por: Tata
Bom, depois dos últimos posts da Kalu e da Kathy, e da discussão que se estendeu pelos comentários, não tinha como falar de outra coisa, né? Então resolvi vir aqui também, dar minha opinião sobre essa polêmica toda.
A primeira coisa que acho legal dizer é que o Mamíferas é um blog sem editores. Nós três somos redatoras independentes, o que significa que o que uma escreve não necessita de aprovação das outras. Ou seja, nem tudo o que uma escreve reflete a opinião das outras duas. Nós temos muitas afinidades, e a raiz de nossas crenças em relação à gravidez, ao parto e à maternidade, são semelhantes. Mas somos pessoas diferentes, com histórias diferentes, realidades diferentes, possibilidades diferentes, anseios diversos. Para algumas coisas, pensamos igual. Para outras, pensamos diferente. E essa variedade é um dos grandes baratos do Mamíferas, na minha opinião.
Outra coisa que acho que tem que ficar claro pra quem nós lê é que não existe um 'check-list' mamífero, ninguém por aqui precisa de aprovação ou carteirinha de sócio pra se autointitular uma mãe mamífera. Muito menos nós três, que não somos juízas de nada, apenas três mães apaixonadas e comprometidas com a maternidade compartilhando suas experiências, temos qualquer pretensão de dizer quem é ou deixa de ser mamífera.
Já falamos disso aqui uma porção de vezes, mas vira e mexe o pessoal esquece, então vamos lá: cada um sabe de si, cada um sabe de suas prioridades, possibilidades e limites, e não cabe a ninguém colocar o dedo na cara do outro pra dizer o que deve ser feito.
Diversidade é uma das grandes maravilhas do mundo. Conversar com quem discorda da gente, tem uma opinião distinta, é riquíssimo, sempre. Faz a gente refletir, tira-nos da nossa zona de conforto, a gente exercita o raciocínio, argumenta, e sempre aprende alguma coisa. Agora, a discordância tem que ser cordial, educada, sem agressividade e, acima de tudo, sem autocomiseração, sem argumentos rasos e batidos do tipo "ninguém é menos mãe porque não...".
Aqui, a idéia não é ser mais ou menos do que ninguém. Já falei sobre isso em outro post, maternidade não é corrida até a linha de chegada, não é competição, não tem vencedores e vencidos. Ninguém aqui está competindo pelo troféu de "mais-mãe" do ano. O nosso barato é criar um espaço bacana de reflexão, de questionamento do lugar comum que a gente vê por aí a torto e a direito, um ambiente onde quem quer ir além do pacote básico 'cesárea-chupeta-mamadeira' pode buscar informação, tirar dúvidas, trocar idéias.
Ninguém aqui deve ficar pensando em ser 'melhor mãe' do que ninguém. Isso não existe, cadum cadum, como diz um grande amigo espirituoso. Acho que a única 'corrida' que faz algum sentido é aquela que a gente trilha com a gente mesmo: estou sendo a melhor mãe que posso ser? Estou dando tudo o que posso? Estou fazendo o meu melhor? Qualquer coisa além disso é pura piração, e não faz sentido algum.
Eu acho que é por aí: discordar, sim. É super bem vindo, já dizia Nelson Rodrigues, 'toda unanimidade é burra'. Discordem da gente, dêem palpites, contem suas experiências, mesmo que sejam diferentes das nossas. A gente vai partir daí e debater, trocar. Se a gente puder, vai ensinar alguma coisa, ou de repente aprender. Esse é o barato das relações humanas, a troca. Só que não existe troca onde há agressividade, não existe troca onde há desrespeito, não existe troca onde há distorção do que foi dito para facilitar expor a minha opinião.
Então, pra ser bem vinda aqui no Mamíferas, não precisa ter tido parto natural, domiciliar, desassistido ou embaixo da jaqueira. Não precisa ter amamentado dois, três, sete ou dezoito anos. Não precisa ter parado de trabalhar, ter usado fralda de pano, comprar orgânicos, ser vegetariano, cantar mantras, gostar de incenso, detestar o Içami Tiba ou amar a Sônia Hirsch. Não precisa ser nada, não precisa pensar de um jeito específico, não precisa viver de acordo com cartilha nenhuma. Só precisa ter a cabeça aberta, estar disposto a ouvir o que a gente tem a dizer, a debater com civilidade e educação. E precisa desejar um papel ativo e consciente na criação dos filhos, porque aí não tem jeito, é sine qua non, mesmo.
E aí? 'Is' devidamente 'pingados', podemos voltar ao nosso papo gostoso de todos os dias?
A primeira coisa que acho legal dizer é que o Mamíferas é um blog sem editores. Nós três somos redatoras independentes, o que significa que o que uma escreve não necessita de aprovação das outras. Ou seja, nem tudo o que uma escreve reflete a opinião das outras duas. Nós temos muitas afinidades, e a raiz de nossas crenças em relação à gravidez, ao parto e à maternidade, são semelhantes. Mas somos pessoas diferentes, com histórias diferentes, realidades diferentes, possibilidades diferentes, anseios diversos. Para algumas coisas, pensamos igual. Para outras, pensamos diferente. E essa variedade é um dos grandes baratos do Mamíferas, na minha opinião.
Outra coisa que acho que tem que ficar claro pra quem nós lê é que não existe um 'check-list' mamífero, ninguém por aqui precisa de aprovação ou carteirinha de sócio pra se autointitular uma mãe mamífera. Muito menos nós três, que não somos juízas de nada, apenas três mães apaixonadas e comprometidas com a maternidade compartilhando suas experiências, temos qualquer pretensão de dizer quem é ou deixa de ser mamífera.
Já falamos disso aqui uma porção de vezes, mas vira e mexe o pessoal esquece, então vamos lá: cada um sabe de si, cada um sabe de suas prioridades, possibilidades e limites, e não cabe a ninguém colocar o dedo na cara do outro pra dizer o que deve ser feito.
Diversidade é uma das grandes maravilhas do mundo. Conversar com quem discorda da gente, tem uma opinião distinta, é riquíssimo, sempre. Faz a gente refletir, tira-nos da nossa zona de conforto, a gente exercita o raciocínio, argumenta, e sempre aprende alguma coisa. Agora, a discordância tem que ser cordial, educada, sem agressividade e, acima de tudo, sem autocomiseração, sem argumentos rasos e batidos do tipo "ninguém é menos mãe porque não...".
Aqui, a idéia não é ser mais ou menos do que ninguém. Já falei sobre isso em outro post, maternidade não é corrida até a linha de chegada, não é competição, não tem vencedores e vencidos. Ninguém aqui está competindo pelo troféu de "mais-mãe" do ano. O nosso barato é criar um espaço bacana de reflexão, de questionamento do lugar comum que a gente vê por aí a torto e a direito, um ambiente onde quem quer ir além do pacote básico 'cesárea-chupeta-mamadeira' pode buscar informação, tirar dúvidas, trocar idéias.
Ninguém aqui deve ficar pensando em ser 'melhor mãe' do que ninguém. Isso não existe, cadum cadum, como diz um grande amigo espirituoso. Acho que a única 'corrida' que faz algum sentido é aquela que a gente trilha com a gente mesmo: estou sendo a melhor mãe que posso ser? Estou dando tudo o que posso? Estou fazendo o meu melhor? Qualquer coisa além disso é pura piração, e não faz sentido algum.
Eu acho que é por aí: discordar, sim. É super bem vindo, já dizia Nelson Rodrigues, 'toda unanimidade é burra'. Discordem da gente, dêem palpites, contem suas experiências, mesmo que sejam diferentes das nossas. A gente vai partir daí e debater, trocar. Se a gente puder, vai ensinar alguma coisa, ou de repente aprender. Esse é o barato das relações humanas, a troca. Só que não existe troca onde há agressividade, não existe troca onde há desrespeito, não existe troca onde há distorção do que foi dito para facilitar expor a minha opinião.
Então, pra ser bem vinda aqui no Mamíferas, não precisa ter tido parto natural, domiciliar, desassistido ou embaixo da jaqueira. Não precisa ter amamentado dois, três, sete ou dezoito anos. Não precisa ter parado de trabalhar, ter usado fralda de pano, comprar orgânicos, ser vegetariano, cantar mantras, gostar de incenso, detestar o Içami Tiba ou amar a Sônia Hirsch. Não precisa ser nada, não precisa pensar de um jeito específico, não precisa viver de acordo com cartilha nenhuma. Só precisa ter a cabeça aberta, estar disposto a ouvir o que a gente tem a dizer, a debater com civilidade e educação. E precisa desejar um papel ativo e consciente na criação dos filhos, porque aí não tem jeito, é sine qua non, mesmo.
E aí? 'Is' devidamente 'pingados', podemos voltar ao nosso papo gostoso de todos os dias?
Imagem: http://monitorando.wordpress.com
12 comentários:
Concordo plenamente contigo, em tudo. E com os dois últimos posts tb.
Cada pessoa acredita e vive o que quer, mas na hora de debater, que use argumentos significativos, embasados, e não os argumentos rasos e agressividade.
Uma coisa em que acredito muito, inclusive escrevi hj no meu blog: não pretendo ser melhor que ninguém, nem acho que minhas escolhas me fazem ser superior aos outros. Mas quero ser cada dia melhor do que fui no dia anterior, na hora anterior, no instante anterior. Rever meus conceitos sempre, planejar de novo, pensar sobre... ser, como diria Raul, uma metamorfose ambulante!
Beijos mamíferos (afinal não somos répteis, nem aves, nem amfíbios... brincadeirinha, só pra descontrair, rs).
Ops, corrigindo: anfíbios, não amfíbios.
Oportuno e esclarecedor post, Tata.
Bjo da mamífera 'sem carteirinha' (rsrsrsrsrsrs).
Beta
Tata... sempre a voz da razão né :) adoro você.
Legal!!!
bjs!
Adorei os pingos no is claro e objetivo. Beijos de outra mamífera sem carteirinha, kkk
Falou e disse!
Bjus
Agora sim!
A agressividade dos comentários foi realmente desnecessária, nossa.....
Gostei muito do que você escreveu e como escreveu, foi sobre isso o meu comentário anterior!
Beijos de uma leitura que nem sempre concorda, não assídua, mas ainda uma seguidora.
Mirella.
Como é gostoso ler um texto de uma pessoa inteligente e sensata!
É muito gostoso ler o que vc escreve, Tata!
É tão bom saber que no mundo tem mamães tão bacanas no meio de tanta alienação... é tão legal e divertido tentar ser uma boa mãe, né!? A gente se diverte muito mais nessa vida louca!!!
Ai, que vontade de tomar um cafézinho e prosear sobre os nossos filhotes...rs!
Beijocas!
Adorei o texto e a forma como as palavras foram colocadas.
Is pingados com louvor!
Pensamento perfeito, texto perfeito!
Mariana
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