por: Kalu
Esse post foi uma sugestão da querida mamífera Maria Isabel Amando de Barros em nosso e-mail pedindo que falássemos sobre este tema.
Quando o assunto é a educação e cuidado com nossos filhotes, a escolha de um bom cuidador é fundamental. Sempre tem aquela velha pergunta: escola ou babá?
Tenho o atual privilégio de poder trabalhar em casa, junto com meu marido. E por nossa realidade ter uma babá foi a escolha mais acertada. Afinal, estamos sempre disponíveis e atuando na educação do Miguel.
A escolha dela foi bastante difícil porque moramos em uma área rural de Belo Horizonte e nenhuma babá com boas indicações de amigos toparam trabalhar aqui. Escolhi uma menina, filha do caseiro, que tomava conta de seu irmãozinho. Ela estuda de manhã e chega aqui logo depois da escola, almoça e cuida do Miguel.
Na parte da manhã fico com ele e, às vezes, revezo com meu marido para fazer uma ligação ou resolver um pepino matinal. À tarde me dedico ao meu trabalho, até 19h, horário que levamos ela para casa.
Escolhemos ela com referência de conhecidos e com uma semana de observação minuciosa. Acho positivo ela estudar e ter ótimos resultados na escola, ter cuidado do irmão, hoje com 5 anos, gostar de música clássica, gostar de tocar flauta, ter pais presentes em sua educação. Ela é calma, paciente, silente, atributos fundamentais para nós que trabalhamos em casa.
Sempre fico de olho nas questões de higiene e médicas e nossa relação é como se ela fosse uma irmã mais velha. O amor do meu pequeno para com ela e vice-versa, para mim é o melhor termômetro.
Sempre imprimo textos sobre educação e maternidade e recebo questionamentos oportunos e dúvidas pertinentes. Ela segue a risca e com muito carinho tudo que a orientamos.
Mas e se eu trabalhasse fora? Bem, eu também deixaria meu filho com uma babá e procuraria passar pelo menos meio período com ele. Acho fundamental para uma criança criar seu espaço em casa, ter atividades sem regras e um cuidador exclusivo em seus 2 primeiros anos de vida, sempre que possível.
Aí é legal ensinar brincadeiras para quem fica com nossos pequenos, deixar um Cd de músicas infantis rolando para que internalizem as canções. Estipular regrars como não uso de TV e rádio (se for o caso), passeios e atividades. Um cardápio diário também acho uma excelente solução.
O mais importante é ter alguém de confiança, que goste de criança e seu bebê também goste, com hábitos saudáveis (não falar palavrão, por exemplo). Deixar um gravador ligado na casa um dia e conversar com os vizinhos sobre a impressão deles sobre a relação da criança X babá pode ajudar a tranquilizar nossos corações. Outro ponto importante é deixar claro que a mudança de babás pode ser prejudicial para a criança e, por isso, ter alguém com quem você realmente possa investir em um relacionamento duradouro.
E vocês, como escolheram os cuidadores? Quem escolheu a escola, porque achou melhor opção? Dicas e sugestões são bem-vindas.
Imagem: Arquivo pessoal - Miguel e a Babá Renata.
3 comentários:
Olá Kalu,
Muito obrigada por acolher a minha sugestão. Adorei o seu texto.
Eu também trabalho em casa e fiz a opção de ter uma babá para cuidar da minha filha Raquel.
Compartilho das suas idéias sobre como escolher um(a) cuidador(a) e como nutrir uma relação de confiança e amizade com ele(a).
Tenho uma foto muito parecida com a do Miguel e da Renata (Raquel com a babá Eliana).
Abraços,
Bebel
Olá, Kalu!
sempre penei em sugerir este tema. aliás, isso agora é um dilema pra mim... Minha filha tem um ano e sete meses, cuidada por mim desde que nasceu, mas agora tenho que me concentrar profundamente na escrita de minha tese de doutorado. Tenho uma moça que trabalha aqui, de quem minha filha gosta muito; ela segue minhas recomendações direitinho, e estou sempre em casa, como vc... mas acho q talvez a baby possa ganhar mais estando numa escolinha legal, com outras crianças. Fico preocupada com o q a moça tem para oferecer... um dia, a alice disse: mamae, bora brincar mais eu? eheheheh! Uma linguagem que eu não usaria jamais... O q vc acha? Bjo. Adoro o blog.
Bebel, obrigada pela sugestão e compartilhar. Lívia, acho que você deve seguir seu coração e descobrir o que é melhor para sua pequena. MINHA opinião é que a idade mais adequada para colocar os pequenos na escola é a partir dos 3 anos. Eu acho muito mais saudável uma criança ter a companhia de um cuidador de quem ela gosta muito e próximo da mãe. E quanto aos erros de português, ela terá uma vida inteira para ir para escola e falar direitinho. Para mim o amor é o "negócio" que não tem preço.
Beijos e obrigada pelo comentários
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