
por: Tata
Quando a gente já tem um filho, e está esperando outro, sempre acha que vai tirar de letra, porque com a experiência do primeiro filho, a gente vai saber lidar com tudo o que aparecer. E é verdade, a experiência ajuda muito, mesmo. Deixa a gente mais tranquilo, faz encontrar os caminhos e alternativas mais rapidamente, sem tanto esforço. Mas a verdade é que cada filho é um filho, e a gente vai aprendendo como cuidar de cada um deles no dia a dia, mesmo, se abrindo para a sua individualidade e se permitindo aprender com eles, do jeitinho que são, com todas as suas singularidades, que todo ser humano tem.
Aqui, com a Chiara, acaba de acontecer uma que me fez lembrar o quanto a experiência com cada filho é nova, diferente, única. E o quanto às vezes, tudo o que a gente precisa é se despir dos conceitos já cristalizados, deixar a experiência prévia um pouquinho de lado, e ouvir aquele serzinho que está se comunicando com você, no aqui e agora.
Foi assim: depois de uma quinzeninha braba, em que a Chiara brigou com uma tosse que não ia embora de jeito nenhum, acordava a pequena à noite, enfim, enchia mesmo, num belo dia ela acordou contente, e alguns minutos depois, já estava incomodada.
Ficamos achando que era consequência da tosse, que ela estava com dor em algum lugar, enfim, esgotamos todas as hipóteses, e nada acalmava a pequenina. Ela, que normalmente é tão sorridente, tranquila e bem-humorada, estava irritadiça, impaciente, chorava por tudo e a toda hora.
Foi só depois de mais de metade do dia ter ido embora desse jeito que eu tive o insight. Cada vez que eu sentava a pequenina e punha diante dela a colherinha com a homeopatia diluída em água, os olhinhos da mocinha brilhavam, ela já estendia os bracinhos e quase que arrancava a colher da minha mão, querendo levar logo à boca. Foi numa dessas que eu pensei: "caramba, será que ela está com sede???".
Pegamos um copinho, colocamos uma água fresquinha, e levamos à boca da pequenina. Puxa, vocês não calculam a alegria!!! Ela começou a esticar a linguinha para alcançar a água com verdadeiro desespero, parecia um cachorrinho tentando matar a sede depois de um dia inteiro de caminhada. E o efeito foi feito mágica: depois de se esbaldar com a água, ela não tinha mais nem sinal da irritação, da braveza, nada. Voltou a ser a nossa Chiarinha simpática e sorridente, a brincar contente com os brinquedinhos e a se empolgar com a bagunça das irmãs.
E eu? Bom, eu fiquei me sentindo uma pata, por não ter pensado nisso antes. É que com as minhas mais velhas, não vivi nada parecido. Só fui oferecer água para elas depois dos seis meses, quando começaram a comer as papinhas salgadas, e mesmo assim elas não gostavam muito. Demoraram uns bons meses para começar a beber água com prazer.
Mas lá veio nossa caçulinha para me lembrar que cada filho é uma experiência diferente, e que a gente tem mais é que se abrir para tudo de novo que eles vêm para nos mostrar.
PS: só para não deixar dúvidas, vale lembrar que o leite materno também mata a sede do bebê. O leite produzido no início da mamada é mais ralinho, mais 'aguado', e serve exatamente para matar a sede. É por isso que, nos dias mais quentes, a maioria dos bebês faz mamadas mais frequentes e mais curtinhas: ele mama o leite mais ralo, e assim sacia sua sede. Portanto, até os seis meses de vida, o bebê não precisa mesmo de água, suquinhos, chazinhos, nada disso. A Chiara, quando isso aconteceu, estava a apenas três dias de completar seis meses de vida, por isso tentamos dar a água para a pequenina. Mas para bebês menores, é leite materno, leite materno e mais leite materno!
Imagem: http://livredaobesidade.blogspot.com
4 comentários:
Oi, Tata!
Fikei rindo com seu post pq passei exatamente pela msm coisa. Mas eu, mãe de primeira viagem, não saquei nem com a dica da colher com homeopatia (éé, até isso teve tb!). Foi minha mãe q descobriu.
A pequena bebe água o dia todo, parece gente grande. E não gosta de suco, não, o negócio dela é água msm. E peito, claro.
Vamos ver se no próximo descubro 'sede' mais depressa. rs
=)
bju gde =*
Que fofa!
parabéns.
abç
eu ja passei pelo msm, Esses dias de calor, a minha pequena q esta com 5 meses e 1/2, me viu bebendo agua e esticava a mãozinha, joguei a agua fora e dei o copo, pensando que queria brincar, depois de um tempão percebi que era agua, e ela tomou um monte.
oi meninas, parece que isso é bem comum, né? já percebi q a Chiara vai ser uma 'aguólatra' inveterada... agora que começou a comer as papinhas, ela fica feliz da vida mesmo é quando eu chego com o copo de água... :-)
bj
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