E lá foi lançado,
Depois de uma dança
A semente voou para além dos sonhos
planejados ou não
para germinar no útero.
Que mágico momento de encontro
que fez a vida
Era um minúsculo conglomerado de células e amor
Ilusões, enjôos e expectativas
Foi crescendo e nadava por grande espaço
Que a cada dia foi ficando menor
Até que ambos não tinham mais para onde crescer
Barriga e bebê
Eis que chega a hora
Pulmões formados e um hormônio dá a largada
Para a dança da vida
O útero abraça em despedida
Aquele ser que se fez de carne de dois
e a alma de Um
A cada abraço o coração dispara
A pequena vida desperta se prepara para conquistar
Por ela mesma seu caminho
Sem drogas, sem cortes
Sem artificialismo
Respeitando seu idiossincrático bailar
Rápido como um tango
Ou lento como uma valsa
Na dor, a mãe se supera
e estranhamente sente prazer
por honrar a força vital
Descobre que seus limites são infinitos
O bebê gira dentro do corpo materno
Escorrega por onde entrou
Tendo pela primeira e única vez
A possibilidade de ser abraçado em inteireza
Um abraço que expulsa líquidos
Massageia a cabeça
E aquela mulher que se permitiu dançar
ao ritmo da melodia dos seus hormônios
Vive o êxtase de sua feminilidade
A força de seus instintos ocultos
Ela nasce com aquela vida
E se refaz com um pequeno nos braços
Orgulhosa por sua coragem
Cheia de amor por sua cria
Que já mama e é abraçada
Por uma mãe desperta,
Que saiu da matrix e nunca mais vai adormecer.
Depois de uma dança
A semente voou para além dos sonhos
planejados ou não
para germinar no útero.
Que mágico momento de encontro
que fez a vida
Era um minúsculo conglomerado de células e amor
Ilusões, enjôos e expectativas
Foi crescendo e nadava por grande espaço
Que a cada dia foi ficando menor
Até que ambos não tinham mais para onde crescer
Barriga e bebê
Eis que chega a hora
Pulmões formados e um hormônio dá a largada
Para a dança da vida
O útero abraça em despedida
Aquele ser que se fez de carne de dois
e a alma de Um
A cada abraço o coração dispara
A pequena vida desperta se prepara para conquistar
Por ela mesma seu caminho
Sem drogas, sem cortes
Sem artificialismo
Respeitando seu idiossincrático bailar
Rápido como um tango
Ou lento como uma valsa
Na dor, a mãe se supera
e estranhamente sente prazer
por honrar a força vital
Descobre que seus limites são infinitos
O bebê gira dentro do corpo materno
Escorrega por onde entrou
Tendo pela primeira e única vez
A possibilidade de ser abraçado em inteireza
Um abraço que expulsa líquidos
Massageia a cabeça
E aquela mulher que se permitiu dançar
ao ritmo da melodia dos seus hormônios
Vive o êxtase de sua feminilidade
A força de seus instintos ocultos
Ela nasce com aquela vida
E se refaz com um pequeno nos braços
Orgulhosa por sua coragem
Cheia de amor por sua cria
Que já mama e é abraçada
Por uma mãe desperta,
Que saiu da matrix e nunca mais vai adormecer.
5 comentários:
vixe kalu, eu chorei lendo isso...que coisa mais linda, nascer assim já é uma poesia.
beijo
TEm que escrever um livro Mamiferas meeeesmo!
Lindo texto!
Prabéns!
beijo
Vc estava inspirada!
Que texto lindo!
Olá!
Bem, nem lembro direito como cheguei até o blog de vocês, mas admito que me apaixonei. Ainda não sou (mamífera)mãe, apenas tia-torta de filhas de amigas que nem moram na mesma cidade que eu. Como "futura mamãe" (sabe-se lá quando, futuro de verdade mesmo), gostaria de saber se existem comportamentos que a gente deva adotar para facilitar a possibilidade de um parto natural. Ah, antes de ir, eu gostaria de agradecer a vocês por conseguirem despertar em mim aquela sensação boa de carinho de mãe. Forte abraço a todas.
Paty Brandão disse...
Kalu deve ter sido inspirada pelas deusas do amor mais sublime para descrever tão lindamente essa saga de se tornar mulher-mãe.
Escrevi esse post no blog de uma amiga, que publicou tua poesia e repito aqui. ;D
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