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Depois de uma super gripe que nos pegou aqui em casa, Miguel, como de costume, está bastante manhoso e carente. Como em outras ocasiões, o peito acaba se tornando seu consolo. Eu realmente havia me esquecido como é cansativo amamentar uma criança o dia inteiro, ainda mais emocionalmente estafada e fisicamente doente, com mil trabalhos para fazer.
As coisas melhoraram esta semana e começamos a adaptação na escolinha (waldorf). No primeiro dia fui com o Miguel, a tarde, para que ele conhecesse a professora, os brinquedos. Ele simplesmente não quis brincar, não olhou na cara da professora e ficou todo tempo mamando.
Eu esperava colocar Miguel na escola apenas no próximo ano. Mas estas horas matinais serão importantes para meu trabalho. Miguel já vinha pedindo para brincar com outras crianças com muita frequencia. Uma escolha difícil que prefiro ver como "um teste" do que uma escolha definitiva.
Diante do comportamento dele de ontem, fiquei muito confusa. Claro que a professora me interrogou sobre as razões que me levavam a optar por uma amamentação prolongada.
- Olha, antigamente as mulheres amamentavam seus filhos até 4 ou 5 anos. A amamentação se reduziu não por necessidade da criança, mas sim pela indisponibilidade da mãe.
Ela tentou justificar o nascimento dos dentes. Expliquei para ela que nos primatas superiores eles mamam até comparativamente 7 anos humanos e se alimentam de comidas e mamam com dentes na boca. Por fim ela disse que achava que o peito infantilizava a criança, que não se desprendia da mãe. Defendi:
- Eu acho que uma criança que é dependente quando pode e conquista sua independência de maneira natural, será um ser humano feliz, objetivo máximo da minha maternagem.
Mas confesso que fui para casa me remoendo, questionando se não estava realmente prolongando nossa simbiose por muito tempo. Fiquei pensando muito em muitas coisas, com um sentimento estar perdida. Claro que meu filho está fragilizado depois de uma gripe forte, claro que ele sente essa grande mudança que estar por vir, com o início da escola e demonstra isso com uma super necessidade de mim.
Hoje fomos novamente na escola, com muitos coleguinhas, como ele diz. Tirei seu sapato, entrei com ele na sala e saí pela outra porta. Miguel não chorou, não pediu para sair. Brincou, consolou as crianças que choravam. Ficou 1 hora e meia e pediu para ir para casa.
A professora me disse:
- Tenho que admitir que seu filho é uma criança muito especial, sem carência. Devo dar o braço a torcer para sua escolha pela amamentação prolongada.
Confesso que saí da escola saltitante. Não porque precise da aceitação do mundo para minha maternagem. Mas, por saber que minhas escolhas geram frutos doces e o caminho da intuição é a escolha mais verdadeira.