por: Tata
Já não é a primeira vez que nos sugerem, por meio de comentários, 'pegar mais leve' no jeito de dizer as coisas, não 'radicalizar' tanto, tentar colocar as coisas com mais delicadeza e empatia, para não ferir suscetibilidades, não afastar leitoras que tenham valores totalmente diferentes dos nossos e que, quem sabe, por ventura um dia, talvez, em um futuro não tão próximo assim, possam vir a ser conquistadas pelas idéias mamíferas, e 'mudar de lado'.
Eu vou dizer como penso, já deixando claro desde o princípio que a opinião é minha, pessoal. Se minhas companheiras Kalu e Kathy assim entenderem que devem fazer, podem discordar nos comentários, ou em textos próprios publicados posteriormente. Agora, vou dizer o que penso.
Nós não falamos para todas, não. Não falamos para qualquer mulher. E digo isso sabendo que muitas vão me ler e achar essa afirmação arrogante, prepotente e tudo mais. Mas é fato. A gente fala para um tipo específico de mulher, de mãe. Não temos a pretensão de falar para todas, muito menos de agradar a todas, algo que seria praticamente impossível.
Aqui, não falamos para mães que são felizes com suas cesáreas por cordão enrolado, falta de dilatação, bolsa rota, bebê grande demais, ou seja qual for a desculpa esfarrapada do momento. Não falamos para mães que acham que dar mamadeira não é nada de mais, e que amamentação é legal, na teoria, mas na prática, não é pra qualquer uma. Não falamos para mães que acham que é bacana marcar uma cesárea eletiva para estar lindona na hora do parto, com escova tinindo e unhas feitas. Não, definitivamente, nós não falamos para essas mulheres.
Notem que não estou dizendo que essas mulheres não devem nos ler, nem que não sejam bem-vindas por aqui. Nosso blog é aberto, está aí pra quem quiser entrar, comentar, discutir e estar à vontade (desde que respeitados os limites da cordialidade e do respeito de que já andamos falando aqui). Só estou dizendo que essas mulheres não serão contempladas em nossos textos. Não se verão representadas em nossas palavras, não encontrarão eco, não receberão colo.
Minha querida Kalu tem uma frase ótima, de que gosto muito: pé de caqui não dá limão. Acho que isso diz tudo. O mamíferas é um blog comprometido com a maternidade ativa e consciente, com o parto natural, com a amamentação, com o attachment parenting, com o respeito ao tempo da criança. Essa é a nossa linha, é a nossa bandeira. Não adianta vir aqui ler o que a gente escreve e esperar empatia e compreensão com cesáreas agendadas, bebês desmamados precocemente.
Gente passando a mão na cabeça de quem teve uma cesárea por motivos infundados é a coisa mais fácil de encontrar. Tem por aí, aos montes. Aliás, é o que mais se ouve: "se o parto não foi normal, paciência, o importante é que o seu bebê está bem!!". A mesma coisa com amamentação, e com tantos outros temas que tratamos aqui. Pra quem quer uma opinião dentro do status quo, há infinidades de blogs, sites e espaços por aí.
O mamíferas não é mais um, entre tantos. Não é pra falar das mesmas coisas, e do mesmo jeito que já se fala por aí. Se fosse, não faria sentido mantê-lo no ar, trabalhar para que ele continuasse crescendo e ganhando espaço. Nossa diferença é nossa força.
Aqui, a gente acolhe, sim. Acolhe quem passou por uma cesárea desnecessária e quer pensar a respeito, elaborar, encontrar respostas e novos caminhos. Acolhe quem não conseguiu amamentar e sabe que poderia ter sido diferente, acolhe quem se dispõe a pensar sobre as próprias experiências, acolhe quem sabe que não vai ser perfeito, porque nada é, mas está sempre disposto a fazer o melhor, a questionar, a sair da zona de conforto, a ir adiante, a ir mais fundo.
Então, realmente, não falamos para todas. Nossas portas estão abertas. Como já escrevi em outro texto, não fazemos 'check list' pra selecionar leitoras. Quem estiver a fim de chegar, 'puxar uma cadeira' e começar um papo, será muito bem vinda, sempre. Mas temos o nosso estilo, não douramos a pílula, não fazemos rodeio. Aqui, a gente diz o que pensa. Não acho que seja um defeito.
Aliás, arrisco dizer, sem falsa modéstia: pra mim, essa é nossa maior qualidade.
Imagem: http://ceaia.wordpress.com
Já não é a primeira vez que nos sugerem, por meio de comentários, 'pegar mais leve' no jeito de dizer as coisas, não 'radicalizar' tanto, tentar colocar as coisas com mais delicadeza e empatia, para não ferir suscetibilidades, não afastar leitoras que tenham valores totalmente diferentes dos nossos e que, quem sabe, por ventura um dia, talvez, em um futuro não tão próximo assim, possam vir a ser conquistadas pelas idéias mamíferas, e 'mudar de lado'.
Eu vou dizer como penso, já deixando claro desde o princípio que a opinião é minha, pessoal. Se minhas companheiras Kalu e Kathy assim entenderem que devem fazer, podem discordar nos comentários, ou em textos próprios publicados posteriormente. Agora, vou dizer o que penso.
Nós não falamos para todas, não. Não falamos para qualquer mulher. E digo isso sabendo que muitas vão me ler e achar essa afirmação arrogante, prepotente e tudo mais. Mas é fato. A gente fala para um tipo específico de mulher, de mãe. Não temos a pretensão de falar para todas, muito menos de agradar a todas, algo que seria praticamente impossível.
Aqui, não falamos para mães que são felizes com suas cesáreas por cordão enrolado, falta de dilatação, bolsa rota, bebê grande demais, ou seja qual for a desculpa esfarrapada do momento. Não falamos para mães que acham que dar mamadeira não é nada de mais, e que amamentação é legal, na teoria, mas na prática, não é pra qualquer uma. Não falamos para mães que acham que é bacana marcar uma cesárea eletiva para estar lindona na hora do parto, com escova tinindo e unhas feitas. Não, definitivamente, nós não falamos para essas mulheres.
Notem que não estou dizendo que essas mulheres não devem nos ler, nem que não sejam bem-vindas por aqui. Nosso blog é aberto, está aí pra quem quiser entrar, comentar, discutir e estar à vontade (desde que respeitados os limites da cordialidade e do respeito de que já andamos falando aqui). Só estou dizendo que essas mulheres não serão contempladas em nossos textos. Não se verão representadas em nossas palavras, não encontrarão eco, não receberão colo.
Minha querida Kalu tem uma frase ótima, de que gosto muito: pé de caqui não dá limão. Acho que isso diz tudo. O mamíferas é um blog comprometido com a maternidade ativa e consciente, com o parto natural, com a amamentação, com o attachment parenting, com o respeito ao tempo da criança. Essa é a nossa linha, é a nossa bandeira. Não adianta vir aqui ler o que a gente escreve e esperar empatia e compreensão com cesáreas agendadas, bebês desmamados precocemente.
Gente passando a mão na cabeça de quem teve uma cesárea por motivos infundados é a coisa mais fácil de encontrar. Tem por aí, aos montes. Aliás, é o que mais se ouve: "se o parto não foi normal, paciência, o importante é que o seu bebê está bem!!". A mesma coisa com amamentação, e com tantos outros temas que tratamos aqui. Pra quem quer uma opinião dentro do status quo, há infinidades de blogs, sites e espaços por aí.
O mamíferas não é mais um, entre tantos. Não é pra falar das mesmas coisas, e do mesmo jeito que já se fala por aí. Se fosse, não faria sentido mantê-lo no ar, trabalhar para que ele continuasse crescendo e ganhando espaço. Nossa diferença é nossa força.
Aqui, a gente acolhe, sim. Acolhe quem passou por uma cesárea desnecessária e quer pensar a respeito, elaborar, encontrar respostas e novos caminhos. Acolhe quem não conseguiu amamentar e sabe que poderia ter sido diferente, acolhe quem se dispõe a pensar sobre as próprias experiências, acolhe quem sabe que não vai ser perfeito, porque nada é, mas está sempre disposto a fazer o melhor, a questionar, a sair da zona de conforto, a ir adiante, a ir mais fundo.
Então, realmente, não falamos para todas. Nossas portas estão abertas. Como já escrevi em outro texto, não fazemos 'check list' pra selecionar leitoras. Quem estiver a fim de chegar, 'puxar uma cadeira' e começar um papo, será muito bem vinda, sempre. Mas temos o nosso estilo, não douramos a pílula, não fazemos rodeio. Aqui, a gente diz o que pensa. Não acho que seja um defeito.
Aliás, arrisco dizer, sem falsa modéstia: pra mim, essa é nossa maior qualidade.
Imagem: http://ceaia.wordpress.com
28 comentários:
O último argumento da Tata foi o que me atraiu pro Mamíferas!
Foi muito doido encontrar esse blog, ler um monte de palavras aparentemente "duras", reformular o que eu imaginava e hoje em dia desejar algo totalmente diferente pra mim. Cresci muito lendo o Mamíferas, e tenho certeza que muito desse crescimento se deve às certezas, atitudes, e até mesmo pelas opiniões às vezes tão ferrenhas e "radicais".
Hoje eu sou uma mulher diferente porque encontrei aqui um espaço pra crescer. Tem coisas que não concordo, mas deixo como uma reflexão, investigo se os meus motivos por não concordar estão realmente bem fundamentados, afinal, é normal que não concordemos em tudo. Até porque assim não teria graça, não haveria conversa e nem crescimento.
Beijos, gurias!
Olá, eu leio o mamiferas de vez em quando apesar de não ser mãe ainda e não comentar frequentemente. Não acho q o blog deva mudar o tom, embora eu fique chocada com certas coisas q eu leio. Mas certamente se eu fosse uma mãe que estivesse tido um "parto" que vcs não consideram parto, me sentiria totalmente expulsa daqui. Eu vejo muitos pontos positivos no blog quanto a informações reais e quebras de mitos que deveriam ter alcance a todas!
putz! putz! putz! que texto, tata!
disse tudo!
o final foi simplesmente fantástico!
o mamíferas é isso, e se deixar de ser perde a essência e se descaracteriza!
parabéns pelas palavras tão bem ditas, e saibam( vc, a kathy e a kalu) que aqui vocês tem uma fã.
fã da força de vocÊs, da habilidade com as palavras, das experiências, e de mais um monte de coisas!
Concordo com a Tata e com os comentários acima.
Acompanho o blog há pouco tempo, mas tenho gostado e principalmente refletido bastante a respeito das coisas que leio por aqui, o que com certeza me ajuda a crescer e amadurecer como mãe.
Vocês não estão aqui para promover e agradar o máximo do público, mas para expressarem a opinião de vocês e, claro, defendê-la.
Acredito que o nome escolhido por vocês para o blog já diz tudo; mamíferas, que cuidam no filhote acima de qualquer coisa e apoiam o que é natural e não o 'moderno' cheio do que é superficial e artificial. Com certeza é isso que faz a diferença no blog de vocês!
Todo blog tem um público alvo, né?
Entra aqui pra ler quem se identifica com as idéias. Se não se identifica com o que é escrito, fecha a janela e vai pra outro blog, ora.
Não entendo como esse pessoal chega aqui e fica querendo que se escreva de maneira menos radical.
Já é tão difícil encontrar um lugar que trate de temas "mamíferos", ao contrário dos milhares de blogs sobre maternidade, que tratam o tema pelo viés do status quo...
Mas acho que é assim mesmo, de vez em quando vai se preciso colocar os pingos nos i's.
Força e vida longa ao Mamíferas.
Vocês têm minha total admiração. :)
Mto bom seu post eu adorei... infelizmente eu não fico mais falando de parto humanizado, de VBAC, de amamentação prolongada... não, não falo mesmo... porque me dóe profundamente ver tanta gente acorrentada. Talvez ainda pior, mal acostumada e se deixando levar.
E ainda tem mta, mta gente achando que Cesária é parto... afe meu Deus... eu sempre digo, cesária é cirurgia, que pode salvar vida!
Re, imagine o que seria do mundo sem os considerados radicais?
Quando alguem (normalmente isso parte da pp familia) vem com esse papo de "não é preciso ser radical", eu digo logo: alguem precisa ser.
Pensamentos e atitudes mainstream não precisam de ninguem levantando bandeira, meio termo não movimenta o status quo. Só os radicais "incomodam", e portanto promovem mudanças.
beijo!
Tata,
Eu achava que o blog falava para mulheres que queriam refletir. E, como já falei em outro comentário, acredito que há mulheres que refletem, se comprometem, e chegam a conclusões muito diversas sobre o parto, amamentação, responsabilidades. Podem até chegar à conclusão de que para elas a cesárea eletiva é o melhor a fazer.
Que legal você explicitar o que pensa. Não me agrada, mas que bom que você deixou claro! Pra mim ficou bem mais confortável assim.
Abraços,
Malu
Acho que cada um escreve sobre o que acredita. Não concordo com tudo, mas aprendo com alguns textos. Nunca tinha ouvido falar em amamentar até a criança não querer mais o peito, seja por quantos anos for. Nunca mesmo. Amamentei mais que todas ao meu redor, porém, achava que um dia tinha de desmamar. Acho interessante ler e repensar em alguns assuntos, mesmo que radicais. É a opinião de vcs e tem de ser respeitada. Tb tenho as minhas opiniões sobre maternidade e não deixei que ninguém mudasse.
Fiz cesária de emergência e por algum tempo fiquei muito frustrada, muito mesmo, pq eu acreditava no PN. Só não deixei isso ser maior que a minha felicidade em ter minha filha nos braços. E só me acalmei qdo ouvi o choro da minha filha e vi que ela estava bem. Sim, eu preferi vê-la bem, apesar de não ter tido o parto que eu me preparei por nove meses. Pela saúde dela. E sim, isso me fez e faz feliz, é, sem dúvida, o mais importante. Se eu a tivesse perdido por teimosia eu nunca me perdoaria. Uma pessoa bem próxima de mim arriscou o normal em uma das situações que vcs consideram bobagem e teve complicações com o bb, muito triste. Infelizmente ele terá consequencias pelo resto da vida. E tenho certeza que com isso a mãe não ficou feliz.
Então cada um tem suas próprias convicções. Tb tenho tendência a acreditar que quem não conseguiu amantentar não tentou de verdade. Mas isso pq, além de querer muito, eu não tive problema algum com isso. Assim, é muito fácil falar.
Assim, acredito que muitas de nossas convicções tem haver com nossa experiência de vida também. E acho que a troca de experiências é sempre válida. Se vcs tivessem uma experiência contrária ao que acreditam, talvez sua verdade mudasse.
Ainda assim, apesar de não concordar com tudo, vez em quando passo por aqui.
E, claro, não acho que vcs tem de mudar seu jeito de escrever, porque isso reflete o que vcs acreditam de verdade. Abraço.
A-do-rei.
Eu com minha impulsividade jamais faria melhor rs.
Bjks
O papo do "lê quem quer" é realmente chato e vazio. Mas tudo bem.
Eu acho que "passar a mão na cabeça de quem fez cesariana eletiva" é uma conclusão sua e, portanto, desenvolveu seu texto para combater ela. Fez com mérito! Mas, sinceramente Tatá, não vi ou li nenhum pedido desse tipo escrito explicitamente nos comentários por aqui. Jamé. E leio há mais de 6 meses.
Enfim... O público do Mamíferas já está careca de saber sobre o que é o blogue. E não, não é radical. Muito menos duro. É plausível e discutível, como muitos. Mas são muitas as vias do convencimento. Infinitas! Eu desejo, do fundo do meu coração, que vocês encontrem sempre alguma que atinja uma amplitude grande. Por isso é que ainda comento, sempre para ajudar. E divulgo também. Trabalho no setor de comunicação de uma ong, mas minha militância ativa é outra. Portanto, estamos na mesma praia.
Um abraço,
Michelle
Texto simplesmente maravilhoso!!! É isso mesmo! Eu também sou muito atacada no meu blog quando falo sobre temas, digamos, " mamiferos" rss. E sempre pensei isso, se as pessoas não concordam , o que fazem aqui???
Adoro o blog de vcs e também aprendo muito aqui.
Beijooooosssss!!
Hum...O que posso dizer?? Concordo com as linhas gerais do mamíferas, sem dúvida Parto Natural é melhor que cesárea eletiva, mas natural mesmo sem anestesia e corte de períneo porque ai acho que é só uma cesárea feita pela vagina, mas claro que assim como a cesárea de emergência tem a vantagem de ter esperado o bebê dar sinais que está pronto para nascer. Mas sei que uma cesárea não é como um estupro como foi dito que era num post recente, acho complicado alguém que nunca passou por uma cesárea (ou por um estupro) fazer uma afirmação dessas porque cai no vazio dela nunca ter passado por uma.
Cesárea é mais como vc se arrumar para seu casamento (porque acho que o parto é um rito importante de passagem para a mulher) e de repente saber que a cerimônia foi cancelada e vcs irão direto para a lua de mel, são casados como qualquer casal e tudo, mas não teve a cerimônia, vai ficar um vazio não vai? Lógico que o casamento não vai acabar ai, tem muuuuitas coisas na vida de um casal além da cerimônia do casamento, mas sempre vai ficar um e se...
Concordo com a amamentação exclusiva e prolongada, eu e minha irmã mesmo fomos amamentadas até os cinco anos idade em que largamos por conta própria, mas acho que se a mãe não jorra amor junto com o leite, mas sim obrigação e contrariedade não vai ser legal.
Acho ótimo cama compartilhada na minha família desde minha avó não se coogita outra coisa, eu e minhas irmãs sempre dormimos com meus pais e somos seguras, independentes e nos amamos, mas acho que se um dos pais não se sentir confortável e isso for abalar o casamento deve ser repensado pois é importante para a criança ver o pai e a mãe unidos (não é essencial mas é importante).
Enfim, são poréns, são concordâncias não absolutas e acho que se for para conversar só com quem pensa exatamente gual a mim, ou pode vir a pensar um dia (quando for mais iluminada) caimos sim no fundamentalismo e na auto reverência.
Eu sei que vcs não falam para todas, mas acho que também não falam só para quem não questiona não é??
Tatá, só tem uma coisinha que me incomoda muito entre as mamães radicais: por que se incomodam tanto com as críticas dos outros?! Não acho necessário ficar toda hora tentando esclarecer que aqui é o espaço de quem acredita nisso ou aquilo. É mais enriquecedor que as pessoas leiam os textos e cheguem às suas conclusões.
Eu não sou radical, mas concordo com muita coisa que vocês escrevem. Eu não leio só por concordar, mas porque vocês me fazem refletir, dão informações relevantes e expõem experiências ricas.
O blog é ótimo, e os comentários também são muito enriquecedores. Debate é sempre bom! Claro, com o devido respeito mútuo. Mas, não me lembro de ter visto desrespeito nenhum por aqui...
Beijos
Poxa, pra falar a verdade é a primeira vez que comento, mas sempre leio e adoro tudo. Pra mim, o mamíferas é assim e pronto, eu também sou assim e pronto. Por exemplo não convenço ninguém que parto fisiológico é melhor, apenas ajudo aquelas que estão em busca desse parto. Não gosto de gente que acha que fez o melhor por seu filho quando foi enrolada pelo gineco e ainda assim pensa que poderia ter sido diferente se a gestação não tivésse tantos "problemas". Gosot de gente simples e direta, que gosta das coisas como elas são de verdade, engravidar, gerar, parir e amamentar. Tudo isso feito como foi feito por nossos mais remotos antepassados, e não por essa geração robotizada que faz tudo o que os outros fazem só porque se acham modernas. Pra mim, ser mamífera é exatamente deixar o bicho vir à tona. Parabéns por suas palavras.
Cris
Eu acompanho o blog mamíferas há alguns meses. Não acho que devem mudar a forma de escrever, só concordo com o que disse a Carolina Pombo, que não precisam ficar justificando o tempo todo. Não precisam ficar escrevendo que aqui é espaço disto e não daquilo. Perdendo tempo escrevendo post(s) justificando comentário anterior. É distânciar do tema, perder o foco. Não precisa criticar o outro para fazê-lo entender o seu ponto de vista. Surte muito mais efeito escrever sobre o que se faz, sem criticar quem não o fez. Modificamos o outro mais com ação do que com reação. Principalmente reação enérgica. Dizendo que se escreve "para mãe". Mas qual o conceito de mãe? Então uma pessoa que adota o filho não é mãe? Não pode ser mamífera? Não pode ler o blog? Não pode se indentificar com as autoras simplesmente porque não pariu? É bom esclarecer que apesar de ainda não ser mãe, sou a favor do parto natural humanizado, no entanto, não gosto de discriminação. Não acho que a intenção do texto foi discriminar, mas discriminou. Nem sempre quando escrevemos conseguimos transmitir aquilo que pensamos e cabe a nós refletirmos sobre o porquê que não nos fizemos entender. Tudo bem que se a pessoa não gostar do que leu pode procurar outro blog, mas a essência do mamífera não é a reflexão? O debate? Não é o debate que move a sociedade? Vocês sabiam que antigamente o filho adotado não era considerado legítimo e a legislação brasileira não garantia a ele qualquer direito? Somente após a Constituição de 1988 (há 22 anos atrás) que ele passou a ter direitos iguais aos outros filhos. Sabe o que fez a legislação mudar? O debate. Pessoas que defenderam o que acreditavam. Mas não precisaram excluir os direitos dos outros filhos para garantir o direito do adotado. Apenas defenderam o que acreditavam. Sem excluir, mas incluindo. Em tempos longícuos era uma realidade muito distante um blog de mulheres debatendo sobre sexo, filho, amamentação e outros temas aqui tão bem abordados. O nosso crescimento só acontece quando estamos abertos a críticas (sendo estas elogios ou não). Então, queridas mamíferas, continuem escrevendo. Escrevendo sobre as suas experiências. Defendendo o que acreditam através de suas ações. Não critiquem quem não faz, ensinem a fazer. Não reajam, mas sim ajam. Não excluam, mas sim incluam. Só assim se farão ouvidas e continuará levantada e sempre vísivel a bandeira que vocês sabiamente souberam astear até aqui. Recentemente li em um blog uma mãe desesperada dizendo que o leite secou. Que ela estava aflita e tinha muita vontade de continuar amamentando sua filha. Então lembrei logo, é para isto que serve o blog mamíferas. Para ensinar as mamães o que fazer em uma hora dessas. Ou ensinar o que fazer para não chegar esta hora? É isto? Ou estou errada? Esta mãe queria continuar amamentando, não estava preocupada com seu seio que poderia cair, com as estrias que poderiam surgir, com a dor física da amamentação, mas sim com seu filho. É exatamente nestas horas que a pessoa precisa recorrer a quem está vivendo lindamente a experiência de amamentar o seu filho enquanto a criança quiser o peito. Sem excluir, mas sim incluir. É como ensinar a ler. Se você ficar falando que a pessoa é menos inteligente porque não conseguiu aprender no mesmo tempo que você esta pessoa irá simplesmente desistir. Pensem nisto! Pensem na essência de ser mamífera. Ah, se alguma mamãe experiente e mamífera tiver interesse em ajudar esta mamãe com dificuldade em continuar amamentando seu filho é só entrar em contato comigo através do blog (www.odespertardeumanjo.blogspot.com) que eu passo o link do blog dela (já que acho que não posso publicá-lo aqui sem sua autorização), pois como eu disse anteriormente como ainda não sou mamãe não pude ajudar muito. Bjos.
Concordo com quem disse que todos esses "posts esclarecedores" resultem infrutíferos.
Penso que o Mamíferas pode ter um papel importante na blogosfera e quiçá na sociedade.
Existem tantos temas que combinam com o perfil do Mamíferas e são tão pouco abordados por aí.
São exemplos, a inescrupulosa indústria dos planos de saúde e dos médicos intervencionistas, as consequências do uso abusivo de antibióticos, a importância da escolha do pediatra, as diretrizes da OMS, a falta de espaços verdes para as nossas crianças...
Enfim - todo um universo de coisas para serem faladas, ouvidas, mudadas.
Então, muda de assunto, vai?
Com respeito,
Roberta
eu nunca consegui entender porque as pessoas leem blogs que não gostam. Quando não gosto de um blog/site, fecho e vou procurar um que eu goste. Alguns querer ler para criticar, outros querem tentar mudar. Não entendo! Para mim, está ótimo e se não me identifico com alguma coisa, simplesmente, desconsidero. Adoro vcs! bjs
A Futura Mamãe disse tudo, e soube falar de uma maneira muito bonita. Simone, quem geralmente comenta aqui gosta do blog sim, apenas discorda do jeito que elas julgam as pessoas que não são exatamente como elas. Antigamente eu achava o parto natural em casa uma loucura, hoje isso pra mim já faz muito sentido, graças ao blog. Mas acho que as vezes elas perdem muito tempo julgando as pessoas, sendo que elas tem coisas lindas pra nos ensinar. Elas não gostam de ser julgadas, mas é o que elas mais fazem. Não vou deixar de ler o blog por isso, mas sei lá...
Futura Mamãe ( e mamíferas também),
concordo em gênero, número e grau com você! Eu adoro o "Mamíferas", mas desde que começou esta série de justificações e julgamentos, que sim, acontecem, acho que ele se distancia dos seus objetivos, até da estética que estava mais presente no início do blog. Não tem que ficar justificando nada. Isso é chato. A Tata, como atriz que é, sabe disso. Se um ator faz uma cena e depois vai lá ficar explicando para o público o que ele quis dizer... putz, é muito chato. E isso vale pra todos os campos artísticos, inclusive a escrita.
O mamíferas, como conteúdo informativo, estimulante, desmistificador, é ótimo, é muito interessante. Sou fã, indico pra tudo que é amiga. Agora, quando a coisa começa a ser colocada num nível de comparação entre mulheres e auto-afirmação pessoal, fica muito chato. E o "mamíferas", perde com isso. Acho que às vezes o ego individual se sobrepõe ao grupo, e todos percebemos isso. Excesso de vaidade e insegurança também. Muitas vezes de determinada autora, mas que influi no todo.
E nós somos público gente, isso é importante, até para filtrar qual o tipo de público vocês querem ter. Eu sou uma "mamífera" dentro dos parâmetros do blog, com parto natural, amamentação prolongada, vivo muito atrelada ao meu instinto, poderia aqui me rotular dizendo "bruxa", essas coisas. Mas
às vezes eu fico um pouco com preguiça e até passa pela minha cabeça deixar de ler o blog. Aí vcs podem dizer em um post: "Pára mesmo, aqui somos seletivas". Cuidado. Não é bem por aí.
Tata, eu estou escrevendo para o mamíferas em geral. Mas é porque eu gosto bastante do trabalho de vocês e por isso exponho o meu pensamento de forma honesta e quero ver o blog cada vez mais legal, pois eu também, como leitora e MÃE, ganho muito com isso.
Espero que vocês tenham não só sucesso, mas que vão além dele.
De coração!
Afinal, como já dizia a Parmalat:
"Somos Todos MAMÍFEROS"!
meninas,
não vou responder cada comentário separadamente porque ficaria repetitivo e cansativo, então vai aqui uma resposta coletiva.
seguinte: a idéia não é a gente se justificar, é clarear pra quem ainda não está familiarizado com o estilo do blog, só isso. a gente não precisa se justificar de nada, temos nossas opiniões, nossas crenças e nosso jeito de defendê-las, que é nosso e de mais ninguém. mas é bacana que quem está lendo saiba qual é a nossa estrada, até para não perder tempo com algo que não é a sua praia. e sim, pra quem já acompanha a gente faz tempo pode ficar repetitivo e dar vontade de "mudar de assunto", mas o blog é uma ferramenta dinâmica, e tem sempre gente nova chegando por aqui. esse tipo de post é direcionado a essas pessoas. pra esclarecer e direcionar, só isso.
sobre incluir, excluir, julgar e não aceitar julgamentos, aqui a idéia é incluir sempre, porque estamos sempre abertas a quem quer discutir com inteligência, bom nível, educação, respeito e cordialidade. jamais viramos as costas a quem propõe uma discussão, e isso é algo que não vai mudar nunca. se não fosse assim, qual seria o sentido de manter o blog, não é mesmo? a idéia também não é julgar ninguém, mas como a gente coloca nossas opiniões com paixão, é como eu disse, aqui e ali acabamos ferindo suscetibilidades, alguém veste uma carapuça aqui ou ali... faz parte. embora eu tenda a achar que qdo a gente se sente atingido pela argumentação do outro vale mais a pena olhar pra dentro e ver o q causou esse incômodo, também estamos abertas pra um papo sincero com quem se sentir julgado. desde que a argumentação vá além do papinho do "menos mãe", porque já passamos dessa fase, né?
bjos a todas e obrigada pelos comentários!
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