Olá!
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Outro dia, escrevendo um texto para o trabalho que tenho feito para o blog do Boticário, comecei a pensar sobre as expectativas que criamos sobre nossos filhos, e como a forma como lidamos com elas faz a diferença, para nós e para eles.
Quando a gente engravida, começa a imaginar. A carinha do filhote, se vai parecer com a gente, se vai parecer com o pai, ou se não vai parecer com ninguém. Vai ser mais quietinho, ou mais agitado? Mais risonho, ou mais sério? Como será a personalidade? Tímido, falante, doce, simpático, reservado? Vai agir assim, ou assado? Tantas possibilidades!
Não tem jeito, a gente imagina mesmo. Desde os primeiros momentos de barriga, o filhote passa a existir pra gente, e é inevitável a gente gastar umas boas horas pensando em como ele vai ser. É até bacana que seja assim, porque é uma forma de receber aquela criança na nossa vida, abrir espaço, não só fisicamente, mas no coração.
O que acaba fazendo a diferença é como a gente lida com essas idéias depois que o bebê nasce. Porque eles nascem para ser o que são, e não o que a gente esperava que eles fossem.
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Nossos filhos chegam ao mundo inteiros de liberdade, prontos para exercerem lindamente seu direito de ser o que são, sem padrões, sem cobranças. Eles vêm ao mundo para traçar seus próprios caminhos, para aprender e crescer cada um do seu jeitinho, único, especial. Incomparável. E a gente precisa respeitar esse espaço, ter jogo de cintura, lançar um olhar carinhoso, acolhedor. Porque as crianças não vêm ao mundo para corresponder às nossas expectativas. Elas vêm ao mundo para viver seus próprios caminhos, para serem o que desejam e precisam ser.
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E o mais engraçado é que se a gente abre os braços, deixa de lado as cobranças, esquece as expectativas, acaba descobrindo que aquela criaturinha, que não é nada do que a gente esperava que fosse, é ainda mais incrível do que a gente jamais imaginou que poderia ser. É uma capacidade que os filhos têm, quando a gente se abre pra eles: surpreender-nos a cada instante, e sempre pra melhor.
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Isso não quer dizer que eles venham para ser perfeitos. Não. Eles terão suas qualidades e seu defeitos, aliás, como todos nós. Terão sua cota de acertos e de erros, de conquistas e de tropeços. Porque é disso que se faz uma caminhada.
Com as minhas filhas, eu tenho aprendido que as fantasias que a gente tece antes do bebê nascer são apenas isso: fantasias.
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E quando a gente se permite essa abertura, esse despir-se das expectativas, é que a magia acontece. E como é bonito de ser ver. A intensidade de uma criaturinha toda inteira, entregando-se sem reservas, descobrindo sua personalidade sem cerceamento, aprendendo a existir.
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Essa é uma atitude que eu exercito todo dia, com as minhas filhas. Essa abertura, essa disponibilidade. Esse estar presente para elas, olhar e ver. Abrir-me para o que elas são, e não para o que eu imaginei que poderiam ser.
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E como eu aprendo com elas! Com cada qualidade, com cada defeito. Com cada passinho, com cada recuo e com cada vitória. Cada dia que passamos juntas, é uma nova oportunidade de conhecê-las. A fantástica experiência que é abrir-se para o outro, sem projeções, sem impor nada. Apenas com todo o amor do mundo para acolhê-las como são.
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E acaba que eu me conheço melhor, quando me vejo pelos olhos delas. Porque quando eu abro os braços para elas, elas também me abrem os seus. E que experiência fantástica, essa. Poder aceitar, e ser aceita. Amar o outro pelo que é, e ser amada pelo que sou, também.
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Entre tantos aprendizados da maternidade, que fazem de mim uma pessoa melhor, a cada dia, que me ajudam a crescer, melhorar, amadurecer, essa tem sido uma das grandes sacadas: aprender a me abrir, a respeitar, a aceitar. A amar pelo que é, não pelo que eu espero que seja.
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Cada uma das minhas três filhotas, cada uma do seu jeitinho, cada uma especial, única e incrível em sua individualidade, me ensina a cada dia a me despir das expectativas, dos anseios egoístas, e abrir os braços amorosamente.
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A cada dia, eu aprendo com elas que na vida, quanto menos a gente imagina o futuro, e quanto mais a gente se entrega ao presente, melhor. Mais intensa fica a experiência, e mais fantástico é o aprendizado.
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E afinal, é disso mesmo que é feita a vida: do presente. Aliás, é por isso que tem esse nome...
Imagem: arquivo pessoal (Estrela, Chiara e Ana Luz, minhas três companheirinhas, que me ensinam a cada dia...)
por: Ana Basaglia, mamífera convidada
Dentre tantos assuntos que eu poderia [tentar] desenvolver, essa questão, que me é cara, foi a escolhida: na vida, como cada um reage de maneira distinta perante a mesma dificuldade, não?
Assim como o parto (que teve um alto ibope recentemente aqui, com os inúmeros posts acerca de cesárea ser ou não ser parto), amamentação é um assunto que sucita críticas e defesas apaixonadas.
De um lado, mulheres que não conseguiram amamentar como queriam, e reclamam que as campanhas são inadequadas, que as informações são desencontradas e poucas, que elas bem que queriam mas não iriam deixar seus filhos passar fome por causa de um "capricho" ou "modismo" e, por fim, que elas não são menos mães por dar leite artificial a seus bebês desde a mais tenra idade.
Por outro lado, mulheres que superaram as (pequenas ou grandes) dificuldades iniciais, que se sentem plenas e satisfeitas com essa conquista, e que defendem a amamentação com unhas e dentes, muitas vezes sendo taxadas de xiitas.
Eu participo (também sou uma das moderadoras) de uma lista de discussão na internet que conversa sobre esse tema, e vejo mulheres dos dois tipos, claro. E sempre me pergunto qual é a grande diferença entre a mulher que tentou e não conseguiu da mulher que tentou e conseguiu... qual é esse "pulo do gato", qual foi o fator determinante, o que teve de distinto, oposto até, entre essas duas mulheres?
Não pode ser o "tipo" de dificuldade. Quantas relatam bico rachado e dor nos primeiros dias? Quase todas. Quantas superam esse mesmo problema depois de algumas semanas ou meses? nem todas... Cansaço: quantas não estão cansadas no começo, muito cansadas, nervosas, inseguras, isso tudo influenciando sua amamentação? Quase todas. Depois de alguns meses, quantas relatam segurança e confiança de que sua amamentação está no caminho certo? Nem todas... Quantidade de leite suficiente: quantas, principalmente as mães de primeira viagem, têm dúvidas de que seu suprimento é suficiente para seu bebê? No início, quase todas. Depois de algum tempo, quantas têm certeza de que são capazes de produzir todo o leite de que seu filho necessita? nem todas...
Se o ponto não é, portanto, o tipo de dificuldade, porque vejo com muita frequência que essas questões (com algumas pequenas variações, vá lá!) são comuns à maioria de nós, o que então faz com que algumas mulheres consigam superar esses problemas e outras não?
Eu, cada vez mais, me convenço de que a resposta é que algumas mulheres encaram a situação de maneira mais positiva, e outras mulheres são mais pessimistas... e isso fará toda a diferença!
Para algumas mulheres, o copo estará meio cheio. Para outras mulheres, o copo estará meio vazio. A partir dessa maneira de enxergar sua situação, cada mulher vai ter uma trajetória distinta.
Não estou menosprezando as dificuldades de ninguém. Não estou generalizando e/ou nivelando os problemas de ninguém. Só estou dizendo que faz uma diferença enoooorme a maneira como cada uma de nós encara seu desafio: positiva ou negativamente.
Então me diga: na sua história de amamentação, você enxergou um copo meio cheio ou meio vazio?
Em tempo: PRA MIM, amamentar (pelos 6 meses iniciais exclusivamente e depois por mais de 2 anos) é fundamental e imprescindível; não existe leite fraco/insuficiente nunca; existem pouquíssimas mulheres que não conseguirão amamentar (ou seja, toda mulher saudável é capaz de dar o peito ao seu bebê); os profissionais que acompanham as mulheres e seus filhos são, na sua maioria, mal-preparados/mal-informados. Qualquer que seja sua história, eu não acho que você seja mais mãe ou menos mãe em razão do tempo que você amamentou. Talvez seja mais mal-informada ou mais mal-orientada, mas nunca mais-mãe ou menos-mãe. Ok?
Imagem:
Na minha leiga opinião, baseada tão somente em minhas experiências, várias coisas “estimulam” esta agressividade na criança. É uma opinião leiga de uma jornalista e:
Essa fase entre 2 e 3 anos é um período de desenvolvimento muito rápido e o que consideramos negativo, na verdade é positivo. Uma criança condescendente demais poderá ter problemas futuros para lutar por suas vontades e desejos. Cabe a nós, pais e mães, olhar bem de perto para nossos filhos e procurar ensiná-los a manifestação de suas vonatdes de uuma forma socialmente aceita, sem, contudo, usar a violência, que causaá apenas humilhação e opressão, com impactos ruins para toda a vida.