por: Tata
Hoje, tive um dia diferente. Aproveitei que Ana Luz e Estrela tinham ido direto da escola para a casa de uma amiguinha, deixei Chiara com a moça que trabalha aqui em casa (que ela adora, e com quem fica feliz e contente), saí sozinha. Fui curtir uma sessão de cinema no meio da tarde, coisa que adoro fazer e, depois das filhotas, não é sempre que dá.
Puxa, como foi bom! Durante as quase duas horas curtindo o escurinho do cinema, esqueci da vida, deliciei-me com um filme bacana (chequem minha descrição aí na barra lateral, e verão que sou cinéfila de carteirinha!), caraminholei bastante, caminhei sem pressa sentindo o ventinho frio da avenida Paulista, curti um bocadinho dessa solidão gostosa de quando a gente se permite estar consigo mesma. E voltei pra casa mais leve, com a cabeça descansada, feliz da vida.
Tem gente que acha que depois que os filhos nascem a gente tem que abrir mão de fazer tudo o que gosta. Que filho tira muita coisa da gente, restringe o dia a dia, tira a liberdade de curtir momentos só nossos. Preciso dizer que eu acho que esse papo não tem nada a ver?
Pra mim, tem hora pra tudo. Quando os filhos nascem, enquanto são bem bebezicos, a gente fica muito voltado pra eles, sim. A dedicação é exclusiva, integral, absoluta. Eles pedem isso, precisam disso. Aí é encarar com leveza, com bom humor, curtir esses momentos de grude absoluto, que passam tão rápido, porque eles crescem muito mais depressa do que a gente imagina. Então, essa é a hora de se doar mesmo, com todo amor do mundo, e saborear essa doação e tudo o que ela tem pra nos ensinar. Quando menos você esperar, a fase do grude absoluto passou, eles já ficam com outras pessoas, criam outros laços, têm outros interesses.
Sei que muitas mães sentem culpa quando deixam seus filhos em casa, para curtir momentos só seus. Eu posso dizer, sem um pingo de dúvida, que desse mal não padeço. Tenho a sorte de ter pessoas de confiança, com quem minhas filhotas ficam super numa boa, e quando é possível, eu aproveito de coração aberto a oportunidade de sair com o maridão e curtir um programinha a dois, ou mesmo de sair sozinha, e curtir um momento só meu.
Pra mim, tudo tem sua hora. Quando estou com as minhas meninas, curto cada segundo. Tenho o maior prazer em cuidar, brincar, conversar, corujar, enfim, estar junto. Quando estou com elas, estou 100%. E acho que por isso mesmo, quando tenho oportunidade de dar essas escapadelas da rotina, de curtir um tempo comigo mesma, fazer coisas de que eu gosto, olhar pra mim, faço sem culpa, sabendo que isso também faz parte, e tem sua importância. Pra mim, um momento desses revigora, faz diferença.
É por isso que eu acho que quando a gente respeita cada fase da vida dos nossos filhotes, as coisas caminham com mais tranquilidade. Pra que forçar a barra e querer deixar o bebê de poucos meses de vida com outra pessoa, quando isso é sofrido pra ele? Dê tempo ao tempo, não apresse as coisas. Se puder, curta essa dedicação exclusiva. Quando você menos espera, você tem o seu tempo de volta, embrulhadinho pra presente, pra fazer o que quiser.
E aí, não se surpreenda se no meio daquele programa que era pra ser só seu, você se pegar pensando no filhote que ficou em casa, no sorriso que ele te deu ao acordar pela manhã, no jeitinho maroto de gargalhar quando acha graça em alguma coisa. Porque é assim mesmo: depois dos filhos, a gente não volta a ser o que era antes, e ainda bem. Eles vêm somar, sempre.
Você vai continuar sendo aquela pessoa que era antes, com seus gostos e desgostos, com as coisas que curte fazer, com seus desejos, sonhos e tudo mais. E o mais bacana é que, juntinho dessas coisas todas, você carrega consigo um pedacinho teu, todo cheio de pureza e alegria. Um pedacinho que você colocou no mundo, e que vai fazer parte de quem você é, pra sempre. Estando longe ou perto, não importa. Seja como for, aquela coisinha miúda que você um dia segurou nos braços pela primeira vez, te transformou pra sempre.
E daí pra frente, mesmo estando sozinho, a gente não está mais. E se isso vai ser um peso, só depende de como a gente encara. Pra mim, é pura maravilha.
Puxa, como foi bom! Durante as quase duas horas curtindo o escurinho do cinema, esqueci da vida, deliciei-me com um filme bacana (chequem minha descrição aí na barra lateral, e verão que sou cinéfila de carteirinha!), caraminholei bastante, caminhei sem pressa sentindo o ventinho frio da avenida Paulista, curti um bocadinho dessa solidão gostosa de quando a gente se permite estar consigo mesma. E voltei pra casa mais leve, com a cabeça descansada, feliz da vida.
Tem gente que acha que depois que os filhos nascem a gente tem que abrir mão de fazer tudo o que gosta. Que filho tira muita coisa da gente, restringe o dia a dia, tira a liberdade de curtir momentos só nossos. Preciso dizer que eu acho que esse papo não tem nada a ver?
Pra mim, tem hora pra tudo. Quando os filhos nascem, enquanto são bem bebezicos, a gente fica muito voltado pra eles, sim. A dedicação é exclusiva, integral, absoluta. Eles pedem isso, precisam disso. Aí é encarar com leveza, com bom humor, curtir esses momentos de grude absoluto, que passam tão rápido, porque eles crescem muito mais depressa do que a gente imagina. Então, essa é a hora de se doar mesmo, com todo amor do mundo, e saborear essa doação e tudo o que ela tem pra nos ensinar. Quando menos você esperar, a fase do grude absoluto passou, eles já ficam com outras pessoas, criam outros laços, têm outros interesses.
Sei que muitas mães sentem culpa quando deixam seus filhos em casa, para curtir momentos só seus. Eu posso dizer, sem um pingo de dúvida, que desse mal não padeço. Tenho a sorte de ter pessoas de confiança, com quem minhas filhotas ficam super numa boa, e quando é possível, eu aproveito de coração aberto a oportunidade de sair com o maridão e curtir um programinha a dois, ou mesmo de sair sozinha, e curtir um momento só meu.
Pra mim, tudo tem sua hora. Quando estou com as minhas meninas, curto cada segundo. Tenho o maior prazer em cuidar, brincar, conversar, corujar, enfim, estar junto. Quando estou com elas, estou 100%. E acho que por isso mesmo, quando tenho oportunidade de dar essas escapadelas da rotina, de curtir um tempo comigo mesma, fazer coisas de que eu gosto, olhar pra mim, faço sem culpa, sabendo que isso também faz parte, e tem sua importância. Pra mim, um momento desses revigora, faz diferença.
É por isso que eu acho que quando a gente respeita cada fase da vida dos nossos filhotes, as coisas caminham com mais tranquilidade. Pra que forçar a barra e querer deixar o bebê de poucos meses de vida com outra pessoa, quando isso é sofrido pra ele? Dê tempo ao tempo, não apresse as coisas. Se puder, curta essa dedicação exclusiva. Quando você menos espera, você tem o seu tempo de volta, embrulhadinho pra presente, pra fazer o que quiser.
E aí, não se surpreenda se no meio daquele programa que era pra ser só seu, você se pegar pensando no filhote que ficou em casa, no sorriso que ele te deu ao acordar pela manhã, no jeitinho maroto de gargalhar quando acha graça em alguma coisa. Porque é assim mesmo: depois dos filhos, a gente não volta a ser o que era antes, e ainda bem. Eles vêm somar, sempre.
Você vai continuar sendo aquela pessoa que era antes, com seus gostos e desgostos, com as coisas que curte fazer, com seus desejos, sonhos e tudo mais. E o mais bacana é que, juntinho dessas coisas todas, você carrega consigo um pedacinho teu, todo cheio de pureza e alegria. Um pedacinho que você colocou no mundo, e que vai fazer parte de quem você é, pra sempre. Estando longe ou perto, não importa. Seja como for, aquela coisinha miúda que você um dia segurou nos braços pela primeira vez, te transformou pra sempre.
E daí pra frente, mesmo estando sozinho, a gente não está mais. E se isso vai ser um peso, só depende de como a gente encara. Pra mim, é pura maravilha.
Imagem: www.gettyimages.com.br
8 comentários:
Tata, mas nem sempre é assim. Nem sempre temos uma profissão que dê para trabalhar de casa ou um marido que consiga bancar sozinho o sustento razoável, pagar aluguel, tentar comprar uma casa...
Daí, o tempo que o filho fica na escola é para você ir para o trabalho. E você tem apenas diarista, chega em casa e precisa cuidar do filho, brincar, fazer janta, lavar roupa e tudo mais.
E não tem nem ninguém para ficar com o filho para você sair com o marido ou mesmo ir ao cinema sozinha, piorou no meio da semana!
E se o marido fica com o filho ou eventualmente sua mãe que mora em outra cidade, é porque tem um compromisso importante.
Arthur tem dois anos, desde então consegui ir três vezes ao cinema, as duas com ele. Da primeira ele tinha 40 dias, ainda não tinha cinematerna aqui, mas fui mesmo assim. Na segunda foi na estréia do cinematerna, faltando do trabalho e ele já grandinho não me deixou ver nem 10 minutos de filme. Na última minha mãe ficou e fui com o marido, mas foi uma super exceção.
Enfim, eu amo cuidar do meu filho, mas nem para todos é tão simples assim conseguir essas escapadas saudáveis.
Beijos!
Tb nunca entendi o sofrimento que é a maternidade para algumas mulheres. Meus parentes moram longe, nao tenho com quem deixar pra pasear, trabalho fora, nao tenho empregada, mesmo assim sou mto feliz.
A gnt passeia junto, curte a vida. Somos amigos. Acho que a gnt tem que parar de lamentar a vida e começar a fazer acontecer.
Me divirto mto mais hj com filhos do que qd nao tinha. Estava sempre numa busca de algo que nao existia... Agora existe e esta bem aqui.
A vida é feita de escolhas e precisamos nos preparar para ter filhos.
Parabens por amar sua materndiade!
Ela nunca deveria ser um peso, uma tortura como tantas maes veem infelzimente.
Na creche do Zeze eles fazem uma adaptacao todo inicio do ano. Dura aproximadamente uma semana. Só que o mínimo que eu posso tirar de ferias é 15 dias. Então eu fiz do limão uma limonada. Fico uma semana com ele fazendo a adaptação e a outra semana é minha. Para ir ao cinema, cortar o cabelo, almoçar num bom restaurante e outras cositas.
Sei que nem todo mundo pode programar as suas ferias (ou tem ferias acumuladas), mas depois que ele nasceu, comecei a encarar o trabalho de uma forma mais leve.
Um abraço
Ana Isabel
claro dani, por isso q eu disse no meu texto "se puder, curta essa dedicação exclusiva...". se puder. sei que é uma sorte poder ter esses momentos, mas de um jeito ou de outro eles acabam aparecendo, mesmo que se trabalhe fora, uma hora os filhotes são convidados pra uma tarde na casa de um amiguinho, para um passeio com primos, enfim. as oportunidades vão aparecendo conforme eles vão crescendo, como eu disse, tudo tem sua hora...
dydy, tb curto muito estar com minhas filhas, acho que o peso é a gente que opta por colocar ou não... tudo uma questão de como a gente encara. não vejo que minhas filhas vieram me privar de nada, pelo contrário, elas só vieram acrescentar, fazer a vida melhor, mais inteira e mais saborosa.
ana isabel, acho q é bem por aí mesmo... aproveitar os momentos, curtir e ver tudo com leveza. receita boa demais! :-)
bjo bjo bjo
Tata, você escreveu: "Tem gente que acha que depois que os filhos nascem a gente tem que abrir mão de fazer tudo o que gosta. Que filho tira muita coisa da gente, restringe o dia a dia, tira a liberdade de curtir momentos só nossos. Preciso dizer que eu acho que esse papo não tem nada a ver?"
Eu quis reforçar o contra-ponto de que, às vezes, a necessidade faz com que esse papo tenha sim algo a ver. Porém, como bem disse a Dydy, isso nunca deveria ser um peso, uma tortura. No fundo, tudo depende de como encaramos a vida, de nossas expectativas, do mundo em que vivemos e em qual mundo queremos viver.
Dizer que eu não sinto falta de vez em quando de ter um tempinho para mim seria lindo, mas seria mentira. Assim como você, eu gostaria de ter às vezes esses momentos, bem às vezes, mas poder tê-los. Isso não faz com que seja uma tortura ou que não seja maravilhosa minha vida com meu filho, até porque sei que esse tempo de dedicação tão exclusiva logo, logo acabará e vai deixar muita saudade.
Beijos!
mais uma vez um assunto que me ronda, nossas afinidades? bem, o que mais me tocou no texto é a questão de voltar mais inteiro depois pro filhote. mtas vezes estou em casa e por causa do trabalho, estudo, ou porque estou cansada mesmo, acabo ficando distante, dizendo: "brinca ai mais um pouquinho ou de olho em outras coisas". pra mim a escapada me revigora ou me permite fazer o necessário para quando estiver com ele, estar inteirinha ali.
realmente a cada dia que passa eu percebo que ele não precisa de mim 24 hs por dia...comoassim????
bem, falamos mais sobre isso
dani, eu entendi seu questionamento. o que quis dizer é que, com o tempo, sem pressão, esses momentos vão acontecendo. os filhos não dependem da gente 24hs por dia pra sempre. mais cedo ou mais tarde eles saem para um passeio com os amiguinhos, para uma noite fora na casa de não sei quem, entende? é assim q funciona, eles crescem. e aí a gente volta a ter esses momentos pra si. é questão de como a gente enxerga, com certeza, mas tb de dar tempo ao tempo e entender q tem hora pra tudo...
mari, lindona, podemos conversar sobre isso num papo comprido enqto nossos geminianos brincam, q tal? :-)
tb sinto igual, acho que esses momentos de 'me mim comigo' fazem a diferença. inteiram, e a gente volta com mais gás, com mais alegria e mais vontade.
bjo bjo bjo
Eu acho o seguinte: depois que tive o Arthur, aprendi que mulher nenhuma deve ter filho e ficar sozinha, isolada. Depois de quase 3 anos cuidando exclusivamente dele, isolada (bom, divido os cuidados com meu marido), sem amigas, sem familiares, sem outras crianças por perto, e ainda lavo, cozinho e cuido da casa, estou esgotada para ser criativa. Resultado: Arthur prefere ficar com o pai do que comigo, porque quando o pai chega, só brinca com ele, e eu vou cuidar de milhares de coisas. Não tenho empregada, sequer diarista. NADA. Então, acho que a mãe deve se dedicar sim ao filho, mas deve planejar tb guardar uma grana pra faxineira de vez em quando, pra comer no resturante muitas vezes, pra ficar perto de amigos que tenham filhos na mesma idade, pra ter alguém de muita confiança pra ficar com o filho quanto precisar arejar a cabeça. Isolamento é que faz de mim uma mãe pior do que planejei. Mesmo assim, ele continua comigo porque não se adapta à escola, passarinho livre não quer ir para a gaiola. Acho que toda mulher precisa saber se resignar em dar o tempo que o filho precisa de dedicação, mas nunca em isolamento.
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