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por: Tata
Inacreditável como o tempo passa rápido... daqui a menos de dez dias, nossa caçulinha, a Chiara, vai completar um ano de vida. Um ano! E parece que foi ontem que eu estava meio zonza diante do resultado positivo do exame de farmácia...
E as minhas mais velhas, então? Em menos de uma semana, completam 5 anos de vida!! E eu me lembro como se fosse ontem da barriga crescendo, da delícia da espera, da loucura dos primeiros dias com duas bebezinhas recém-nascidas em casa...
E parei pra pensar em quanto o tempo é uma entidade fantástica, fascinante, cheia de magia, pura poesia. Brinca com nossos dias, põe tudo de cabeça pra baixo, não deixa nada no lugar. Cura todas as feridas, e nos permite guardar as boas lembranças, saboreá-las para sempre.
Nossa vida com os filhotes é feita de instantes. De boas gargalhadas, de mãos dadas, de abraços, de descobertas a quatro mãos. Quando a gente perde a oportunidade de curtir cada momento ao lado deles, essa oportunidade não volta. Eles crescem, deixam de caber inteirinhos no nosso colo, e aí a gente fica querendo agarrar o tempo. Mas aí, já é tarde.
Outro dia, ouvi de mães que conheço comentários sobre como era difícil reorganizar a rotina diária para ir a uma festinha na escola do filho. Não pude deixar de pensar: caramba, se não conseguimos um diazinho para deixar tudo mais de lado e ir curtir um momento que é importante para nossos filhos, ao lado deles, sem preocuparmo-nos com mais nada, o que isso nos diz de nossas prioridades?
Sim, a vida diária não pára, é preciso cumprir compromissos, respeitar horários, realizar tarefas, assumir responsabilidades. Sei bem de tudo isso. Mas se a gente não encontra espaços na vida diária para um tantinho de descompromisso, para uma tarde vendo o mundo pelos olhos brilhantes de nossos filhotes, como é que a gente ensina para eles que a vida não é só correria, compromisso e responsabilidade? Que a vida também é sonho, simplicidade e poesia?
Cada vez mais me convenço que precisamos brincar mais com o tempo. Permitir-nos olhar a vida com um sorriso brincalhão, deixar para amanhã o que poderia ter sido feito hoje. De vez em quando, a vida pede. Nossos filhos também.
E esse é um pedido que eu espero poder sempre, sempre atender.
Imagem: arquivo pessoal (Ana Luz, Chiara e Estrela, as três mocinhas careteiras por quem eu largo qualquer dia atribulado e faço de conta que não existe no mundo mais que sorrisos, abraços e algodão-doce...) / * trecho de "Paciência", de Lenine
Olá!
Mudamos de endereço.
Você pode nos encontrar em www.blogmamiferas.com.br a partir de agora.
3 comentários:
E pra viver bem a vida, cada segundinho dela, só elegendo mesmo as nossas prioridades, né?
Desde que comecei a gestar a minha pequena tenho buscado priorizá-la sempre.
Abraços!
Lindo texto. Concordo com quase tudo: aproveitar o máximos dos filhos, não perder o momento, etc...
Mas desculpe, quando ouvir de mães o comentário que não dá pra ir na festinha da escola do filho em horario de trabalho PERGUNTE-SE: que tipo de escola faz festinha em horário comercial (tarde ou manhã) e pede a presença de um dos pais? Uma boa escola, com objetivos pedagógicos sérios, JAMAIS exporia a criança cuja mae não pode comparecer, a este constrangimento. Ao invés de se perguntar pela culpa da mãe, voce não se perguntou para quê fazer isso com a criança e a mãe?
Não é uma questão de "prioridade ou não prioridade".
Sempre assim, o mundo gira e a cabeça fica parada.
Abraços, e sem preconceito NEM culpa!
Matou a pau! Eu amo essa música... Complementar a ela, outro trecho de Lenine: "Quando eu olhar pro lado / Eu quero estar cercado /
Só de quem me interessa.".
bjs
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