papai sobre a campanha, principalmente esse trecho: "..."Este é, principalmente, um direito da criança, de ter o pai e a mãe ao seu lado neste momento tão importante de acolhida, seja pelo nascimento ou pela adoção”, avalia Jorge Lyra, integrante da Rede Brasileira de Homens pela Equidade de Gênero.
É justamente por entender a licença paternidade como um direito da infância - bem como, uma importante política de gênero que pretende modificar a idéia do cuidado dos filhos como uma responsabilidade exclusiva das mães/mulheres - que algumas instituições e governos já estão ampliando o período do benefício. Desde setembro, a Fundação Carlos Chagas adotou o prazo de 30 dias para a licença. Funcionários públicos estaduais do Rio de Janeiro e de Pernambuco já contam com 15 dias."
Muito justo com os papais, extremamente importante também para nós mamães e de especial importância para os pequenos. Apoiadíssimo!
Imagem: www.gettyimages.com.br
5 comentários:
Penso bem na funcionalidade disso, pra mim foi bem melhor quando ele voltou a trabalhar porque além de não me ajudar muito era mais um pra eu cuidar nesse período "punk" que foi o começo e eu tinha passado por uma cesárea, então tinha bebê, pós-cirurgico e um outro bebezão pra eu tomar conta.
Acho que se o pai estiver realmente disposto a assumir sua posição e ser tão mamífero quanto a gente, essa iniciativa é perfeita, só não vale disfrutar dessa licença maior como "férias" e dar mais trabalho ainda pra mulher. rs*
beijos!
Meu marido tem sido muuuito participativo. Moramos no exterior, longe da familia. Se nao fosse pelo marido, ai de mm!!! Apoio a iniciativa!!!
Meu marido trabalha em casa, assim como eu. Acho que é uma maravilha esta participação paterna. No meu caso, começou no parto domiciliar. Desde sempre meu marido ajuda nos cuidados com o Miguel. Demos juntos o primeiro banho e ele sempre ficou responsável pelo banho da noite. Esta campanha é perfeita para despertar o papífero que existe em cada pai.
Olá Mamíferas!
Sou pai de Nara Rosa, hoje com 5 meses.
Trabalho e estudo, fiquei revoltado com a licença de apenas 5 dias.
Fui eu que dei o primeiro banho, era eu que trocava as fraldas nesses primeiros dias...
Mas depois disso, não pude ajudar muito minha mulher, pois mal paro em casa... acho que agora estou até dando mais trabalho, pq para ficar junto delas, vou almoçar em casa, mas é tão corrido que eu não tenho tempo nem de lavar meu prato...
Acho injusto o homem ter uma licença tão curta... é uma politica pública muito machista essa...
Pra piorar, são 5 dias CORRIDOS! A Nara nasceu na sexta-feira, resultado: minha licença acabou na terça... ridículo isso!
Um abraço e parabéns pelo lindo blog!
Gabriel Dread
Pai é tudo nestes primeiros dias... Eu sinto na pele. Com a Isadora tive o Renato muito presente, até mais do que eu alguns momentos, já que eu trabalhava demais quando ela era bebê e agora ele está longe, morando em outro Estado. Quando o Pietro nasceu foram só 7 dias com a gente, como fiquei mais de 3 no hospital, sobrou pouco. E confesso, é muito difícil bancar tudo sozinha... Pai tem que estar perto!
Postar um comentário