por: Tata
38 semanas. É o momento em que estamos da gravidez, à espera da nossa pequena Chiara.
E é nessa fase da gestação que, pra muitas mulheres, começa um período complicado, com muita ansiedade, expectativa e, o que atrapalha mais do que tudo, muita palpitaria e uma avalanche de perguntas e questionamentos, do tipo: "ainda não nasceu?? mas você vai esperar até quando??", "tem que tirar logo essa criança, já tá na hora!!", "olha, que ele vai passar do tempo!!". É quando sempre chegam aos nossos ouvidos as histórias - todo mundo sempre tem uma pra contar - da cunhada do primo do motorista de táxi, que esperou demais e o bebê blá, blá, blá... terrível.
Eu, nesse ponto, até que tenho sorte. Das pessoas mais próximas, todo mundo sabe muito bem das minhas opções, e do quanto eu as defendo com unhas e dentes, e às vezes com um tantinho de violência, rs. Então, já nem se arriscam a dizer mais nada. O que, no final das contas, acaba sendo bom. Porque se por um lado eu tenho a cabeça muito feita em relação a essas coisas, e os palpites não me desestruturam, por outro lado é chato e cansativo, nessa fase da gestação, em que a gente quer mais é ficar chocando e se preparando pra esse momento tão especial que é a chegada do filhote, ter que ficar ouvindo gente palpitando no nosso terreiro.
Uma das táticas mais eficientes para se prevenir dessa encheção de final de gravidez é mudar a data da DPP. Ou seja, quando você souber da data provável para o seu parto, lá no comecinho da gestação, já acrescente uns quinze dias e diga essa data fictícia, duas semanas "atrasada", pra todo mundo que perguntar pra quando é o seu parto. Isso vai te poupar pelo menos uns diazinhos de encheção e falatório, já que quando você entrar na 38ª semana, por exemplo, todo mundo vai achar que você ainda está na 36ª... muuuito cedo para um bebê nascer, não é mesmo?
É claro que essa tática tem que ser previamente planejada. Tem que mudar a data desde o comecinho. Mas se você já anda pelo finalzinho da gestação e tem sido incomodada pelos palpiteiros de plantão, sempre pode dizer que o médico pediu uma ultra de última hora, e que acabaram descobrindo que a dpp, na verdade, estava errada... que o bebê deve nascer uns dez, doze dias mais tarde. Não custa tentar, né? Às vezes cola, ainda mais tendo a palavra de um "dotô" por trás da artimanha...
Outra tática é estabelecer um corte de relações com os palpiteiros, mesmo. Deixar de atender telefone - abençoados sejam os identificadores de chamada, que te permitem só atender quem você quiser!! - não responder emails abelhudos, pedir às pessoas mais próximas que não fiquem dando "boletins informativos" da sua situação pra quem sair perguntando. Sumir do mapa, mesmo. A menos que você tenha contato bem próximo com gente "sem noção", do tipo que é capaz de baixar na porta da sua casa, e meter o dedo na campainha insistentemente até que você atenda, só pra ter notícias e saber o porquê do seu sumiço, essa providência deve te garantir pelo menos uns diazinhos a mais de sossego.
A última tática, que foi a que eu usei na primeira gravidez e que, acredito, nessa segunda está me preservando da palpitaria, é ser curta e grossa. Diga na lata, sem pudores, que você sabe o que está fazendo, que não está a fim de ouvir palpites, que é maior de idade, responsável e consciente, e portanto pode tomar suas próprias decisões sem precisar de tutelamento, e que se for pra ligar pra questionar, plantar caraminholas na cabeça alheia ou desfiar um rosário de possíveis desgraças, é melhor ficar bem quietinho(a) no seu canto. E que não se preocupe, porque você dá um jeito de avisar quando o bebê nascer.
É, parece meio radical. Mas eu, por exemplo, que não tenho muita paciência com gente se metendo na minha vida sem ser chamado, por mais querido(a) que seja a pessoa, prefiro esse caminho, mais direto, mais sincero e mais eficiente. Se a pessoa tiver um mínimo de 'simancol', como se diz, vai sacar que não é mesmo o momento para falatório, entender o período delicado que é um final de gravidez, e se retirar de cena numa boa, pra voltar mais tarde, quando for o caso.
E se não, se rolar uma mágoa mais duradoura, depois que o bebê nascer sempre é tempo para se acalmar os ânimos, contemporizar, dizer palavras doces. Bote a culpa nos hormônios de final de gravidez, que fica tudo certo. E além do mais, um bebezinho recém-nascido derrete até a mais gélida das criaturas... é ou não é?
E é nessa fase da gestação que, pra muitas mulheres, começa um período complicado, com muita ansiedade, expectativa e, o que atrapalha mais do que tudo, muita palpitaria e uma avalanche de perguntas e questionamentos, do tipo: "ainda não nasceu?? mas você vai esperar até quando??", "tem que tirar logo essa criança, já tá na hora!!", "olha, que ele vai passar do tempo!!". É quando sempre chegam aos nossos ouvidos as histórias - todo mundo sempre tem uma pra contar - da cunhada do primo do motorista de táxi, que esperou demais e o bebê blá, blá, blá... terrível.
Eu, nesse ponto, até que tenho sorte. Das pessoas mais próximas, todo mundo sabe muito bem das minhas opções, e do quanto eu as defendo com unhas e dentes, e às vezes com um tantinho de violência, rs. Então, já nem se arriscam a dizer mais nada. O que, no final das contas, acaba sendo bom. Porque se por um lado eu tenho a cabeça muito feita em relação a essas coisas, e os palpites não me desestruturam, por outro lado é chato e cansativo, nessa fase da gestação, em que a gente quer mais é ficar chocando e se preparando pra esse momento tão especial que é a chegada do filhote, ter que ficar ouvindo gente palpitando no nosso terreiro.
Uma das táticas mais eficientes para se prevenir dessa encheção de final de gravidez é mudar a data da DPP. Ou seja, quando você souber da data provável para o seu parto, lá no comecinho da gestação, já acrescente uns quinze dias e diga essa data fictícia, duas semanas "atrasada", pra todo mundo que perguntar pra quando é o seu parto. Isso vai te poupar pelo menos uns diazinhos de encheção e falatório, já que quando você entrar na 38ª semana, por exemplo, todo mundo vai achar que você ainda está na 36ª... muuuito cedo para um bebê nascer, não é mesmo?
É claro que essa tática tem que ser previamente planejada. Tem que mudar a data desde o comecinho. Mas se você já anda pelo finalzinho da gestação e tem sido incomodada pelos palpiteiros de plantão, sempre pode dizer que o médico pediu uma ultra de última hora, e que acabaram descobrindo que a dpp, na verdade, estava errada... que o bebê deve nascer uns dez, doze dias mais tarde. Não custa tentar, né? Às vezes cola, ainda mais tendo a palavra de um "dotô" por trás da artimanha...
Outra tática é estabelecer um corte de relações com os palpiteiros, mesmo. Deixar de atender telefone - abençoados sejam os identificadores de chamada, que te permitem só atender quem você quiser!! - não responder emails abelhudos, pedir às pessoas mais próximas que não fiquem dando "boletins informativos" da sua situação pra quem sair perguntando. Sumir do mapa, mesmo. A menos que você tenha contato bem próximo com gente "sem noção", do tipo que é capaz de baixar na porta da sua casa, e meter o dedo na campainha insistentemente até que você atenda, só pra ter notícias e saber o porquê do seu sumiço, essa providência deve te garantir pelo menos uns diazinhos a mais de sossego.
A última tática, que foi a que eu usei na primeira gravidez e que, acredito, nessa segunda está me preservando da palpitaria, é ser curta e grossa. Diga na lata, sem pudores, que você sabe o que está fazendo, que não está a fim de ouvir palpites, que é maior de idade, responsável e consciente, e portanto pode tomar suas próprias decisões sem precisar de tutelamento, e que se for pra ligar pra questionar, plantar caraminholas na cabeça alheia ou desfiar um rosário de possíveis desgraças, é melhor ficar bem quietinho(a) no seu canto. E que não se preocupe, porque você dá um jeito de avisar quando o bebê nascer.
É, parece meio radical. Mas eu, por exemplo, que não tenho muita paciência com gente se metendo na minha vida sem ser chamado, por mais querido(a) que seja a pessoa, prefiro esse caminho, mais direto, mais sincero e mais eficiente. Se a pessoa tiver um mínimo de 'simancol', como se diz, vai sacar que não é mesmo o momento para falatório, entender o período delicado que é um final de gravidez, e se retirar de cena numa boa, pra voltar mais tarde, quando for o caso.
E se não, se rolar uma mágoa mais duradoura, depois que o bebê nascer sempre é tempo para se acalmar os ânimos, contemporizar, dizer palavras doces. Bote a culpa nos hormônios de final de gravidez, que fica tudo certo. E além do mais, um bebezinho recém-nascido derrete até a mais gélida das criaturas... é ou não é?
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Imagem: www.gettyimages.com.br
9 comentários:
Oi Rê! Então companheira de dpp, como eu sou inexperiente nesse assunto, eu não imaginava que as pessoas fariam tantas perguntas....vixe, fiquei até meio tensa essa semana. Rê do céu, parece que 38 semanas já está mais do que na hora de nascer. Agora com os sábios conselhos das parteiras queridas estou tentanto controlar a ansiedade.
E que o Caetano venha quando achar melhor!!!!! De preferência não junto com a Chiara, né? :o)))
Beijo
Mari
Minha primeira filha completa hoje 40 dias, ou seja, a pouco tempo atrás estava nessa situação. Comigo, funcionou me distanciar de todos e nessa hora meu marido teve um papel importante deixando pra trás os mais inconvenientes, afinal já bastava a nossa ansiedade.
Bem, aí o bebê nasce, derrete geleiras, e embaixo de todo o gelo, lá estão eles: os palpiteiros de plantão. Temas e opiniões nunca vão faltar, sempre existe quem saiba mais cuidar do seu próprio filho do que você. Confesso, com esses tenho sido curta e grossa.
Haja paciência...
Que Chiara chegue no momento dela e que seja tudo lindo por aí.
abs,
Bah, completei 38 semanas dia 1º.05 e já estou evitando atender telefones e entrar no msn...rsrsrsrs.
Tá sendo bem difícil controlar a ansiedade (mãe de primeira viagem...) mas estou decidida a deixar a Alice vir na hora que ela decidir, desde o dia que descobri a gravidez.
Para mim éuma questão de respeito com o bebê, sou radicalmente contra cesáreas eletivas que só servem para conveniência alheia.
Olha Rê, eu tenho uma família grande e complicada e que adora palpitar (até hoje), e se a gente é grossa ai vão fazendo um rodízio entre eles pra dizer o quão grossa fomos...eu prefiro ignorar mesmo, sair de perto, mudar de assunto...até hoje enfrento muito isso: "A Bruna está tão magrinha!" ou "Está tão baixinha, o que o pediatra disse?", dependendo de quem for eu sou curta e grossa mesmo, mas quando quero evitar a falação só digo que ela está ótima!!hhahaha
Que a Chiara e vc estejam cada vez mais longes dos palpiteiros. Daqui, só energias positivas!
Beijo!
dicas anotadas pro próximo bebê!! meu primeiro nasceu de 38 e 5 dias, então até que a pentelhação foi curta... mas adorei a idéia de mudar a DPP, perfeita!
beijo, boa chocação por aí!
ps. você tem relato de parto das pimentas?
Oi querida!
Pois é, imagina eu, q tolinha não mudei a data da DPP ( pois é, isso que eu já estava a um bom tempo na Materna) e a ISa nasceu de 42 semanas!!!Virge!! Mas agora aprendi a lição!!
Beijocas, boa gestação aí!!!
Que Chiara venha bem tranquila!!
Drica
www.artesdadricamoraes.blogspot.com
Mari,se o Caetano e a Chiara resolverem chegar juntinhos, rola aquele pd coletivo na boa... rs.
Tenille, vc tem toda razão. Os palpites intrometidos farão parte de toda nossa caminhada como mãe, não é fácil. Mas depois que o bb nasce, nasce com ele uma leoa que defende sem medo a sua autonomia de mãe, o seu direito de fazer o melhor pra sua cria... às vezes a gente tem que dar uns "chega pra lá" nos mais intrometidos mesmo, não tem jeito... mas com o tempo as pessoas se acostumam com o seu jeito de maternar e acabam não palpitando mais...
Robs, curte aí teu finalzinho de gravidez, pq depois a saudade é imensa, viu? Sei que a ansiedade é foda, eu já fui mãe de primeira viagem, hehehe. Mas aproveita pra curtir tudo aquilo q não vai poder fazer por um tempinho depois que o bb nascer, aproveita pra descansar, dormir... e ótima tua providência, já corta os palpiteiros logo, q é pra não piorar a ansiedade... rs.
Cacau, às vezes os palpiteiros cansam tanto q o melhor mesmo é usar e abusar da "cara de paisagem", ou dar uma resposta padrão e passar adiante, né? Ai, q canseira! rs.
Drica, na próxima gestação vc já aumenta logo a DPP em 4 semanas, q é pra não ter stress meeeesmo! hehe.
bjocas, flores!
Olá,
Essa idéia de adiar a DPP é ótima!Vou fazer isso na próxima gravidez.
Meu bebê nasceu com 41 semanas lindo e saudável, mas tive que ouvir muitos palpites que me deixaram mais nervosa com a espera.Quase desisti do parto normal!
5 beijos em vocês.
Kiara
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