é pique, é pique, é pique!!!

por: Tata

Gente, que coisa bacana é organizar festinha de criança!

É o tipo da coisa que a gente cospe pra cima e acaba caindo na cara. Quem, antes de ter filhos, nunca disse ou pensou: 'que absurdo tanta coisa pra aniversário de criança tão pequena, nem entende nada!'. Eu pensava assim. Até as pimentas nascerem.

Acontece que, como quase tudo depois que os filhos nascem, a gente pára, pensa, repensa, sacode as certezas, revê os conceitos. E a verdade é que comemorar aniversário de filho é o maior barato. Dá um trabalho danado, é um monte de coisa pra elaborar, organizar, pesquisar, fazer acontecer. Mas quando a gente vê a coisa prontinha, e o olharzinho transbordando felicidade do filhote diante de cada detalhe, até esquece do trabalho que deu, e é pura curtição.

É verdade, no começo, a criança nem entende. Minhas filhas eu acredito que começaram a entender agora, no aniversário de 3 anos. Antes, a gente faz mais pra gente mesmo. E que mal há nisso?

O primeiro aniversário das meninas, pra mim, foi antes de tudo uma celebração junto de pessoas queridas. Uma celebração daquele ano em que tantas coisas haviam mudado para melhor, do infinito de aprendizados e descobertas que havíamos passado naqueles doze meses, daquelas duas vidinhas tão doces e iluminadas que haviam chegado para nos transformar. Eu queria ter as pessoas queridas junto comigo para curtir a delícia de tudo isso. E assim foi. As meninas? Desconfiaram de tudo no começo, depois sentaram, brincaram, comeram e curtiram. Quase como em um dia igual a todos os outros.

Já no segundo aniversário, a festinha foi uma oportunidade para elas se divertirem com os amiguinhos, uma descoberta recente, já que elas vinham há pouco tempo curtindo mais a interação com outras crianças, o barato de 'fazer amizades', a delícia da brincadeira em conjunto. Elas curtiram à beça, acredito que ainda não tenham compreendido que o dia era 'delas', mas fizeram uma bagunça das boas junto com a criançada convidada.

E agora foi o terceiro. Até agora, o mais bacana de todos. Porque pela primeira vez, elas tinham noção de tudo. Sabiam que o dia era delas, curtiram toda a preparação, há semanas vinham contando o tempo que faltava para chegar a festinha. Escolheram o tema junto com a gente, falaram disso por dias e mais dias. Divertiram-se repassando a lista dos amiguinhos que seriam convidados. Pediam para repetir de que seria o bolo, que brinquedos teria, o que aconteceria na festa. Ficaram ansiosas feito duas noivinhas.

E por fim, o dia. A festa. Diversão das boas do começo ao fim. Pularam, cantaram, dançaram. Puxaram os amiguinhos pra lá e pra cá. Sujaram-se à vontade (afinal, não é esse o papel da criança?). Foram o centro das atenções, e gostaram da idéia. Deliciaram-se com o parabéns, apagaram as velinhas incansavelmente, entupiram-se de bolo (é de chotolate, mamãe?) e brigadeiro. Era dia de festa, dia de liberdade, dia de se lambuzar à vontade, dia de alegria sem limite. Enfim, foram as princesas da noite, e desempenharam o papel com excelência.

Os filhos crescem, o tempo passa, e o que fica disso tudo são os bons sentimentos, e os momentos especiais que a gente não esquece. Pequenas coisinhas, como o brilho nos olhos do filhote ao ver um bonecão do Mickey enfeitando a mesa do bolo, ou rasgando afoito os papéis de cada presente no dia seguinte.

Nada disso tem qualquer coisa a ver com valores materiais. Pode ser a festa mais elaborada no buffet mais chiquetoso da cidade, como pode ser uma reuniãozinha de família e amiguinhos no quintal de casa, com salgadinho da vizinha e brigadeiro de lata.

O que importa mesmo é a gente ensinar pra eles o quanto é bacana a gente celebrar a vida ao lado de quem a gente ama. E que não há nada mais gostoso na vida que curtir momentos especiais ao lado de pessoas queridas.

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