por: Tata
Pegando o gancho do texto de ontem da Kalu, falando sobre festinha de aniversário, fiquei pensando no velho dilema: fazer ou não fazer festinha de primeiro ano? Já vi muita mãe com essa dúvida. Eu mesma era daquelas que, antes de ser mãe, achava festa de um aninho a maior bobagem, que é só para os pais e a criança só se cansa, e tudo o mais. Bom, depois que as meninas nasceram, mudei de opinião rapidinho.
Eu sou festeira por natureza, adoro uma boa bagunça, um agito. Meu aniversário, por exemplo, nunca passa em branco. Sempre tem que ter uma festancinha, ou pelo menos uma reuniãozinha com os amigos. Passar sem comemorar, de jeito nenhum! E como mãe, não podia ser de outro jeito, né? Gostando tanto de comemorar, como eu ia deixar de celebrar um momento tão especial quanto o primeiro aniversário das minhas filhotas, nosso primeiro ano de convivência, nosso infinito de transformações, aprendizados e descobertas?
Eu acho que a festa de primeiro aniversário é mais para os pais, sim. Mas dá pra ser um momento bacana pra criança, também. Tudo bem que ela não vai se dar conta de que está na sua festinha de aniversário, que aquilo tudo é para celebrar um momentinho da vida dela, nem que ela é o centro da comemoração. Isso, não vai mesmo. Mas dependendo de como os pais organizam a festa, dá pra ser um momento bacana para a criança, um momento para curtir ao lado dos pais e de outras pessoas queridas, para brincar com outras crianças, enfim, para se divertir numa boa, como em um dia de passeio em família, ou entre amigos.
A primeira dica pra que esse seja um dia prazeroso, tanto para você quanto para o filhote, e não se transforme no final das contas em um grande abacaxi, acho que seria não exagerar no tamanho da comemoração. Festão estilo mega evento para comemorar o primeiro aninho talvez não seja uma idéia tão boa assim. Como o intuito do primeiro aniversário é mesmo que seja um momento de confraternização, um momento para celebrar aquela data especial junto das pessoas queridas, o bacana é que seja uma coisa menorzinha, mais familiar, mais tranquila. Seu bebê ainda é muito pequenino para uma big festança. Aqui, com as meninas, fizemos algo menorzinho, no salão do prédio em que morávamos, com menos convidados, menos agitação. Foi algo bem com cara de família, mesmo.
É legal também pensar que os pequenos não têm hora para sentir sono, cansaço, mal humor. Pode acontecer do seu filhote querer sossego, um cantinho silencioso, ou mesmo uma boa soneca, exatamente na hora da festa. Já vi acontecer. Nesse caso, acho que o mais legal é respeitar o ritmo do pequenino, até porque a festa é pra ser um momento de diversão, não uma obrigação tormentosa. Se for o caso, leve o aniversariante para um descansinho em um cantinho reservado, e volte quando ele estiver a fim. Afinal, a festa é dele, não é?
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Tenha em mente também que crianças de um ano não precisam de muito para se distrair. Buffets cheios de atrações mirabolantes, ou atividades mais elaboradas, como contação de estórias, teatrinho ou show de mágicas, acabam entediando os pequeninos, ao invés de divertir. Na primeira festa das meninas, encontramos uma solução bastante simples para entreter a criançada (que era toda da mesma idade delas, ou seja, ao redor de um aninho): reservamos um espacinho do salão, forramos com um tapetinho colorido de EVA e deixamos ali uma caixona com uma porção de brinquedinhos das meninas. Foi mais do que suficiente. Os pequenos ficaram ali entretidíssimos, curtindo os brinquedinhos, com tranquilidade, sem serem constantemente bombardeados por estímulos exagerados a todo momento.
Uma coisa que costuma estressar bastante pais e filhos no primeiro aniversário (na verdade, em todos, mas nos seguintes tanto a criança como os pais já vão ficando mais 'safos' para se livrar da chateação) é o passa-passa do bebê de colo em colo. Uma chatice, que no final das contas não serve pra nada além de cansar o bebê e deixar você de cabelo em pé, sempre correndo atrás para descobrir em que colo anda o seu filhote. Tudo bem, são todos pessoas queridas, e a inteção, no final das contas, é boa: todos querem demonstrar seu carinho e sua alegria pelo momento celebrado. Mesmo assim, acho que não vale a pena forçar uma barra, se o bebê quiser ficar mais sossegado, que é o que acontece na maioria das vezes. Respeito, afinal, é bom, e todo mundo gosta. Bem, eu, nessas horas, sou bem radical: minhas filhas não vão no colo de ninguém se não quiserem. Pode ser o presidente, pode ser o papa. Se elas não quiserem ser pegas no colo, não serão. No primeiro aniversário delas, elas ficaram a maior parte do tempo comigo. Foram no colo das pessoas mais próximas, com quem já estavam acostumadas: avós, padrinhos, irmãos, tios. De resto, no máximo um carinho na bochecha, no colo da mamãe aqui. Certamente, muita gente saiu da festa me achando merecedora do troféu 'mãe chata do ano'. Agora, pergunta se eu ligo? Pelo menos, poupei dor de cabeça pra mim e pras minhas pequenas, que iam acabar passando toda a festinha chorosas e irritadas com tanta pegação, aperto e melação daquele povo que esquece que criança não é bichinho de estimação.
A comida é um caso à parte, e você tem basicamente duas opções: montar um cardápio apenas com itens que seu pequeno possa consumir sem susto, ou abrir para opções mais 'adultas', selecionando o que ele vai comer ou não. Eu preferi a segunda opção. Como sabia que minhas filhas não passariam de mão em mão durante a festa, e que eu não teria dificuldade para controlar o que elas comeriam, tivemos salgadinhos tradicionais, refrigerantes, bolo e brigadeiro. As meninas, que tinham almoçado antes da festa, nem ligaram muito para os comes e bebes. Deu pra controlar isso numa boa, sem sobressaltos. Elas tomavam um suquinho aqui e ali, comiam um sanduichinho que a gente ia dando pedacinho por pedacinho, e nem se davam conta de que havia um mundo de 'tentações gastronômicas' rodando o salão, bem pertinho delas. Pros doces, nem ligaram. Não foi no aniversário delas que experimentaram bolo, nem brigadeiro. Isso ficou para beeeem mais tarde... Sei que muitas mães preferem não ter guloseimas na festinha, fazer tudo saudável e natural, mas eu particularmente sou do tipo que acha que dia de festa não é um dia como todos os outros. No dia a dia, aqui em casa, é tudo saudável, tudo balanceado, tudo natural. Mas acho que a vida perde um pouco a graça se a gente não se permite umas 'escapadinhas' de vez em quando. Hoje, que as meninas já comem docinhos controladamente, quando vão a uma festinha eu as deixo comer, se lambuzar com o brigadeiro, fazer a festa com o bolo de chocolate. E adoro ver o sorriso imenso delas vivenciando esses momentos. Tenho ótimas lembranças da minha infância, do prazer imenso de devorar um brigadeiro deixando as mãos melecadas. Acho que esse tipo de coisa faz parte do clima de festa. Pra mim, faz.
No final das contas, pesando tudo, pensando no trabalho que deu, no quanto curtimos celebrar o momento com pessoas queridas por perto, e no quanto elas mesmas aproveitaram o dia, brincando e explorando como os bebês tanto curtem fazer, acho que posso dizer que, aqui, o saldo da primeira festinha foi bem positivo. Não me arrependo de ter feito, não. Acho que teria me arrependido mais de ter deixado a data passar em branco. Se não desse pra fazer uma festinha organizada, pelo menos um bolinho com parabéns e o pessoal mais próximo não faltaria, com certeza.
Para nossa pimentinha número 3, também pretendo fazer festinha de 1 ano. Claro que aí, vai ser todo um esquema diferente, não porque o anterior tenha sido ruim, mas porque como as datas de aniversário vão ser coladinhas, já vamos aproveitar e fazer uma só festinha por ano, caprichadinha, com todo o carinho, para as três. Então não vai ser só uma festinha de 1 ano, vai ser, digamos, um 'combo', uma mistureba de festinha de 1 ano com festão de 5 anos!
E vocês? Fizeram festinha de 1 ano? Como foi a experiência? Boa? Razoável? Péssima?
Imagem: www.gettyimages.com.br
9 comentários:
Pois é Tata! Ano passado passamos por este dilema e fizemos uma linda confraternização com a família e amigos mais chegados na casa da minha sogra. Não teve super decoração nem música, eu fiz um "meu primeiro aninho" de papel colorido e enchemos o forro da sala com balões suspensos, ficou bonito.E podemos conversar e brincar com o Pedro, que é o caçola da família, as outras crianças tem mais de 4 anos.
Já estamos imaginando o que fazer agora quando ele completará 2 aninhos, não quero deixar de comemorar mas ainda quero que seja algo mais pra ele do que pros convidados. É dificil, pois com tanto modismo por aí e com poucas crianças na família não sabemos bem o que fazer. Beijos.
Oi Tata!!!
Muito bom esse post!
Meu filho tá com 9 meses e meio, daqui a pouquinho já vai estar completando 1 aninho. E eu, como toda mãe de primeira viagem, tô passando por esse dilema: faço ou não faço?! Meu marido diz que não, mas também penso que não é algo que possa passar em branco, poxa é o primeiro ano do meu primeiro filho, né?!
E como vc falou também não gosto que ele fique passando de mão em mão (nem ele gosta!), mas tem gente que não entende, né?! Acha que bebês são algo público, não tão nem aí pro que ele quer... aí não sei se faço ou não a festinha.
Acho que pelo menos um bolinho vou fazer... ai ai *suspiro*. Vou ver o que faço!!! hehehehe...
Beijinhos e obrigada por trocar experiências! ;)
Arthur está com quase 10 meses e também estou pensando na festinha. Assim como você, antes de ser mãe achava festa de um ano bobagem, mas agora eu quero sim comemorar, mas sem muita agitação. Mas ainda não sei o que fazer. Ameio o texto!
Beijos!
Fizemos a festa da Letícia (1 ano) na casa dos meus pais, afinal, os amigos dela estão todos por lá, além dos meus pais e irmãos. Foi muito bom, pq respeitamos a aniversariante: poucos a pegaram no colo - ela ia se pedisse colo; teve a hora do cochilo dela antes do parabéns; um tapetinho no canto da sala cheio de brinquedos dela - afinal, todos os amiguinhos tinham entre 1 e 2 anos. Foi uma farra só!
Fizemos um bolo de laranja, pras crianças poderem comer, mas tinha brigadeiro, beijinho tb.
Agora, quanto a festas elaboradas, em buffets, como andam fazendo direto, aí eu não acho legal... fomos em uma com a Letícia e era tanto barulho, tanto agito, que ela se assustou. Acho que, com um ano, é muito fazer festa em buffet. Prefiro clima mais calmo, mais família, mas ainda assim, é bom comemorar os aniversários dos nossos bebês. =)
Estou pensando nisso ainda! Meu filhote tem 8 meses e eu quero sim comemorar...mas quero uma festinha pequena e gostosa para o meu lindinho. Eu particularmente detesto esses buffets infantis, então ainda estou procurando um lugar legal, já que o salão do meu prédio não é muito bom não...
beijjinhos
Que ótimo encontrar esse texto aqui! Estou exatamente no momento das decisões finais da festinha do meu filhote, que vai ser daqui há 20 dias... Minha crise, no momento, é que minha família é super grande (umas 30 pessoas), e, somando com família do maridão (que é mais enxuta) e amigos, estamos com uma lista de 80 pessoas e 24 crianças... Considerando que sempre tem uma quebra, creio que viriam umas 65 pessoas e 15 crianças... O que você acha, esse número é uma super mega festa??? Vamos fazer em casa, que tem um quintal bacana e arborizado...
Enfim, com a sua experiência, o que voce acha, muita gente??
bjocas, adorei o texto
Eu também dizia que não faria festinha de 1 ano até ter a minha filha - e ver que ela é tão sociável. Como vc, sou festeira e, descobri depois da primeira festa, adoro produzir uma boa festa. Então é lógico que comemorei o primeiro ano da minha filha. Foi num esquema de família e amigos mais próximos (nossos e dela, que já tinha uma penca de amigos da pracinha), com produção inteiramente caseira (particularmente, detesto buffets e decorações padronizadas, não me identifico com nada muito massificado) feita por nós, os pais, e amigos. Foi uma delícia. Agora ela fez dois anos e a festinha, dia 15, vai ser no mesmo esquema, com a diferença que agora ela já participa mais, inclusive da pré-produção!
Ai, Tata...Você me fez lembrar que na festa de um ano, o Rô ficou bastante tempo dentro do sling vermelho e, mesmo com o agito da familiarada grande, dormiu um tempão antes do parabéns...
Muito bom o post!
Beijo.
Bom dia,
Sei bem que não é facil tomar a decisão de fazer ou não fazer, mas podem acreditar que o mais difícil está por vim...
Organizar e realizar um evento deste nível necessita de muito tempo dos pais, cá entre nós, muito difícil de se obter nos dias de hoje, onde geralmente os dois trabalham e muitas vezes estudam...calma,calma não quero amedrontar ninguém, pelo contrário quero dar a solução a quem se decidir pelo SIM!
Sou da PATACOLÁ Eventos Infantis e fazemos a festa de acordo com o seu gosto e orçamento. Organizamos tudo do convite a lembrançinha. Somos do ABC e atendemos também São Paulo.
Ligue ou entre em nosso site www.patacola.com.br
Tel: (11) 3458 5549(11)8049 2963
Quero deixar claro que nossa missão é somente tirar o trabalho dos pais e não a satisfação de oferecer um evento de qualidade a seus convidados e principalmente a seus pitocos...
"PATACOLÁ...Fazendo a festa com você"
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