Olá!
Mudamos de endereço.
Você pode nos encontrar em www.blogmamiferas.com.br a partir de agora.
Minha vida mudou radicalmente. Entrei na caverna e ali fiquei, quietinha, por alguns anos. Cuidei da minha menininha, cuidei de mim mesma, li, estudei, bloguei, tirei muitas fotos. Fiz uma imersão prática e teórica no tema maternidade. Descobri como é difícil a condição da mulher que opta por ter filhos – tanto da que decide ser mãe em tempo integral e de certa forma se torna uma pária social (quem, como eu, passou por isso, vai saber exatamente do que estou falando), quanto da que escolhe continuar trabalhando e encara dupla, tripla jornada...e muita culpa. Com isso percebi como é cruel o preço que pagamos para nos adequar: calar nossos instintos e nos alienar de nós mesmas.
Agora estou voltando ao mundo, pouco a pouco saindo da caverna. Mas não, não voltarei ao mundo corporativo! Dias atrás, assistindo a essa palestra de Isabel Allende, no TED, que embora não tenha como tema a maternidade aborda a evolução do feminismo, a importância da energia feminina para a humanidade e a paixão que nove algumas mulheres, me lembrei da frase de Gandhi “seja você a mudança que deseja ver no mundo”, que por sua vez me remeteu aos projetos nos quais ando envolvida e às mulheres apaixonadas com quem tenho trabalhado e compartilhado ideais e projetos.
Tenho poucas certezas nessa vida, e uma delas é de que a forma como trazemos novos seres ao mundo e a qualidade da infância que proporcionamos a nossas crianças são a chave para uma humanidade mais fraterna e empática. Atribui-se também a Gandhi a frase “if there is to be peace in the world we must begin with the children”. Faz todo o sentido pra mim e, hoje, é o ideal que me move e que além de me influenciar como mãe está me impulsionando para um rumo profissional totalmente novo.
Isso tudo pra contar pra vocês sobre a mãe que escolhi ser, totalmente diferente da que imaginava que seria antes dessa aventura chamada maternidade começar. Apesar de minha vida ter virado de cabeça pra baixo - e lidar com isso não é fácil – estou muito feliz com o rumo que ela tomou - a vida não me levou, mas foi conduzida pelos meus instintos maternais e mamíferos e pelo exercício incessante de fazer escolhas conscientes com respeito ao que sou, ao que fui e ao que quero ser.
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