Por: Kalu
Neste sábado fui a um chá de bebê dos sobrinhos do meu marido. Daqueles bem tradicionais, com aquelas brincadeiras que querem que o casal grávido e os participantes paguem muitos king kongs. E não por acaso fui sorteada. Quando fui a frente, a organizadora disse: agora a Kalu vai ensinar os papais como se toma mamadeira, caso a bebê precise. Mais do que imediatamente disse: bebês não precisam de mamadeira.
0
E lá fui eu, em um discurso inflamado dizer que somos os únicos animais que acham que um leite de outro animal é melhor que o nosso. Que o leite materno é o alimento mais completo para o bebê e que até 6 meses não precisa de chá, água e muito menos mamadeira. Que a mamadeira arruína a amamentação e a dentição. Que não existe leite fraco, que se tiver dificuldade para amamentar deve procurar a ajuda de um banco de leite. Que o bebê pode e deve mamar por quanto tempo quiser, quantas vezes desejar e que nosso papel como mãe é lutar por um parto digno e a disponibilidade de nutrí-lo exclusivamente com o leite materno. Falei assim, como um discurso inflemado de quem soube que isso é possível.
Depois disso a brincadeira foi cancelada e eu fiquei pensando em fazer uma competição saudável entre os participantes para tirar os mitos sobre gestação e cuidados com o bebê, com alternativas bacanas e embasamento científico. As perguntas seriam assim:
Qual o melhor parto para a mãe e o bebê?
a: Cesárea, você pode agendar e se programar.
b: o médico é o único capaz de saber no momento do parto
c: parto normal, mas com anestesia. Afinal, para que sofrer.
d: parto natural.
Resposta: Parto natural, quando a mãe pode caminhar, se movimentar, usar a água quente para aliviar a dor o parto natural é o melhor para mãe e bebê. A dor é suportável. O filho chaga ao mundo sem anestesia, desperto. A mãe, sem passar por uma episio não precisa sofrer esta multilação desnecessária etc.
As questões podem envolver outros mitos (circulares de cordão, idade gestacional, cuidados com recém nascido e etc). Claro que vai dar muita polêmica das cesaradas dizendo: mas esperem eu não tive dilatação, fulano morrreu porque a mãe esperou demais e outros argumentos ridículos que a gente bem conhece. Enfim, ofereci a organização deste chá de bebê para uma outra sobrinha também grávida que ficou bem animada. Quem sabe de uma tradição estranha de querer ridicularizar uma grávida a gente não possa prestar um serviço para as pessoas? O que acharam da idéia?
Eu dei de presente um sling. E no final do chá, com uma recém nascida que estava na festa, fiz a demonstração de como usar, dos benefícios e tudo mais.Uma multidão se aproximou para ver. Depois disso, busquei um canto mais reservado e Miguel serviu de modelo para mostrar que amamentar não tem idade e mamou seus peitões na festa, feliz da vida, alheio aos olhares de estranhamento.
Imagem: http://diariodetreinante.com.br/
Olá!
Mudamos de endereço.
Você pode nos encontrar em www.blogmamiferas.com.br a partir de agora.