
por: Tata
Hoje foi dia de reunião de pais e professores na escola das meninas. Um por um, conversei a sós com os professores das minhas pequenas, pude saber um pouco mais sobre como elas se comportam nas aulas, o desenvolvimento, o aprendizado e tudo o que elas fazem e descobrem nessas cinco horas diárias que passam na escola.
Puxa, como foi bacana. Chamem-me de coruja, se quiserem, hehe. Mas como foi bom ouvir que elas são tranquilas, carinhosas, que se dão bem com todos, que vêm adquirindo cada dia mais confiança para se arriscar nas atividades, que são curiosas, criativas, participativas, cheias de energia, alegria e vontade. E que também têm sido respeitadas nos seus limites, nas suas impossibilidades, porque afinal, ninguém é bom em tudo, nem precisa ser.
Não que eu já não soubesse. Vejo em casa o quanto elas têm crescido desde que entraram na escola, o quanto esse ambiente tão cheio de alegria e respeito tem sido estimulante, o quanto ir para lá todos os dias é pra elas motivo de expectativa, de diversão. Mesmo assim, é bom ouvir de pessoas que as recebem todos os dias para compartilhar, ensinar e aprender, que elas têm seguido essa caminhada de forma tão tranquila, tão positiva.
Cada vez mais, penso que a escola, antes de tudo, tem que ser um espaço de carinho, amizade, compreensão, empatia, respeito pelas particularidades de cada um. Mais do que o conteúdo a ser transmitido, a grade curricular, o grande diferencial que uma escola precisa ter, para mim, é ser um ambiente acolhedor, que permita que a criança se entregue, encontre-se, conheça-se. Uma escola que permita que a criança descubra o mundo, e encontre seu caminho, único, pessoal, para desvendar e aprender.
Termino o post de hoje com um lindo e significativo trecho do sempre fantástico Rubem Alves, em seu delicioso livro "A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar Que Pudesse Existir", que cai aqui como uma luva. Diz muito do que eu busquei em uma escola para minhas filhas, e estou muito feliz de ter encontrado na escola em que elas estão hoje:
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'Uma escola que compreenda como os saberes são gerados e nascem. Uma escola em que o saber vá nascendo das perguntas que o corpo faz. Uma escola em que o ponto de referência não seja o programa oficial a ser cumprido (inutilmente), mas o corpo da criança que vive, admira, encanta-se, espanta-se, pergunta, enfia o dedo, prova com a boca, erra, machuca-se, brinca. Uma escola que seja iluminada pelo brilho dos inícios.'
Imagem: arquivo pessoal (Ana Luz e Estrela, felizes da vida porque foram à escola de uniforme, que não é obrigatório, e por isso elas só usam de vez em quando...)
4 comentários:
Olá,queridas!
Navegando por blogs,me deparei com o de vcs e estou adorando!
Parabéns,é lindo!!!
Virei seguidora.
Aguardo a visita de vcs.
Bjs
Van
Oi Rê, ontem tb saí da Teia com uma sensação de completude e segurança ao respeito à individualidade da Sofia. Nossa, como foi bom saber que existe um espaço pra pequena que é como nós pensamos e acreditamos.
Adorei ver a Kiki com o sorriso delicioso dela.
Um beijo grande
Que delicia a escola das meninas!! e fico muito feliz por elas estarem a cada dia mais a vontade la!
parabens pelas pimentinhas lindas!
bjus
Re, me diz uma coisa.... qual a escola das meninas??
A curiosidade é pq estou voltando pra São Paulo de mala e cuia e quero mto ir no começo do mês ver escolas pro joaquim!... como confio plenamente nas suas opiniões e tenho uma idéia mto parecida do que é uma boa educação, achei bom pegar referências, né?!
beijo grande em toda a família pimenta!
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