por: Sabrina Marsigli - mamífera convidada
Pois é. Minha pequena está com quase dois anos e está saindo das fraldas. Agora usa calcinha igual à mamãe! Confesso que ficava um pouco confusa quando pensava como seria a passagem dela para o “troninho”, mas hoje (depois de alguns tropeços iniciais) posso afirmar que é bem mais simples do que eu imaginava.
Começou assim: sentimos (meu marido e eu) que havia chegado o momento de dizer adeus às fraldas pois ela passou a ficar bastante incomodada quando estava suja. Toda vez que íamos pegá-la no colo ela dizia “Nãããão! Tem cocô, tem cocô!”. Também passou a nos avisar sempre que estava fazendo xixi ou cocô: arregalava os olhinhos, como quem está descobrindo uma nova sensação, e dizia “xixi, mamãe, xixi!”.
Decidimos tentar. Lá fui eu em busca de artigos sobre o assunto, esperando encontrar alguma dica prática, qualquer coisa que desse um rumo certo na cabeça dessa mãe de primeira viagem. Ledo engano. A “coisa” parecia mesmo complicada pelos textos, cheios de pequenas regras e formas de agir para cada situação, além de muitas opiniões diferentes a respeito do mesmo tema.
Sem muita convicção, fomos em frente. Ganhamos da vovó um adaptador para a privada, mas sempre que colocávamos ela sentada lá... nada acontecia, mas era só descer do vaso para o xixi correr solto. Sentimos que alguma coisa estava errada. E estava mesmo: como poderíamos querer ajudá-la se as nossas próprias cabeças estavam relativamente confusas sobre o assunto? Paramos tudo e deixamos as tentativas (e todos aqueles textos) de lado por um tempo.
Alguns dias depois, ela passou a fugir quando íamos vestir a fralda. “Opa, mais um sinal!”, pensamos. Dessa vez deixamos tudo rolar naturalmente, sem regras pré-estabelecidas, e agimos de acordo com nossas intuições. Assim, quando ela não queria colocar a fralda colocávamos a calcinha ou a deixávamos sem nada mesmo e, junto, vinha o aviso simples e direto: “filha, você está sem as fraldas, assim, se sentir o xixi ou o cocô chegar você precisa avisar a mamãe ou o papai para fazermos tudo na privadinha, certo?”.
Certo! No início, quando ela ainda estava começando a entender todo o processo, o xixi só saía mesmo depois da terceira ou quarta (ou quinta...) ida ao banheiro dentro dos mesmos cinco minutos. Levávamos sempre que ela pedia, com muita boa vontade (pois ela também estava aprendendo). Muitas vezes sentava lá e dizia “não tem não...”, ou dizia “é só pum, mamãe”. Nessa fase também escapava um ou dois xixis por dia. Procurávamos ficar atentos para agirmos sem broncas ou reprimendas, mas sim com compreensão e companheirismo. “Escapou filha? Tudo bem, você ajuda a mamãe a limpar? E se vier mais xixi aí avisa a mamãe, tá?”.
Em muito pouco tempo (uma semana talvez) ela passou a entender e controlar muito bem os sinais de seu corpo, e as idas ao banheiro deixaram de ser em vão. Cada xixi ou cocô feito era acompanhado por uma festa completa: palmas do papai e da mamãe, seguidas de olhares atentos para o vaso (“olha aí o cocô da Clarinha...”) e, por fim, um tchau bem grande para o xixi ou para o cocô antes da descarga. Assim, cada ida ao banheiro se tornou uma diversão familiar.
Hoje estamos assim: fralda só para dormir, quando está acordada é só calcinha (mas estamos pensando em tirar a fralda pelo menos na hora do soninho da tarde). Para sair também colocamos a fraldinha (mas também estamos pensando em tirar pelo menos quando formos para lugares conhecidos, como a casa da vovó). Agora sim, estamos indo muito bem! Do nosso jeito, com paciência, boa vontade e confiança estamos ajudando nossa pequena a deixar as fraldas de forma natural e sem traumas.
Além disso, toda essa história nos fez reaprender o que já sabíamos (mas que na correria do dia a dia esquecemos de colocar em prática): que aceitar a natureza e seguir nossas sinceras intuições é sempre a melhor receita para caminharmos ao lado de nossos filhos.
Começou assim: sentimos (meu marido e eu) que havia chegado o momento de dizer adeus às fraldas pois ela passou a ficar bastante incomodada quando estava suja. Toda vez que íamos pegá-la no colo ela dizia “Nãããão! Tem cocô, tem cocô!”. Também passou a nos avisar sempre que estava fazendo xixi ou cocô: arregalava os olhinhos, como quem está descobrindo uma nova sensação, e dizia “xixi, mamãe, xixi!”.
Decidimos tentar. Lá fui eu em busca de artigos sobre o assunto, esperando encontrar alguma dica prática, qualquer coisa que desse um rumo certo na cabeça dessa mãe de primeira viagem. Ledo engano. A “coisa” parecia mesmo complicada pelos textos, cheios de pequenas regras e formas de agir para cada situação, além de muitas opiniões diferentes a respeito do mesmo tema.
Sem muita convicção, fomos em frente. Ganhamos da vovó um adaptador para a privada, mas sempre que colocávamos ela sentada lá... nada acontecia, mas era só descer do vaso para o xixi correr solto. Sentimos que alguma coisa estava errada. E estava mesmo: como poderíamos querer ajudá-la se as nossas próprias cabeças estavam relativamente confusas sobre o assunto? Paramos tudo e deixamos as tentativas (e todos aqueles textos) de lado por um tempo.
Alguns dias depois, ela passou a fugir quando íamos vestir a fralda. “Opa, mais um sinal!”, pensamos. Dessa vez deixamos tudo rolar naturalmente, sem regras pré-estabelecidas, e agimos de acordo com nossas intuições. Assim, quando ela não queria colocar a fralda colocávamos a calcinha ou a deixávamos sem nada mesmo e, junto, vinha o aviso simples e direto: “filha, você está sem as fraldas, assim, se sentir o xixi ou o cocô chegar você precisa avisar a mamãe ou o papai para fazermos tudo na privadinha, certo?”.
Certo! No início, quando ela ainda estava começando a entender todo o processo, o xixi só saía mesmo depois da terceira ou quarta (ou quinta...) ida ao banheiro dentro dos mesmos cinco minutos. Levávamos sempre que ela pedia, com muita boa vontade (pois ela também estava aprendendo). Muitas vezes sentava lá e dizia “não tem não...”, ou dizia “é só pum, mamãe”. Nessa fase também escapava um ou dois xixis por dia. Procurávamos ficar atentos para agirmos sem broncas ou reprimendas, mas sim com compreensão e companheirismo. “Escapou filha? Tudo bem, você ajuda a mamãe a limpar? E se vier mais xixi aí avisa a mamãe, tá?”.
Em muito pouco tempo (uma semana talvez) ela passou a entender e controlar muito bem os sinais de seu corpo, e as idas ao banheiro deixaram de ser em vão. Cada xixi ou cocô feito era acompanhado por uma festa completa: palmas do papai e da mamãe, seguidas de olhares atentos para o vaso (“olha aí o cocô da Clarinha...”) e, por fim, um tchau bem grande para o xixi ou para o cocô antes da descarga. Assim, cada ida ao banheiro se tornou uma diversão familiar.
Hoje estamos assim: fralda só para dormir, quando está acordada é só calcinha (mas estamos pensando em tirar a fralda pelo menos na hora do soninho da tarde). Para sair também colocamos a fraldinha (mas também estamos pensando em tirar pelo menos quando formos para lugares conhecidos, como a casa da vovó). Agora sim, estamos indo muito bem! Do nosso jeito, com paciência, boa vontade e confiança estamos ajudando nossa pequena a deixar as fraldas de forma natural e sem traumas.
Além disso, toda essa história nos fez reaprender o que já sabíamos (mas que na correria do dia a dia esquecemos de colocar em prática): que aceitar a natureza e seguir nossas sinceras intuições é sempre a melhor receita para caminharmos ao lado de nossos filhos.
Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
3 comentários:
Meninas, muito obrigada pelo convite! Adorei escrever o texto.
:)
Beijos...
Que delícia, imagino que Clarinha logo dê adeus a incômoda fralda do sono da tarde, mamãe doce e paciente + papai participativo e amoroso = criança calma, sequinha e contente.
Doce Sabrina,lição para ser seguida e colocada em prática, amor e respeito com os limites dos pequeninos ;)
lindo dia flor
beijos
Adorei seu texto! Intuição é tudo no mundo da maternidade.
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