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por: Tata
No último domingo, jantando em um restaurante para comemorar o aniversário do marido, me espantei com o número de famílias com uma composição estranha: mãe + pai + bebê (com idades que variavam de poucos meses até uns três anos) + babá.
A cada nova família que chegava, eu ficava mais incomodada. O casal sempre vinha na frente, às vezes conversando entre si, outras vezes nem isso. Logo atrás, vinha a babá, com a criança no colo, ou segura pela mão. A criança nunca vinha com a mãe, com o pai. Sempre com a babá, que na maioria das vezes vestia branco e não merecia dos patrões sequer um "por favor" ou "obrigado", quando solicitada.
Juro que tento, mas não consigo entender essa nova ordem familiar, tão comum nos dias de hoje. Contratar uma babá para estar com a criança enquanto trabalhamos, ou precisamos nos ocupar de outras coisas, eu posso compreender. Eu mesma, no primeiro ano das minhas filhas mais velhas, tive em casa uma senhora, de toda confiança e que até hoje trabalha conosco - mas hoje cuida da casa, e não das meninas - , para me ajudar com elas, quando eu saía para ir à faculdade, ou para que pudesse me concentrar em algum trabalho. Mas era isso, uma ajuda para os momentos em que eu não podia me dedicar inteiramente a elas. Uma ajuda esporádica, não uma presença constante.
A situação me lembrou uma conversa que acompanhei em uma lista de discussão, uns três anos atrás, e que me causou a mesma estranheza: o debate se dava entre mães que discutiam como lidar com a "babá folguista". A babá folguista, termo que eu desconhecia e que aprendi o que significa nessa discussão, é a babá que trabalha quando a outra folga. Finais de semana, feriados, férias. Nesses momentos, a babá folguista ocupa o lugar da 'oficial'.
'E quando esses pais ficam com seus filhos?', vocês se perguntam. E eu respondo: não ficam. São pais que levam babás e cuidadores sempre à tiracolo, seja no dia-a-dia de obrigações cotidianas, seja nos momentos de descanso e lazer. São pais que curtem o almoço sem pressa no restaurante que custa os olhos da cara, enquanto a babá 'folguista' distrai a criança na área de recreação. São mães que ficam em casa, ou vão fazer as unhas e a escova da semana, enquanto as babás levam as crianças para 'socializar' no playground do condomínio, ou na pracinha mais próxima.
Nessa discussão que citei, lembro de ter ouvido um argumento que me deixou, sem exageros, horrorizada. Era uma mãe dizendo que não vivia sem babá folguista, porque queria ter alguém pra fazer o "trabalho sujo". O tal 'trabalho sujo', para ela, era dar banho, dar comida, trocar fraldas, colocar para dormir. Não pude evitar pensar para quê uma pessoa assim decide ter um filho.
Ter filhos, para mim, não é apenas a parte 'glamourosa'. Não é escolher a roupinha mais bonita, o sapato novo da marca A ou B, levar na festinha e aparecer bonita na foto. A relação com nossos filhotes se faz no dia-a-dia, e se fortalece nas dificuldades. Nas noites sem dormir, no cansaço imenso ao final de cada dia, nos momentos de dúvida, de questionamento. Ter filhos não é cor-de-rosa, não é comercial de margarina. Mas não é pra ser.
Ter alguém para ajudar aqui e ali é uma coisa, é legítimo e eu compreendo. Mas o que vejo é algo bem diferente. Vejo mães e pais que não conhecem seus filhos, que perguntam às babás de que eles gostam e como preferem isso ou aquilo. Vejo mães e pais que, sem a triangulação da relação, não sabem lidar com seus filhos, e se vêem paralisados diante das dificuldades. Vejo mães e pais passando procuração, terceirizando a criação de suas crianças, deixando que eles cresçam à sua revelia, sem conhecê-los, sem criar laços.
Acho tudo isso muito, muito triste. Porque se de um lado estão os pais e mães, perdidos em suas próprias rotinas, dificuldades e compromissos inadiáveis, de outro lado estão pequenas criaturas, inocentes e entregues, ávidas por um amor intenso e inteiro, incondicional como só uma mãe e um pai podem oferecer. E o vazio que se estabelece é imenso, e talvez irreversível.
Olho pelas minhas pequenas, e reconheço a beleza da nossa relação. Que não é perfeita, mas é inteira, e é nossa. Construída a quatro mãos, dia após dia. Seja como for, errando aqui e ali, corrigindo a rota de vez em quando, caminhamos juntas.
No final das contas, talvez seja isso o mais importante: estar junto, tropeçando, caindo de vez em quando, quebrando a cara, seguindo em frente e rindo de tudo no final das contas. Mas junto.
Imagem: http://diariodaincerteza.blogspot.com/
Olá!
Mudamos de endereço.
Você pode nos encontrar em www.blogmamiferas.com.br a partir de agora.
34 comentários:
Re, já ouviu a expressão "filho bibelô"? Pois é, é por aí. Triste demais. A cena que vc descreve é muito comum hj, vejo demais, pessoas até com duas babás à tira colo. Crianças que não aguentam ficar num restaurante com os pais pq estão acostumadas a ter sempre uma babá levando pra área de recreação ou a distraindo.
Tb tive ajuda no começo, no meu caso por inexperiência e insegurança, e pra minha sorte uma pessoa bacana, que é nossa amiga até hj. Ela me dizia: "vc é muito estranha, Renata. nunca vi nenhuma mãe ficar com a criança tanto tempo no peito. O normal é 5min em cada um e me passa pra eu botar pra arrotar".
Beijo
Re
É preciso falar mais alguma coisa? Concordo com todo o texto, infelizmente vejo isso direto, esse final de semana fui jantar com meu noivo e presenciei cenas bem parecidas, e acabamos conversando sobre isso. Infelizmente essa terceirização é comum.
Filhos sem mãe e sem pai, o máximo de família que conseguem são os avós e olhe lá.
Vc falou tudo o que acredito sobre esse tema nesse post. ADOREI.
ADORO seus textos Rê, são sempre lindos e me vejo neles.
Beijãoo
Re,
Tambem fico chocada com essas coisas... nao consigo me acostumar. No ultimo feriado, vi uma cena que me deixou triste. Isso mesmo, triste. Fomos passar o feriado em um hotel fazenda. Tinha uma conhecida de uma conhecida nossa, que foi com o marido e os dois filhos e carregou a baba. A baba passou o feriado inteiro com o menino mais novo. Acordava super cedo, levava o menino para tomar cafe, andar a cavalo, levava na piscina, no parquinho, etc. Eu nao via a mae nenhum segundo com esse menino. Ela cuidava mais ou menos do mais velho, que nao dava tanto trabalho. E o marido dela, vendo a minha "trabalheira" correndo atras da Beatriz, olha para mim e solta a perola: "Sem baba eh fogo, neh?". Como se eu estivesse sofrendo!!!! Nao consegui nem responder... Agora me pergunto: como uma mae perde momentos tao especiais com o filho?? Da trabalho? Sim, eh super cansativo. Mas, eu nunca perderia um so minuto das descobertas da minha filhota para delegar isso a uma baba.
Beijos!
Tatá, lindo texto!
Mesmo com dois filhos e marido trabalhando fim de semana inteiro, optei por não ter babá nem fim de semana, tenho uma ajudante/amiga que cuida da casa.
Agora resolvi chamar uma pessoa para me ajudar no fim de semana, porque não consigo sair com os dois pequenos sozinha, já que o marido não pode passear.
Mas continuo dando banho, comida, colo de mãe que não tem igual, com o dia dedicado a eles. Somos totalmente ligados e não me imagino sem fazer "tudo" para eles.
Mas foi bom ter mais um par de braços para me ajudar a carregá-los e podermos ir para o parque :0)
Beijo grande!
Algumas pessoas tem filhos para colocar a foto no porta retrato e "pendurar" na mesa do trabalho. E infelizmente isso tem se tornado cada vez mais comum. Ouvi da minha paciente de 17 anos falando sobre a mãe:" tivemos sorte com babá. Quando eu era bem pequena, tinha certeza que a fulana era a minha mãe. Afinal era ela quem ficava comigo o tempo todo. Essas coisas do mundo moderno aonde a mãe trabalha demais para dar boa vida aos filhos e contrata outra pessoa para fazer o seu papel. Não entendo isso..."
Preciso dizer mais alguma coisa???
Bjssssssssssss
Pior de tudo é quando resolvem mandar a babá embora do dia para noite, deixando a criança completamente perdida, abandonada, (mais uma vez) pois o vínculo afetivo foi feito com essa babá e não com a mãe... Conheço uma aqui no prédio, uma graça, que contou que a bebezinha acordava de madrugada chorando chamando por ela e a mãe confessou que por ciúmes a estava mandando embora. Não gosto nem de pensar como ficou o coraçãozinho dessa bebezinha! A própria babá ficou muito triste também, mas como fica isso na cabeça de uma criança tão pequena???
Realmente são pessoas que não deveriam ter tido filhos para deixá-los assim nas mãos de outras pessoas... O que eles acham que ganham de tempo hoje, comendo calmamente em seus restaurantes caros, fazendo suas unhas e cabelos sem preocupações, na verdade é um tempo que nunca mais voltará e um dia sentirão na pele as consequências dessa grande ausência deixada na vida de seus filhos. É uma pena e é irreversível. São os pobres meninos ricos... pobres de afeto, amor que nunca nenhum brinquedo caro vai poder pagar. Triste, muito triste...
Engraçado isso ne... eu ja ate postei no meu blog sobre isso, no dia q vi uma baba com a criancinha e a mae sequer deu uma olhadinha pra eles enquanto estava parada no semaforo...
Ta tudo tao bagunçado, tb nao consigo entender qual o proposit de se desdobrar trabalhando e boa parte do salario ser gasto com alguem pra literalmente criar seu filho...
é, cada dia mais a gente ve como os papeis estao invertidos.
Renata,
Não é de hoje que me impressiono com este comportamento. Aqui em casa temos gêmeas também e sempre vamos aos aniversários com elas, sem Queli, nossa fiel ajudante, que fica com as meninas no período da tarde quando vou trabalhar, e várias pessoas já nos perguntaram como nos viramos com duas e sem babá, na maioria casais com um filho só + babá(s) + avó(s). Adoramos curtir todos os programas com nossas meninas.
Beijos,
Rose
"Trabalho sujo" foi demais pra mim...também me pergunto por que uma criatura dessas resolve ter filho?!#&*
bjk
Re,
Sabe o que eu penso, que muitas dessas familias brasileira ainda sao chamados de "o novo rico".
Eu moro na Inglaterra ha 5 anos e meio e claro, como muitas ja fui baba tbm.
Trabalhei com 1 familia, por 1 ano, onde os 2 ocupam cargos altissimos dentro de suas empresas, nunca fui discriminada, sempre me senti parte da familia, 1o. que aqui nao existe "uniforme", vestimos aquilo que queremos, nao somos identificadas pelo branco.
E por mais que a mae fosse ausente, por causa das horas de trabalho, ela sempre dava um jeito de ler um livro na hora de dormir, ou qdo trab. em casa, conseguiam fazer uma refeicao juntos.
Eh ridiculo a mulher brasileira se achar numa posicao superior e de luxo em relacao aos filhos." Olha filho, te pari(prov nao, foi cesarea), mas agora vc cresci sozinho, to ocupada".
Sinto por essas criancas, que sera o futuro dessa nacao!
E espero que essas babas possuem um pouco de entendimento e discernimento para ajudar a criar essas criancas de uma forma plausivel, pois na verdade elas serao as "maes" por um tempo.
Bjkas
Olha, vou dizer que essa cultura eh uma das razoes pelas quais eu estou na Inglaterra. Fico soh imaginando que no Brasil eu seria a unica mae levando na escola, a unica mae no parquinho, no meio daquele mar de babas de branco.
Cresci no Rio, na Barra, nunca fui criada por baba e ficava horrorizada de ver que as pessoas tinham alguem para cuidar do carro, outro alguem para cuidar do cachorro, outro para cuidar dos filhos, outro para cuidar da casa. Se eh assim, para que carro, cachorro, crianca, meu deus?
Minha ex faxineira do Brasil esta trabalhando numa casa que eh assim: sao uns cinco empregados e toda a relacao afetiva da crianca que mora na casa eh com os empregados. O garoto vai atras dela contar o que fez na escola, dar presente, mostrar desenho... Triste para caramba.
www.baxt.net/blog
OI Re, vejo isso o tempo todo e também não me conformo principalmente nos finais de semana. Quando trabalhei como babá no Canadá, as coisas eram e são totalmente diferentes daqui. Trabalhava só o período em que a mãe estava no trabalho ( 8 horas por dia), assim que elea chegava já me dispensava, usava a roupa que queria e ganhava um bom salário. Vi essa foto da Carla Marins no site da globo e fiquei bem chocada, olhe bem a cara dela e o rostinho do bebê olhando para a babá.
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1023352-9798,00-DIA+DE+SHOPPING+JOANA+BALAGUER+LEVA+O+NAMORADO+E+CARLA+MARINS+O+FILHO.html
beijos
Andrea Godoy
É, Tata
Eu também acho isso horrível. Um amigo meu dia destes usou um termo que acho que se adequa bem a esta situação: são pais que só patrocinam os filhos. Não são pais e mães verdadeiramente, são patrocinadores. Porque no fim é só isso que fazem: pagam babá, pagam escola, pagam roupas e comida. E o mais importante, que é dar carinho, atenção, que é educar e ter uma rotina com as crianças, estes pais e mães simplesmente não fazem.
Lamentável... Sempre me pergunto: que tipo de pessoas serão criadas, que tipo de mundo teremos, se as coisas continuarem deste jeito?
Vc disse tudo, é muito triste essa nova dinâmica familiar. Outro dia, quando disse que não tenho babá, tive que ouvir a seguinte pergunta: "mas vc troca toooooodas as fraldas???". hahahahaha. Só rindo, né???
Um beijo, Re
"Trabalho sujo" foi demais pra mim...também me pergunto por que uma criatura dessas resolve ter filho?!#&* [2]
Concordo plenamente com o texto e com tudo que já foi comentado. Já vi crianças grandes ( entre 5 - 6 anos) com babá a tira colo!
Gostaria de deixar registrado que não só mães que querem "filhos enfeites", vejo pais assim também. Homens que preferem que a esposa esteja presente e abdique o papel de mãe para estar sempre linda e sem cansaço para ele.
Triste mesmo...o pior é que, na maioria dos casos, a babá não põe os limites tão necessários, com medo de perder o emprego...os pais terceirizam, mas não querem ver o filho frustrado, enchendo-o de presentes, formando cidadãos alienados...tenho medo disso!
Fui viajar no feriado com as crianças e fiquei chocada com uma hóspede, toda empetecada, com duas crianças e DUAS babás! Numa outra situação, saguão da dentista de minha filha, conversei com uma babá que cuidava da garota há DOZE ANOS!!! Tenho dó da criança, tenho dó da profissional...
Eu sei porque gente assim tem filho, para mostrar para os outros é como vcs sempre dizem aqui no fórum é o "filho status" não têm a menor idéia do que é ser pai e mãe, não quer que o filho mude em nada a vida deles, só tem filho para mostrar para a sociedade que são férteis acho...Triste
É, a impressão que tenho é que ter filho é cumprir protocolo muitas das vezes.
Ter uma boa carreira, uma boa casa, um carro e uma "família" e claro que nisso está incluso a babá!
Nunca tive babá nenhuma, confesso que muitas vezes senti falta de alguém que pudesse me ajudar, mas jamais pensei em delegar as minhas funções pra outra.
Tem gente que além das babás diárias e folguistas ainda tem a babá noturna... tem mais babá do que filho...ai ai... é de doer mesmo!
Beijos!
Afe! Gostei do post!
A gente observa essa tendência em qualquer lugar que vai, a madame andando na frente, e a babá carregando a criança... horrível, horrível mesmo. A mulher perdeu seu papel de mãe, está perdendo cada vez mais os seus papéis, e a troco de quê? De não sujar suas roupas um filho que vem te abraçar todo sujo porque brincou ou derramou suco na roupa?
´
Eu diria que este é o reflexo da frieza da humanidade. A mulher é a cabeça da família ainda. Sobretudo quando se têm filhos.
Pobres filhos terceirizados.
Pode ser preconceituoso meu pensamento, mas já imagino esses pais, quando forem velhinhos, numa super clínica para idosos sendo cuidados 100% dos dias que lhes restam por babás!
Olha Katarina, é bem por aí mesmo.
Rê, gostei do post, teme legal pra discussão, mas é um assunto triste, né? Eu fico pra baixo quando vejo isso.
Acho que o ponto central da discussão começa com o seu questionamento? "Porque uma pessoa dessa tem filhos???"
Quando as pessoas decidem ter filhos pra seguir com o que a sociedade espera que elas façam é isso que dá. Não dá pra se dedicar integralmente aos filhos e abdicar de algumas coisas (como um jantar sem correr atrás deles) sem que esse processo tenha sido antes pensado nas suas motivações.
Outro dia ouvi de uma pessoa que quer engravidar o seguinte: "...e daí vamos fazer assim pra que o bebê mude a nossa rotina o mínimo possível". Captou, né? Essa é uma pessoa que não quer abrir mão da vida que tem hoje: trabalho, academia 6 dias por semana, baladas, etc....o que vai acontecer? BABÁ NOITE E DIA!!!
Rê, posso mencionar seu texto no meu blog? Com todos os créditos.
Beijo e saudade, viu?
Olá, meninas, adorei este blog. Acabo de escrever um livro sobre maternidade e trabalho e infelizmente não conheci este espaço na minha fase de pesquisa. Parabéns. Estou senguindo no twitter.
Abraço
Vanessa, desculpe a intromissão, mas você poderia adicionar ao seu livro um novo capítulo dedicado a esse tema BEM polêmico e contraditório na vida de qualquer mulher e certamente é o que cria MAIS angústia e dúvidas, na minha pequena opinião...
Abraço
Essa situação só reflete o quanto o Brasil está mal das pernas, tendo essa mão-de-obra barata disponível desse jeito. Triste é pensar nos filhos das babás... com quem ficam??? Afinal, muitas são mães também, certo? Gente, que maluquice é essa nossa sociedade! Nenhum filho fica com a sua mãe, é um passa-passa terrível!
Afe...vou parar de escrever sobre isso porque me afeta demais esse tema e olha que nem fui criada por babás!
Vou cuidar agora da minha pequena que está querendo o mamázinho da tarde dela!
Beijos!
Minha filha nasceu no Japao e eu inexperiente, mae de primeira viagem, totalmente perdida e... sozinha! Marido trabalhando naqueles turnos loucos de la e eu querendo minha mae (rs) mas dei conta da pequena! E nunca nem passou na minha cabeça ter uma baba e confesso q nunca imaginei que aqui no Brasil a coisa estivesse tao feia assim... Presenciei uma cena no aviao de volta para ca. Um casal americano com uma menininha d uns 2 anos e a baba. Pai, filha e baba sentaram-se nas poltronas da classe economica e a mae sozinha na classe executiva. No meio do voo a menina comeca a chorar e ngm consegue controla-la, qse 2 hrs d choro e vem a mae xingando pai e baba (pasmem!) por nw fazerem ela ficar quieta!
Lamentavel... Sinto pelas crianças, inocentes nessa palhaçada toda.
Beijos
Tenho um bebê de 2 anos e outro de 12 semanas na barriga e só o que me perguntam é se já estou procurando uma babá pra cuidar deles e voltar a trabalhar... Fico triste, pois eu nem pretendo voltar a trabalhar fora de casa porque pra mim estes momentos da primeira infância em que nós somos o mundo dos nossos filhotes são valiosos demais e eu não perco-os por nada!!!!!!!!!
Nossa seu texto está muito bom! É isso mesmo que acontece. No clube que eu frequento, a proporção é de 1 mãe para 5 babas. Elas ate me olham estranho, tipo: "Coitada, nao tem babá..." Nao imagino ficar longe dele para nada e olha que viajamos bastante e sempre levamos ele sem ninguem a tiracolo.Troco, dou banho, peito, coloco para dormir, canto, levo para passear.. Vivenciar cada minuto com ele não tem preço. Infelizmente volto a trabalhar em janeiro e optei por um berçario para deixar o meu bebê. Então só de pensar em voltar meu coração fica pequeno. Ja chorei diversas vezes pensando na data fatidica, mas realmente preciso trabalhar..
Abraço e adoro o blog.
Andrea Santos
E eu ainda aponto uma questão menos nobre da discussão toda: será que essa mulherada não sente um pinguinho de ciume e frustração quando vê que é pra babá e não pra ela que o filho lança aquele olhar de amor e admiração?!
Eu morreria, juro.
Beijo, sorte.
Roberta
Aqui no condomínio onde eu moro, existe um caso ainda mais absurdo: uma criança que é praticamente criada pela babá, já que os pais estrangeiros trabalham de domingo a domingo e a criança os vê umas 3x por ano. Muito triste isso. Esses pais estão perdendo o prazer de ver os filhos crescerem e toda alegria que isso proporciona. Adorei o texto.
Lindo texto, Tata!!!!
Você transformou em palavras exatamente o que penso quando observo essas "famílias", que é uma composição muito estranha para mim.
Ainda não sou mãe, mas me parece óbvio que essa tercerização é absurda. Triste ver que isso está ficando comum.
Beijos.
Que coisa triste, é mesmo um retrocesso àquela época em que criança era de fato apenas um "enfeite" e mal tinha contato com os pais verdadeiros. O distanciamento já começava cedo, com as amas-de-leite. Acho saudável de vez em quando o casal conseguir um tempo só para os dois, mas O TEMPO TODO? Aquela do "trabalho sujo" foi realmente o cúmulo! Essa pessoa de fato não quer um filho, quer um enfeite. Parabéns pelo texto!
Eu penso a mesma coisa e não entendo isso, das babás acompanharem a família em tudo , até na praia já vi, é triste, algumas mães realmente não põem a "mão na massa" mas cheirinho de bebê é tão bom...antes e depois do banho.
Eu sou uma mãe que confraterniza com todas as babás do prédio, pois é com elas que me encontro na área de lazer, quando desço com as meninas para brincar...ou nas festinhas do condomínio.
Não sei porque resolvem ser mãe?! Tão pouco...
abs,
Adorei o post. Escrevo um blog sobre comportamento e psiquiatria e tomei a liberdade de copiar (registrando a devida autoria, claro) e indicar seu blog la.
Continuem com o otimo trabalho a favor da maternidade de verdade!!
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