Por: Kalu
Há 7 anos, se me perguntassem qual seria meu maior sonho eu diria: meu trabalho.
Há 4 anos, se me indagassem sobre meu maior desejo falaria: viajar e conhecer grandes mestres espirituais.
E há 3 anos ganhei um novo título, que nem sabia o que significava direito, para o qual não havia me preparado, nem ao menos sonhado. Três letras que mudaram minha vida. Naquele 20/02 eu nasci Mãe. Não destas dos comerciais de margarina. Imperfeita e bela, ávida por aprimoramento, corajosa por expandir. Mãe com M maiúsculo.
Escolhi por um parto domiciliar pela força do amor a este ser que eu não conhecia e já amava. Eu mesma queria reconstruir minha história de nascimento. Não queria que ele fosse arrancado de mim, nem que chegasse por aqui com drogas em sua corrente. Muito menos que ficasse sozinho, chorando até que se consolasse sem colo ou olhos apaixonados.
Fomos juntos nesta aventura, de entrega e confiança, de dor e superação. Nasci mãe, de um grande pequeno menino. Menino que mamou no peito do primeiro segundo até hoje, para o qual sempre olhei profundamente nos olhos enquanto mamava, que foi atendido em seus choros, acolhido em suas dores, contido com amor, paciência e respeito quando pediu por limites. Depois de 3 anos, nos separamos por algumas noites, mas, antes disso, sempre ficamos por perto, dormindo de mãos dadas, rosto colado, pernas enlaçadas.
Um menino que sempre me ensinou muito sobre a vida, me fez pensar na morte e no medo de perdê-lo, que diariamente me faz expandir a força de minhas limitações.
Se não fosse por ele, eu não estaria aqui. E se não fosse por ele eu nunca teria descoberto o universo fantástico que envolve a gestação, parto e criação de um novo ser. Nem saberia da matrix opressora da obstetrícia.
Graças a você, filho querido, busquei ajudar outras mulheres a parirem, a buscarem a força de seu feminino e irem além de si mesmas. Me tornei doula e entrei em Trabalho de Parto desta nova instância de mim, menos de uma semana depois do curso. E diante da força de uma mulher a dar a luz, eu me inclinei baixinho e agradeci por você ter chegado.
Permiti que esta onda forte mudasse a minha vida e esculpisse uma nova obra de mim, mais vívida, mais ávida, mais leoa. Se passei pelo parto, se agüentei noites em claro com um bebê queimando em febre, o que mais posso temer? Se enfrentei os médicos, se abracei e experimentei a força mais mágica da natureza, o que não posso fazer?
E assim sigo grande e cada vez maior com o maior orgulho de ser MÃE, me desenhando nas linhas de você. E esse dia que nunca teve significado para mim, torna-se um lembrete da delícia de ser. E hoje agradeço por você ter feito do meu trabalho, meu grande caminho espiritual.
A você meu filho, minha homenagem por ter me transformado em sua Mãe.
Olá!
Mudamos de endereço.
Você pode nos encontrar em www.blogmamiferas.com.br a partir de agora.
5 comentários:
Estou chorando de gostoso! sempre me identifico aqui.. sem palavras! Parabéns aos nossos filhos!
Lindo mesmo, estou sem palavras.
Lindo o texto Kalu, feliz dia das mães!!!beijos
Val e Gui
Muito lindo.
Fiquei emocionada.
Feliz Dia das Maes a todas nos!!!
Lindo mesmo... porque vc escreve com o coração e a gente consegue ler através dele!
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