De todas as questões que envolvem a maternidade ativa e humana, a cama compartilhada é algo que não funcionou em nossas vidas. Penso que em um passado distante, um bebê deixado longe dos pais seria uma presa fácil para feras famintas. Sei também que é uma sensação deliciosa dormir enroscado ao calor de alguém.
Acontece que para mim alguns fatores pesaram para não aderir a esta opção. Nas primeiras noites que o Miguel nasceu, coloquei-o para dormir ao lado da minha cama. O resultado foi um marido irritado por não conseguir dormir direito e eu que ficava bastante cansada, porque o Miguel acordava de hora em hora.
Resolvi experimentar fazê-lo dormir no quarto dele e colocá-lo no berço. Para minha surpresa o Miguel dormiu 5 horas seguidas. Foi um grande alívio para mim. Quando ele acordava a noite, que acontecia algumas vezes, preferia ir até o quarto dele, dar de mamar e voltar ao meu quarto a trazê-lo para nossa cama.
Um outro ponto que pesou foi a questão da vida sexual. Não me sentia confortável em namorar na mesma cama que meu filho. Isso inibia tanto a mim quanto ao meu marido. A minha vida de esposa surgiu juntamente com a maternidade, uma vez que só fui morar com meu marido quando já estava com 36 semanas. Para mim, voltar a ter uma vida sexual ativa era fundamental.
Nos momentos de crise do Miguel a solução foi dormir com ele no seu quarto. Embora a cama pequena não seja um grande conforto, pelo menos era apenas um cansado e não dois. As noites que passei no quarto do Miguel foram poucas e hoje ele dorme 8 horas seguidas em seu cantinho. É bacana perceber como ele gosta daquele ambiente que tão carinhosamente foi preparado para ele. Quando chega a hora do sono ele vai para o quarto, deita na cama e grita: mamã. Eu deito com ele para ele mamar e em poucos minutos ele já está nos braços de morpheu.
Esta foi a solução que melhor se adequou a nossa família e você, pratica cama familiar?
Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
11 comentários:
Kali,
engraçado, comigo aconteceu algo parecido, porém no início eu não tinha a vontade que a Luna dormisse com a gente.
Preparamos o quarto dela e na mimnha cabeça ela dormiria lá e nós na nossa cama. Qdo comecei a interagir com este mundo da humanização percebí que não tinha problema nenhum em dividir nossa cama. Ocorreu que a Luna nunca se adaptou legal no meio da gente. Salvo noites muitos específicas, na maioria ela não se sente à vontade na nossa cama. Qdo a coloco no berço ela logo dorme e dorme bem.
Então, acho que é isto: Cama campartilhada ou não, o importante é que a família esteja em equilíbrio e feliz!
Bjkas,
Carol.
Olha, eu não concordo de forma alguma com essa idéia dos filhos dormirem na cama dos pais. Me perdoem os humanizadores (eu sou a favor da humanização, deixar claro), mas não acho isso saudável.
O casal precisa de um momento só deles, isso é indispensável, e acostumar o filho a dormir junto, tira demais essa privacidade. A criança precisa aprender a ser independente, ter seu espaço, sua cama, enfim. É a minha humilde opinião.
Bom, a primeira coisa que eu acho é que tudo muda depois que os filhos nascem. Só mesmo quando a gente tem os filhotes ali, no dia a dia, é que a gente descobre qual é a melhor dinâmica. E não existem respostas absolutas, cada família encontra o seu jeito de fazer as coisas, e a única regra absoluta é que estejam todos bem com as decisões tomadas, o resto é resto.
Ter filho dormindo junto não necessariamente significa que o casal não tenha tempo para momentos a dois. Aliás, gente, criatividade é tudo, faz favor! rs. Cama não é o único lugar da casa onde se pode ter uma intimidade de casal, aliás ter a cama 'mezzo ocupada' estimula a criatividade, se é que me entendem... ;-)
Eu acho que tudo na vida tem seu tempo. Há crianças que ficam numa boa sozinhas num quarto desde cedo, outras precisam de mais proximidade por mais tempo. Minha filosofia é sempre respeitar o tempo natural das coisas, não forçar a barra.
Minhas filhas passaram a dormir com a gente e hoje, com 3 anos, têm pedido para dormir no próprio quarto, coisa que aliás estamos adiando porque estamos com uma mudança de casa em vista e o quarto antigo delas está meio inabitável, hehe. Mas tenho visto por elas que dar tempo ao tempo funcionou de uma forma muito bacana: elas se sentiram amparadas, e hoje sentem naturalmente a vontade de explorar outros arranjos.
Se tem uma coisa que eu sempre me pego pensando é como, com os filhos, as coisas passam rápido. Eles crescem num piscar de olhos, e é bacana a gente curtir cada fase, permitir inclusive a dependência, uma dependência natural e saudável, porque ela passa muito rápido, eles crescem numa velocidade assustadora, e a gente é que acaba desamparado, morrendo de vontade de curtir uma noite agarradinho naquele corpinho quentinho, pequenino, e sentir aquela respiraçãozinha tão serena no meio da madrugada.
Enfim, gente, menos regras, menos verdades absolutas, o importante nessa vida é a gente curtir e ser feliz! :-)
Acho válido respeitar mesmo a vontade dos pequenos, tudo é muito fundamental...a vida a dois, o tempo com os filhos e acho que tudo pode ser maleável de acordo com a situação.
Eu não pratico a cama familiar, pelos motivos que você citou e também porque meu marido tem um sono extremamente pesado e se mexe muito, morria de medo dele esmagar minha pequena qualquer noite dessas e comigo ficando no meio tinha o risco dela cair da cama. Então ela já se acostumou no berço desde pequena, e sempre pede pra ir dormir lá, e quando pede pra deitar "no berço da mamãe" eu também deixo, faço ela dormir com bastante carinho e beijinho e todo mundo fica feliz :).
Cada casa é uma casa, cada caso é um caso e o que é melhor só nós podemos saber!
beijos
Aqui em casa a cama compartilhada sempre funcional. Temos uma cama grande, então ficou mais fácil. Eu nunca pensei que um filho dormiria comigo e meu marido, mas a Sofia desde pequena veio pra junto de nós. Tb desde pequena ela dorme no berço dela. Funciona assim: ela dorme na minha cama, e se estava cansada passava para o berço, acordava e o marido trazia ela pra junto de nós. Teve muitos dias em que ela dormiu a noite toda com a gente. Há três semanas aposentei o berço e comprei uma caminha que ela amou, e começou a pedir para dormir lá depois de ouvir uma historinha. Se acorda na madrugada ela levanta sozinha e vai pra nossa cama (tem noites que nem sei como ela foi parar lá, rs...). E isso não afetou nossa atividade sexual, porque ela tb conseguia dormir no berço: vai ter festinha, a Sofia vai pro quarto dela. E é tão aconchegante ter ela perto de nós, os três juntos se esquentando... Aconteceu sem que eu determinasse como seria, foi natural assim como a vontade dela de dormir no quarto dela, e hoje já tem dias que ela pede para dormir sem mamar no peito.
Mas o que acho importante é cada um fazer o que é melhor para si, sem regras, com muito amor e respeito.
Beijos a vocês
eu durmo com o meu filho desde que ele nasceu. ele vai fazer 5 anos e pra mim tá bom ainda. pra ele tb.
É maravilhoso perceber que cada família encontra seu jeito. Aqui não funcionou muito mais pela personalidade do Miguel do que busca da individualidade do casal. Obrigada a todos os comentários e relatos de suas experiências.
Ai, ai....
Adoro minha cama familiar!
Concordo com tudo que a Rê disse.
Um dia ela sairá, não temos pressa pra isso.
É tudo tão fulgaz, um dia desses, qdo eu piscar os olhos, ela estará com necessidade de outras coisas, e o que ficará guardado é esse carinho que tivemos em família.
Acho que cama familiar reforça laços.
Ah....e sexo???
Temos toda uma casa pra isso.
Gosto de cama pra dormir!
bjs
Acredito que para cada família o ideal é diferente mesmo.
Ainda não tenho filhos e sou super a favor da humanização mas cama compartilhada somente se o baby tiver necessidade. Ou seja, primeiro tentarei deixá-lo no seu quartinho mas se ele não se sentir bem sozinho, então virá para nossa cama.
É claro que tbm é mto fácil falar assim, mas qdo o baby vier aí é que veremos como será.
Acredito que para cada família o ideal é diferente mesmo.
Ainda não tenho filhos e sou super a favor da humanização mas cama compartilhada somente se o baby tiver necessidade. Ou seja, primeiro tentarei deixá-lo no seu quartinho mas se ele não se sentir bem sozinho, então virá para nossa cama.
É claro que tbm é mto fácil falar assim, mas qdo o baby vier aí é que veremos como será.
Pratico cama familiar sim e pretendo continuar quando vier o segundinho. Tudo começou por não ter uma cama extra no quarto dele e dormir no chão não estava dando certo. O esquema é assim, ele adormece na minha cama e levo para o berço, se ele acorda e chama, volta e fica conosco. Meu marido até já arranjou uns esquemas de dormir invertido para dar mais espaço. às vezes dá uma dorzinha no pescoço, meu marido acorda chatinho, mas vale muito a pena er ele junto. Como ele pega no sono rápido, dá para namorar até cansar.
Gente, passa tão rápido, logo ele só vai querer dormir com as gatinhas e a gente fica chupando o dedo, rsrs. Carinho nunca é demais.
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