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por: Tata
Ontem, começamos o dia aqui em casa com duas pimentinhas convalescentes. Estrela pôs o almoço pra fora na quinta-feira, na escola. Ana Luz resolveu copiar a irmã ao chegar em casa, e ficou vomitando até a noite, tadinha.
Acabou que hoje, quando acordamos no horário de sempre, Ana Luz já foi logo dizendo que não queria ir pra escola. Estrela até queria, mas também não insistiu muito e logo se rendeu à proposta da irmã. Então, concluímos que era melhor mesmo deixar as duas curtirem um dia debaixo das asas da mamãe, tranquilinhas em casa, pra ficarem boas de vez.
Essa é uma 'regra' que temos aqui em casa: criança doente não vai pra escola, fica em casa. Já cheguei até a mandar uma das duas com febrinha baixa, mas somente em ocasiões muito específicas, quando elas teriam naquele dia algo que tinham esperado por muito tempo, como alguma atividade especial, ou o aniversário de algum amiguinho. Elas pediam e insistiam pra ir, eu deixava, sempre com a ressalva feita às professoras de que, se se sentissem mal ou tivessem qualquer alteração no estado geral, entrassem em contato comigo e eu iria buscá-las imediatamente. Mas essas situações foram exceçõs, porque pra gente a regra é: se não está 100%, fica em casa, 'de molho', como diriam nossos avós.
Sempre fico morrendo de pena, quando vejo na escola alguma criança caidinha, com aquele arzinho derrubado das doenças infantis, encostadinha em um canto sem querer brincar, sem ter vontade pra nada. Fico pensando que lugar de criança caidinha é em casa, ganhando colo, aconchego. Não que elas não ganhem carinho e atenção extra na escola, tenho certeza que ganham. Mas não é a mesma coisa. Eu mesma me lembro de, quando criança, nas vezes em que ficava doente, só querer o colo da minha mãe. Nenhum outro servia, e só a presença e o cuidado dela já me faziam sentir melhor. Parecia mágica, e de certa forma era mesmo, porque colo de mãe tem algo de mágico e misterioso, não tem?
Sim, entendo que muitas mães, quando se vêem às voltas com uma doencinha dos filhotes, não têm muita opção a não ser mandar a criança para a escola. Para mim é mais fácil, porque trabalho em casa, faço meu próprio horário, sou 'o meu próprio chefe'. Para quem trabalha fora, imagino que seja bem mais complicado ter que faltar ao trabalho, rearranjar horários e compromissos, ou encontrar alguém de confiança para ficar com a cria, evitando mandar para a escola. Solidarizo-me com essas mães, sinceramente. Imagino a dor no coração de ter que deixar na porta da escola um filhote doentinho, sem vontade de ficar por lá.
Mas acreditem ou não, também já vi muita mãe que acha que saudável ou doentinha (claro, dentro de um certo limite), se é dia de escola, é para a escola que a criança deve ir. Que é uma questão de disciplina, de manter a rotina, de saber que o que tem que ser feito, tem que ser feito, mesmo que nem sempre seja fácil, ou gostoso. Que obrigações estão aí para serem cumpridas, e devemos ensinar isso aos nossos filhos desde cedo, em situações como essa.
Eu já penso bem diferente. Acho que a vida adulta não tarda a chegar, e a criança tem anos e anos pela frente para se ver cercada de obrigações impreteríveis e compromissos inadiáveis. Para mim, a infância é a época de flexibilizar, permitir-se um respiro. Acho super legítimo que uma criança queira ficar em casa, curtindo o seu cantinho de amor e segurança, quando não se sente bem. Não vejo problemas em deixá-la descansar e sair um pouco da rotina, não acredito que isso vá fazer dela um adulto indisciplinado ou preguiçoso, que não sabe cumprir seus compromissos. Na verdade, acho que isso lhe ensinará que a gente tem que levar a vida mais leve, e que rigidez em demasia não traz nada de bom.
Aliás, sejamos sinceros... quem já não teve vontade de matar o trabalho em um dia de gripe daqueles?? Se nossos filhos podem fazê-lo, que bom, deixemos que eles aproveitem enquanto é possível flexibilizar e relaxar de vez em quando!
Aqui em casa, nosso dia de 'gazeta' (alguém ainda usa essa palavra? rs) foi bem gostoso. Ficamos as quatro juntinhas (e Chiara também adorou a idéia de ter as irmãs por perto o tempo todo, brincou e se divertiu pra valer!), cozinhamos nosso delicioso almoço a seis mãos, fizemos bolo integral, jogamos dominó, vimos desenho... enfim, fizemos do limão uma limonada, e tiramos um dia para estar juntas e deixar o tempo passar, sem pressa e sem pressão.
E vocês? O que fazem quando os filhotes estão doentinhos? Têm condições de sair um pouco da rotina, ou acabam tendo que passar por cima e fazer como todos os dias??
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Imagem: http://blogdaalergia.blogspot.com
Olá!
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2 comentários:
Oi Tata,
Adoro seus posts!
Eu ainda não "faço", pois meu filhote está com 4 meses e eu, de licença maternidade...
Mas concordo com vc, criança doentinha tem é que ficar com a mamãe; a infância passa rápido demais!
Beijos,
Dani
diretodoutero.blogspot.com
Agora nesse período de licença também sigo isso a risca. Bruna ficou doente uma vez só, mas ficou em casa só curtindo colo da mamãe e carinho da irmãzinha!
Qdo estou trabalhando sempre acabo dando um jeito de ficar com ela. Ou compenso as horas depois, ou pego atestado... mas acho muito importante estar com eles nesses momentos.
beijos em vc e nas pimentas!
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