Era tão pequeno que o segurava com facilidade nos braços, para cima e para baixo, com a boquinha sempre procurando os peitos cheios de leite. Este amor líquido foi um fermento para você crescer e descobrir o mundo. Aprendeu a ficar de bruços, como uma cobra e começar a olhar as coisas, erquendo a cabeça e o tronco.
O desejo da cobra, de voar e olhar o céu azul, fez com que você criasse interesse por aquilo que está ali adiante. Seguindo a evolução das espécies, começou a rastejar. O corpo que se tornava mais e mais forte permitindo que você passasse a conseguir se equilibrar sobre seus membros superiores e inferiores. Deliciosa lembrança dos seus gestos buscando concatenar braços e pernas, como fazem os mamíferos quadrúpedes. Pouco a pouco tornou-se mais e mais veloz, como os felinos. Baixava a cebeça e ia em direção a sua presa.
Mas o sonho de voar persistia. As pernas fortalecidas serviram de apoio para o corpo que com ajuda das mãos buscavam um novo equilíbrio. Agora o sol ilumina sua cabeça, que corre pelo quintal em busca dos pássaros. O céu lhe seduz e você sempre me aponta para estrelas, lua e luzes do céu. Mal sabe você que já sabe voar, todas as vezes que adormece em meus braços e consegue voltar para perto de Deus.
Imagem: http://www.getyimages.com.br/
Um comentário:
Olá..visitando blogs por aí,achei esse muito interessante...parabéns!Também sou mãe,leonina,índigo,quase balzaquiana também e blogueira...convido-as para visitar meu cantinho...estou iniciando ainda,mas é feito com carinho!Sucesso!
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