
por: Kathy
Eu me lembro como se fosse hoje da minha felicidade ao ganhar meu primeiro video game de verdade. Era um Odyssey, exatamente como o da foto acima (que saudade!!), e vinha com os jogos "do momento", mais precisamente "Pac Man" (ou Come Come, se preferirem), Didi na Mina Encantada, (sim, era um jogo dos Trapalhões! rs), Matemágica e Macacos me Mordam, o conhecido "jogo do gorilinha".
Me lembro também exatamente da felicidade de, num dia das crianças, passear despretenciosamente com meu pai por um supermercado e me espantar coma sugestão dele de comprarmos um Master System, videogame da Tec Toy que era também a "febre" do momento. Em tempos em que cartão de memória era um objeto inexistente (ou seja, quando você perdia o jogo, tinha que começar tudo de novo), foram noites e noites acordada tentando passar fases de Alex Kid, Sonic e Castle of Ilusion. Como eu me divertia!
O Master System foi MEU último video game mas convivo diariamente com jogos de computador, Playstations, Wiis, fliperamas e jogos de PC que considero extremamente divertidos. Vejo muitas vezes o video game sendo colocado como um vilão, uma ameaça a ser combatida, um terror de brinquedo, mas acredito que dentro da minha forma de encarar a maternidade, ele não será um vilão aqui em casa. Samuel ainda não manifestou interesse por video games, mas quando isso acontecer certamente vou encarar na maior naturalidade.
É óbvio que é preciso selecionar os jogos com atenção, acompanhar e auxiliar a criança em suas escolhas e, principalmente, impor uma limitação de horários para jogar (coisa que eu nunca tive, confesso, rs). Moderação, como fazemos com qualquer coisa na vida. Da mesma forma que não utilizo a televisão aqui em casa como babá eletrônica, o mesmo não será feito com o vídeo game.
Assim como não acho que desenhos animados precisam ser necessariamente educativos e politicamente corretos (sim, sou fã de Pica Pau, Tom e Jerry e desenhos japoneses), acredito que brinquedos não precisam ser somente educativos, mas que também podem e devem servir somente para diversão, e esse para mim é o caso do video game.
Diversão pela diversão, brincar por brincar, não é isso que a gente vive falando que queremos que nossas crianças façam? Então é dessa forma que pretendo que meu filho encare essa possibilidade de brincar. Confesso que estou ansiosa pra poder jogar video game com meu filhote. Será que ainda existe Pac Man por aí?? :o))
Imagem: http://www.janeladainfancia.com.br/wp-content/uploads/2008/12/odyssey.jpg
7 comentários:
Ai, Kathy...como jogamos Atari em casa! Tinha o tradicional Polícia e Ladrão, o do esquimó que pulava nos pedaços de gelo flutuantes e até um Grand Prix da Matemática (a gente tinha que acertar a conta para fazer o carro andar!)...Era uma fase boa, mesmo. E eu adorava que minha mãe jogasse com a gente.
Bem mais tarde, quando comecei a namorar o Edu, a minha enteada mais velha tinha um PS1; também joguei umas coisinhas com elas, desde pescaria até corrida (adooooro!). Você tem razão; desde que não seja substituto de nada, desde que seja mais uma experiência, pode ser uma delícia! Beijo!
Acho que a nossa geração entrou em contato com videogames mais velhos, quando nosso cérebro já estava bem desenvolvido, principalmente a função do sentir e pensar. Acho que videogame para crianças pequenas, menores que 4 anos, é algo que devemos questionar e procurar informações. Me supreende o número de crianças muito pequenas, que não sabem ler e já sabem que aquele botam pula, o outro, chuta, os dois juntos giram... Na minha modesta opinião as crianças devem é desenvolver seus membros e não os botãos dos membros projetados. É como aprender a ler antes da hora. Vivemos a geração da hiperatividade cerebral e atrofia física(talvez pela redução do espaço denossas moradias). Acredito que em grande parte deve-se a esse estímulo excessivo e precoce. Acrescentaria a reflexão de deixar para a exposição a esta atividade.
Bom, eu também acho que vou um pouco na contramão. Apesar de ter sido da geração Nintendo, rs, nunca tive videogame em casa, e sinceramente, nunca senti falta. Jogava de vez em nunca na casa de amigos que tinham, mas mesmo nessas ocasiões, não tinha paciência de ficar um tempão jogando, preferia ir brincar de Barbie ou coreografar músicas da Xuxa, rsrs. (cabe aí uma discussão do que seria mais maléfico, não? hehehe) EU acho que videogame é um brinquedo que estimula a passividade da criança. Não acho que todo brinquedo tenha que ser educativo, não. Mas acho que todo brinquedo tem que ser lúdico, estimular a criatividade. Esse brincar só pelo brincar é, na minha visão, exatamente isso. Estimular o prazer da brincadeira. Não vejo o videogame como um brinquedo que estimula nada. A própria imagem da criança prostrada na frente da TV, os dedos frenéticos no controle, os olhos vidrados, a boca semi-aberta, me desagrada. Acho que é um tipo de 'viagem', a criança fica meio 'chapada', é mecânico demais. Bom, essa é a minha visão. Mesmo assim, se um dia as meninas quiserem, e sentirem falta de ter, acho que vou respeitar isso. Eu nunca tive pq nunca senti falta. Nunca cheguei a pedir pra ter. Se elas pedirem, acho que vou dar. Mas vou tentar controlar muito o tempo de jogo, e tentar criar um momento de interação, jogar junto - mesmo que eu não goste - , fazer do momento do videogame um momento menos passivo e mais interativo. Sei lá. Pensando hoje, é o que eu faria.
bjo!
Adorei o post Kathy!
Meu marido jogou de tudo e eu nunca tive videogame e tbem não senti falta...=)
Meus filhos agora tem e jogam bastante (mais do que deveriam) e meu marido diz que não fará mal...
Infelizmente o inverno no Japão é terrivel e ficamos "na toca" sem muita opção.
Logo virá a primavera e vou tentar mesclar melhor as atividades.
Mas me diga, qnto de tempo seria considerado normal ficar jogando videogame na sua opinião para crianças de 6 anos?
beijo
Oi Kathy, tudo bem? Sou Giovanna Carvalho da Edelman, agência de comunicação da Symantec.
Li seu post sobre o dilema do video game e acho que você gostaria de saber que a Norton lançou ontem uma pesquisa que aborda, entre outros assuntos, o comportamento de pais e filhos em relação a Internet. Pode ser que seu filho ainda não tenha alcançado essa idade, mas em breve ele pode se encantar pelos poderes do computador e, a partir daí, como será que você deve agir?
Caso se interesse, eu posso mandar um arquivo com os resultados da Norton Online Living Report, é me mandar um e-mail: giovanna.carvalho@edelman.com
Abraços.
Eu brinquei de atari, mega drive, nada de mais, meu negócio era casinha e rua... até hj não tenho mta paciencia com eletronicos. Meu irmão mais novo sim, ele era viciado (isso a partir de uns 7,8 anos). Atari, mega,super nintendo,playstation (este eu não conseguia nem ligar rs), era um bando de guris reunidos lá em casa, horas e horas.uma barulheira, não pareciam mto passivos não. Vale ressaltar que isso nunca impediu meu irmão de ser campeão de natação, fazer remo, jogar futebol, ser autodidata em ingles, arriscar alemão e hj o frances. Aí chegou o tal computador (ai to velha), acho que até hj ele é meio viciado em computador, sempre achei que passa tempo demais ali, o que não o impede de ter bandas, tocar baixo, guitarra e agora o violão celo. Faz mestrado em engenharia elétrica e desenvolveu uma tecnologia nova para aparelhos auditivos... uma tecnologia que tende a ser incorporada pelo SUS.. Eu, os dois últimos anos morei num sítio e nem geladeira tive. tv? hã? sou produtora de organicos, do movimento abiosorventes, fralda de pano. O meu ponto é:afinidades. Claro que minha intenção é plantar e colher com meu filho, evitar esse bando de brinquedos a pilha e retardar ao máximo seu contato com computador. Agora, qdo olho meu irmão e sua habilidade com aquelas maquininhas, penso: tomara que as pessoas que desenvolvam estas tecnologias tenham o coração como o dele...
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