por: Yuri (mamífera convidada)
A Yasmin teve cólicas terríveis após cada mamada e que só terminaram quando ela completou 3 meses e 2 dias. Dei homeopatia e alopatia e ficávamos horas caminhando, cantando, fazendo massagens e nada funcionou.
Muito mais tarde descobri que ela tem intolerância à lactose e eu bebia muito leite, cerca de 1 litro por dia, além de consumir muitos derivados também. Concluí que isso deveria passar pra ela, causando tanto desconforto.
O Hugo também teve muitas cólicas, mas estas duravam exatas duas horas, entre 19 e 21h, todos os dias até os 4 meses. Lancei mão de todas as técnicas e recursos naturais acessíveis pra amenizá-las, só não recorri à alopatia.
Primeiro de tudo tratava de me preparar para o momento. Umas 4 da tarde tomava um banho longo, uma boa xícara de chá de camomila e cochilava um pouco. Como se estivesse me preparando pra uma guerra mesmo, pra reunir todas as forças e não passar estresse para o bebê, o que piora tudo.
Depois dava um longo banho nele com chá de camomila. Enchia bastante a banheira, pra ele ficar com água até o pescoço mesmo, e colocava nesta água chá de camomila concentrado, feito com as florzinhas. Media a temperatura para ficar a 36º e deixava ele dentro da banheira até a água ficar morninha, por 20 a 25 minutos. Ele já saía de lá quase dormindo. Enrolava na toalha e dava peito assim mesmo, pra ele não despertar. Depois ia colocando a roupinha devagar.
Após o término da mamada, deixava-o mais uma meia hora dormindo em cima de mim, com a barriguinha dele virada pra mim, esquentando. Em geral, eu também cochilava.
Depois deixava que ele deslizasse pra cama, me virava de lado, tudo pra não acordar.
Depois deixava que ele deslizasse pra cama, me virava de lado, tudo pra não acordar.
Mas muitas vezes isso também não evitava que ele acordasse e se isso acontecesse neste período, as cólicas apareciam com força mesmo!
Aí eu colocava no sling e saía caminhando. Funcionava quase sempre, mas em geral tinha mais efeito se fosse fora de casa. Mas era só tirar do sling que a cólica voltava.
Então a gente acabou desistindo de não ficar com ele e deixávamos ele grudado na gente o tempo todo entre 19 e 21-22h. Se eu tivesse que sair da cama por exemplo, eu o passava pro colo do meu marido. Acho que o calor do nosso corpo ajuda nisso.
Também tomei muito banho de chuveiro com o Hugo, o barulho e a água caindo no corpinho deles acalma muito. Quando nada resolvia, entrávamos os dois no chuveiro e ele saía de lá dormindo. Acostumou tanto que algumas vezes só de abrir o chuveiro ele dormia.
Dei homeopatia que funcionou alguns dias e depois piorou. Parece que ele tinha uma certa sensibilidade.
Dei homeopatia que funcionou alguns dias e depois piorou. Parece que ele tinha uma certa sensibilidade.
Terapia floral, amenizou muito, mas ele seguia apresentando sinais de irritação no horário fatídico. Para confessar, até hoje ele fica meio nervoso neste período.
Eu já ouvi várias explicações pra cólica:
Você já ouviu falar da síndrome do adormecer? Pois é, é quando o metabolismo dos bebês já está avisando que o dia acabou pra eles e começam a ficar nervosos. Também é um horário que reúne um certo stress da casa... maridos chegando do trabalho, outros filhos da escola, mamãe cansada do dia....
Outra é uma que uma homeopata me deu, disse que estava inclusive fazendo um estudo sobre isso. Disse que achava que não era cólica o que os bebês tinham ao cair da noite, mas sim fome. Porque como a mãe já está cansada e amamentou o dia todo, não é mais capaz de produzir o leite gordo, então o bebê mama, mama, mama e não se satisfaz, por isso chora. Eu particularmente achei a teoria meio estranha, dá margem pra justificar a entrada do NAN por exemplo, mas aí ela arrematou dizendo que estava sugerindo às mães que dormissem pelo menos uma hora e meia antes do horário das cólicas pra produzir o leite gordo. Disse que pela sua pesquisa estava dando certo.
Tem uma explicação mais espiritualista, que tem a ver com a aceitação do bebê sobre sua missão.
E tem outra sobre leitura corporal que seria que problemas relacionados ao aparelho digestivo da criança teriam a ver com a impossibilidade de expressar seus sentimentos no ambiente onde está.
Outra clássica, a fisiológica. Tem a ver com o amadurecimento do sistema digestivo do pequeno que não funcionava na barriga da mãe.
Enfim, minha experiência me mostrou algumas coisas fundamentais: o estado emocional/físico/ psíquico interfere totalmente na intensidade (e até na existência) das cólicas. A alimentação também interfere, mas é uma equação dificílima de se montar porque a gente nunca come uma só coisa de cada vez para saber o que tirar.
E a última é que você está disponível para se conectar com seu bebê pode experimentar algo mágico. Vocês estão se conhecendo e estabelecendo uma relação que será única e ele certamente irá te mostrar o caminho. Confie!
Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
Um comentário:
Nooossa! O meu bebe sofreu com colicas. So ele nao! Eu e o maridao sofremos juntos desesperamente! Foi um periodo horrivel!
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