por: Nanda
Quando eu entrei no mundo mamífero, a realização maior seria escrever para o Mamíferas enquanto mamífera convidada. Não pude conter minha alegria e orgulho quando recebi o convite para escrever aqui, na semana do meu aniversário, e logo em seguida para substituir a Kathy por um tempinho. Agradeço de coração às meninas que me deram essa oportunidade, e às leitoras que me deram um feedback mais do que positivo, me dando a certeza de que estou no caminho certo da maternagem. Minha temporada por aqui acabou, mas eu continuo escrevendo lá no blog e comentando por aqui! Obrigada!
Um filho não planejado é complica a vida de quaisquer pessoas, independente da idade, situação financeira ou estado civil. Claro que uma conjunção não-favorável dos fatores previamente citados complica ainda mais, se eles forem pouca idade, pouca grana e pouco parceiro estável.
Começar a construir uma vida a três envolve muito jogo-de-cintura, paciência e muito, muito amor para dar certo. A rotina, que já mudaria por causa do recém-chegado, terá que ser estabelecida do zero, sem tempo de adaptação mútua. As nuances emocionais do casal estarão fortemente abaladas pela enxurrada de hormônios (principalmente do lado feminino da questão), e as crises terão que ser muito bem contornadas, de maneira a não afetar ou prejudicar o bebê.
Nem todo mundo consegue isso, mas felizmente, um dos grandes avanços da sociedade atual foi ter dissociado gravidez inesperada de casamento. Hoje há uma liberdade muito maior para os casais que foram abençoados com um filho poderem se tornar simplesmente pais de uma criança e não necessariamente marido e mulher.
Porque um relacionamento nunca pode ter como base fundamental o bebê. Seria exigir demais de uma pessoa que sequer entende. Um casal que fica junto por causa de um filho tende a minar todo e qualquer sentimento bom que ainda exista entre eles, o que virá a ser muito pior para a criança. Muitas vezes a separação é mais saudável, mães e pais autônomos perfeitamente capazes de suprir a estabilidade emocional que esse bebê necessita.
Mas sempre deve-se levar em consideração o fato de que essa pessoinha não é moeda de troca, e nunca deve ser uma imposição ou obrigação. Quaisquer os problemas vividos pelos pais não podem atingir os filhos, seja em alterações inexplicadas no humor ou na rotina.
E se um relacionamento terminar mal, como muitas vezes termina, existe sempre o alento de ver aquele fruto maravilhoso que é resultado do que passou. Um cheiro na cabeça e uma gargalhada banguela cura de pés cansados a feridas no coração, não é mesmo?
Imagem: http://weheartit.com/entry/1472263
Olá!
Mudamos de endereço.
Você pode nos encontrar em www.blogmamiferas.com.br a partir de agora.
Um comentário:
poxa, Nanda, queria conseguir enxergar assim a beleza do fim do relacionamento que me deu o fruto mais abençoado.... :)
Postar um comentário