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12 comentários:
Linda postagem.
Chorei ao ler. Também me curei de traumas do meu parto protocolar. A redenção foi o parto domiciliar de cócoras na água de minha filha Nara Rosa.
Abração
Gabriel Dread
Além do nascimento traumatico, o desmame precoce tambem gera muitos traumas. Sei porque aconteceu comigo. Nasci de parto normal, mas fui desmamada com um mês. Podemos não lembrar voluntariamente, mas está lá sim, em algum lugar em nossa psiuqe. Hoje, com 21 anos, durmo em posição fetal todas as noites, involuntariamente. Não tenho uma ligação carinhosa com minha mãe, não existe cumplicidade, não existe afeto. E ainda passei muitos anos bloqueando a carência, sendo infeliz. Hoje, casada e com uma filha de um ano e meio procuro fazer tudo diferente. Tive PN hospitalar, mas não perdi minha filha os olhos por um minuto (o hosp. não tem berçario e incentiva o compartilhamento). Ela mamou enquanto quis, em livre demanda. Sempre existem abraços e carinhos à disposição, inclusive nossa cama.
Cuidar de nossos filhos faz com que criemos um mundo melhor.
Beijos
Kalu,
Que texto maravilhoso!! Fiquei emocionada ao ler! É incrivel como você consegue colocar em palavras, e ainda em poesia, o sentimento das maternas que tanto lutam para uma maternidade humanizada! Obrigada por escrever! Vou encaminhas para minhas amigas!
Lindo, lindo, lindo post!!De emocionar muito!!!
Ele me fez lembrar que minha mãe, que tem síndrome do pânico e depressão desde que se entende por gente e não consegue se curar descobriu recentemente numa terapeuta holística que a causa da síndrome foi o parto que minha avó teve.
Minha avó teve 9 filhos, todos de parto natural domiciliar com parteira, alguns de cócoras inclusive.
Minha mãe foi a terceira, e diz minha avó que foi o mais difícil.
No momento do parto após a cabeça da minha mãe atravessar a vagina da minha avó, o corpo ficou entalado.
A parteira tentou, tentou mas não sabia como resolver o problema, pediu que minha avó escolhesse qual das duas salvaria, qual das duas ela devia manter viva.
Minha avó optou por ela mesma, já que tinha outras 2 filhas pra criar.
A parteira então tentou juntar os ombros da minha mãe para que ela pudesse passar e tinha certeza que essa manobra a mataria, causaria alguma lesão na coluna ou coisa assim.
É claro que ela não morreu, mas ficou com a síndrome do pânico e depressão decorrente a tudo isso.
Ela nunca soube dessa história, até que a terapeuta questionou sobre como havia sido o parto pq ela via que foi traumático e só então ela foi questionar minha avó e descobriu.
E ainda dizem que não faz diferença como a criança vem ao mundo. Dizem que parto humanizado é frescura. É tão, mais tão triste ver que as pessoas ainda pensam assim.
É por isso que minhas cirurgias me doém tanto e acho que nunca vão deixar de doer.
Lindo post.
Beijos
Costumo dizer que o parto que não doeu ainda doi! quando engravidei tive uma vontade enorme por um parto normal (ainda n sabia desse lindo mundo mamífero). Sentia muito muito muito medo de não receber minha filha logo depois do parto. Dela demorar no berçário. Cair naquele velho conto do grande demais ainda com esperança do Parto Normal, cheguei a entrar em TP mas tudo que consegui na minha IGNORÂNCIA foi cair na faca, assistir um filme de terror vendo minha filha ser aspirada e levada pelas enfermeiras. o que mais conseguir? Só ver a minha cria 6 horas e 30 minutos depois brigando com o hospital inteiro e ainda ouvi de todo mundo que eu tinha que calar a boca porque ia ficar com gases. Consegui tb um belo torcicolo (emocional desde de criancinha) que me fez chorar de dor.
Essa semana enquanto revia os filmes do primeiro ano (quero fazer uma retrospectiva para o niver). Chorei muito vendo como eles tocavam no meu bebê. Como aquele pedacinho de mim que estava dentro da minha barriga quentinho protegido foi deixado dentro de um berçário chorando como se ninguém estivesse ouvindo!!!! Sentir a dor de ter permitido, ou melhor de ter aceitado os tais protocolos!
infelizmente tive que crescer pela dor que sentir depois do parto, a dor do vazio... mesmo sendo um pouco tarde na história da minha pequena Sophia!
Lindo demais esse post. Explica o porquê de tudo isso! Parabéns, Kalu.
Olha, eu acho que a promoção do parto natural deveria ser feita em doses homeopáticas. Para não assustar.
Médicos não são monstros, são seres humanos excessivamente capitalistas. Isso é um retrato social, não exclusivo da profissão.
Sem dúvida, as mãe devem assumir uma posição firme em relação à opção do parto, sempre sob muitos esclarecimentos.
Acho exagero sentimental falar do "sofrimento do recém-nascido" quando o mundo para o qual o estamos trazendo reserva situações muito piores.
O impacto do parto na psique humana é um assunto interessante e deve ser abordado com muito cuidado, muito cuidado. A publicação devida de títulos que tratem sobre o tema é um bocado apropriado. Não vale à pena usar o assunto "jogado", como ferramenta de terrorismo apelativo e emotivo.
E essa história dos guerreiros da Grécia que eram levados para longe das mães é um bom dado, mas comparar isto ao tratamento "protocolar" dado aos nossos bebezinhos é uma apelo ao supersentimentalismo. Afinal, o bebê não fica para sempre afastado da mãe e em muitos casos mama logo em seguida (se mãe assim solicitar), se não foi cesariana.
O texto é magnífico e de uma sensibilidade INCOMUM. Digno de capa de resvista (de preferência, uma que venda muito!). Merece ser lido, relido e respeitado. Espero que tenha muita repercussão. É um assunto essencial.
E que o bom senso de cada um permita que emitam seus juízos, assim como tenho liberdade de emitir o meu.
Sou a favor do parto humanizado e também acho que um parto natural é UMA FORMA de respeito à nova vida (a do bebê), há outras ao longo da criação. Todos os dias nós mães somos postas à prova delas.
Kalu, admiro seu trabalho editorial e compreendo seu entusiasmo (suas emoções, maternas e humanas), é de se parabenizar alguém com estes sentimentos.
Um abraço,
Michelle
Gabriel - Muito emocionante o relato do nascimento de sua filha.
Amanda - Todos os processos traumáticos causam traumas (rs). Por isso por aqui somos a favor da amamnetação prolongada, do parto natural, da não violência.
Lua - Obrigada pelo comentário e divulgação.
Cacau - E que a sua dor se transforme em uma grande revolução. As melhores pessoas da humanização nasceram depois de cesáreas dolorosas.
Carol - Temos muitas formas de fechar estas feridas. Amamnetar, não agredir física e verbalmente. Se não pudermos mudar o começo, podemos fazer novos começos. Não dá para nascer novamente, mas para seguir sem culpa, buscando alternativas menos traumáticas para nossos filhos.
Erica - Obrigada.
Michelle - Sim, médicos são capitalistas e protocolados. Não monstros. Acontece que muita gente acha que são deuses (e muitos deles tb acham). Em diversas áreas esquecemos o ser humano para olhar apenas o que cabe a nossa profissão. O que me motivou a escrever este texto é que muita gente pensa no parto e não no bebê. Muitos hospitais oferecem um atendimento mais humanizado no parto (dependendo do médico que atua) e a pediatria ainda é desta maneira "protocolada". Isso é algo a se pensar na hora de escolher uma instituição. O parto e primeiros momentos não são os ÙNICOS vínculos que estabeleceremos com nossos filhos. Tem a mamnetação, a educação não-violenta. Mas não s epode dizer que o parto seja menos importante. É o início e na minha opinião de mãe, de leiga conhecedora, é que é um dos mais importantes. Quando citei a Grécia, não quis dizer que ficar por um tempo separado fará um assassino. Mas se a gente olhar a nossa sociedade, as ma~es estão cada dia mais distamtes de seus bebês. Tem a cesárea que faz a mulher, muitas vezes ficar com dificuldades de maternar. A amamentação que pediatras dizem ser alternativa de mulher pobre. a licença maternidade de 4 meses, mulheres neuróticas para retomar suas vidas, crianças em regime integral em escolas e creches. Uma vez li um artigo que falava das drogras e a motivação de uma época. falava do ópio e regimes totalitários, maconha e sua popularização na guerra fria (paz e amor como contraponto da guerra), cocaína e o desejo de ação. E a droga da nossa década é o Extase: que faz com que sintam um falso amor e leva a uma necessidade de contato de pele. Eu leio isso e penso: gerações de filhos com pouca mãe. enfim, meu texto não é uma pesquisa, é apenas sentimento e reflexão.
Eu venho refletindo muito sobre esse tema, sobre como existe um movimento acerca do parto ativo, respeitoso, humanizado, natural e seja lá como se denomine, mas que se fala muito, muito pouco sobre o nascimento do bebê, e como vc citou não é raro vermos partos humanizados e o tratamento dispensado ao bebê logo em seguida seguir os protocolos todos.
Eu nasci por cesárea, sofri os procedimentos e fui amamentada apenas 3 meses. Sei que muito disso ainda está aqui no meu inconsciente, latejando e pautando algumas das minhas posturas de vida.
Depois que li Michel Odent e Leboyer entendi que um parto pra ser humanizado de verdade precisa seguir com o tratamento respeitoso e digno nos cuidados com o bebê. Eu quando tive minha primeira filha, ainda não percebia a completude dos 2 eventos, nascimento e parto e ela ainda mais por ter nascido prematura foi altamente manipulada, furada, aspirada, invadida e apartada de mim.
Não consigo deixar de carregar um pesar e um certa culpa por tudo que ela passou. Que o tempo e nossa relação possa curar tanto em mim quanto nela as marcas que ficaram.
E que meu esperado VBAC domiciliar possa me dar o conforto que preciso e a oportunidade de fazer nascer com todo respeito, esse bebezinho que carrego no ventre.
xero grande.
Nossa...Kalu!
Maravilhosas suas palavras, aliás como sempre!
Na verdade me fez lembrar um pouco aquele texto, Nascer e Renascer.
AMEI este post e se não se importar gostaria de colocá-lo em meu blog.
Beijo
Lindo, lindo, lindo...
Mais um texto brilhante...
Mais uma vez parabéns!!!
Kalu, adoro seus textos, mas em alguns você se supera. Maravilhoso!!!
Eu tive um sangramento importante depois do nascimento do Arthur e tive indicação das parteiras de transferência para o hospital. Com a graça de Deus, não houve hemorragia e consegui evitar a transferência.
Meu terror em ir para o hospital era que Arthur teria que ir também e lá não conseguiria livrá-lo de um monte de intervenções. Não consigo nem pensar nisso, em quão triste é uma vida nascer abruptamente numa cesárea desnecessária ou mesmo que num parto natural humanizado, aquele serzinho ser recepcionado no mundo com tubos e colírios dolorídos e desnecessários.
Ter um pediatra humanizado no nascimento é importantíssimo. A que acompanhou meu parto e primeiros dias de vida do Arthur foi maravilhosa e tem lugar cativo em meu coração.
Bjs
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