por: Tata
Ultimamente, estou aqui às voltas com a introdução de alimentos da Chiara. A pequenina começou a comer as papinhas com 6 meses e meio, e está completando por esses dias um mês de alimentação sólida.
Mais uma etapa da vida da nossa caçulinha, que acontece totalmente diferente de como foi com as irmãs. Ana Luz e Estrela, desde que começaram a comer, batiam um pratão de dar medo. Comiam pra burro, desde o primeiro dia, e o momento das refeições era uma alegria só.
Já com a Chiara, a coisa começou aos pouquinhos. A pequenina, antes da primeira papinha, parecia bem ansiosa para começar a comer, demonstrava muita curiosidade pelo que todos a sua volta comiam. Mas quando chegou a hora de comer pra valer, ela fez uma carinha de tanto faz, foi bem engraçado. Comeu, sim, mas um bocadinho só a cada refeição. No começo, comia pouco menos de uma colher de sopa, enquanto as irmãs, na mesma época, devoravam sem pestanejar umas quatro.
Eu fui respeitando o tempo dela, sem pressão, sem stress. Não forcei em nenhum momento, não insisti quando percebi que ela já não tinha vontade. Houve dias em que ela comeu bem pouco. Em outros, um pouquinho mais. E tudo bem.
Hoje, na hora do almoço, pela primeira vez ela repetiu um prato de comida. No total, comeu umas três colheres de sopa. Que momento gostoso! Foi muito bacana ver no rostinho sorridente da minha caçula a empolgação pelo pratinho a sua frente, a ansiedade para que a colher chegasse logo à boca. Descobri que o alimento preferido da nossa mocinha, pelo menos por enquanto, é a abobrinha. Como gosta!!!
Com as frutas, acho que teremos que ir mais devagar. Começamos a oferecer há uns dez dias, mas a pequenina não gostou nada, tinha ânsias a cada colherada. Resolvi dar um tempo, e vou esperar mais um pouco para oferecer novamente. Respeitando o tempo dela, sem neuras, sem pressão, numa boa.
Acho que o melhor de tudo nessa fase de introdução de alimentos é manter a 'cuca fresca'. Os bebês refletem muito do que a gente sente. Se a gente fica ansioso, preocupado, tenso, durante as refeições, com receio de que o bebê não coma o tanto que achamos que deveria comer, eles sentem. E acabam refletindo isso rejeitando a comida. A hora das refeições deve ser uma hora bacana, divertida, tranquila, de interação, alegria. Nada disso combina com ansiedade, nem com cobranças.
Vale a pena lembrar que até um ano de idade, o leite materno continua sendo o alimento principal do bebê. Nutricionalmente, portanto, não é tão fundamental que ele devore a comida sólida logo de cara. Não se preocupe, seu bebê não ficará desnutrido porque não demonstrou interesse pela papinha em um primeiro momento. Relaxe, respeite o tempo dele, e não desista de oferecer, sem forçar. No tempo dele, ele vai comer.
A introdução de alimentos é apenas isso: introduzir, apresentar os alimentos para a criança. Não significa que o bebê se tornará um pequeno glutão em questão de dias. Ele vai explorar a comida aos poucos, satisfazer sua curiosidade sobre aquela nova rotina, sobre aqueles objetos estranhos que acabam indo parar na sua boca. Aos poucos, ele descobrirá a alegria de se alimentar.
Lembro sempre de uma frase que ouvi da pediatra das meninas, em uma das poucas fases em que elas demonstraram falta de interesse pela comida: "criança que tem comida em casa não passa fome". É claro que estamos falando de comida saudável, equilibrada. Mas é bem por aí. Seu bebê vai começar a comer quando for a hora dele. Nem antes, nem depois.
Até lá, curta cada refeição, a sujeirada que eles fazem explorando a comida com as mãos, a carinha toda vermelha da beterraba, alaranjada da cenoura, ou esverdeada do brócolis. Aproveite para se divertir, e deixe que seu filho faça o mesmo.
Comer, afinal, deve ser um prazer. Desde as primeiras papinhas!!
Imagens: arquivo pessoal ( na primeira, Chiara saboreando uma deliciosa papinha de batata, chuchu e repolho; na segunda e na terceira, Ana Luz e Estrela na época da introdução de alimentos, quando acabavam de devorar um pratão de papinha de beterraba... e sabe-se lá mais o quê!!)
3 comentários:
Nossa Renata a Chiara é bem parecida com o meu José no quesito alimentação. Ele come as comidinhas salgadas até que bem só que pouquinho, uns dias melhores que outros, mas na hora das frutas tive um grande problema, ele não aceitava de jeito nenhum. Agora come, mas tenho que dar a fruta inteira na boca dele pois amassada ele não quer...corto pequenos cubinhos e coloco na pontinha da fruta para enganá-lo assim ele pensa que mordeu e arrancou um pedaço, uma figura. Aliás, os dois tinham a mesma dpp (14 maio), mas o José apressado nasceu quase um mês antes que ela, dia 01/05/09. Ainda bem que somos mães conscientes e esperamos os nossos filhotes nascerem de forma natural. Beijocas
OI Renata,
Olha só,a minha filha não tem problema para comer e desde o começo foi bem tranquilo. De qualquer maneira, tem dia que ela não quer comer e eu sou assim como vc, se ela não quer tudo bem, tem dia que a gente tb não quer comer. eu não forço, não brigo..
Tb acho que a refeição tem que ser um momento de prazer...
Grande beijo
Feliz 2010
Oi Tata... o meu Nícolas tem quase 8 meses e estamos apresentando os alimentos para ele também. Ele come bem pouco, não chega a uma colher, mas estamos seguindo essa filosofia, sempre oferecer, mas não forçar. Ao contrário da sua nenê, o meu prefere as frutas, adora pêra, banana, maçã e uva (mas essa ultima lhe solta o intestino!)
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