Peitos desnudos no carnaval, quase a mostra em comerciais de TV. Mulatas nuas de seios de fora em quadros de famosos artistas. Campeões de cirurgias plásticas, nestas terras tupiniquins silicones dos seios são as preferidas das brasileiras. Somos um país em que o seio tem um forte caráter sensual;
Não foram poucas as mulheres que me disseram que deixaram de amamentar por medo que os seios caíssem. Talvez isso explique o vergonhoso índice de amamentação brasileiro de 53 dias. Junte este fator cultural com falta de orientação e prescrição de complementos por pediatras com forte interesses comerciais.
Não foram poucas as vezes que lidei com olhares “interessados” enquanto dava de mamar. E quanto mais meu filho cresce, mais incomoda homens e, principalmente mulheres que acreditam que mamar é uma escravidão:
- Tadinha, não conseguiu desmamar um menino tão grande que precisa de você para dormir.
A filha desta mesma mulher tem sete anos e ainda chupa chupeta. Isso parece não pareceão ser tão incômodo, quanto um bebê grande mamando. A partir do momento que a mulher ganhou o mercado de trabalho com todos os benefícios que temos hoje, o tempo de amamentação diminuiu. Muitas mulheres precisam introduzir a alimentação precocemente,por volta dos 4 meses, oerecem chupeta e mamadeira e a confusão de bicos juntamente com a diminuição da demanda faz com que o bebê "largue" o peito e o leite seque.
Já se sabe dos benefícios da amamentação da primeira hora, da exclusividade até 6 meses. Mas ainda não há pesquisas e divulgação da imprtância da amamentação prolongada e do desmame natural. Aliás, os psicólogos são os primeiros a criarem uma série de análises psicológicas deturpadas quanto a isso. Freud deve sorrir de alegria e a relação entre amamentação e sexualidade corre solta nas mentes.
Cada dia meu filho mama menos, naturalmente. Praticante só para dormir a noite. É um menino independente a interessar-se mais por bolas, amigos do que peito. Um menino feliz, saciado de amor e dedicação. Porque amamentar é dar amor, alimento, fazer-se presente com inteireza.
É um ato de amor, um investimento em afeto e saúde que fazemos para a vida toda. Impede que os pequenos precisem de objetos que deformam suas faces e escondem suas expressões.
Saber que mais importante que a estética é a grande referência de amor que ficará para eles por toda a vida.
Imagens Principal - Miguel com 14 meses(Foto de Paula Lyn); 3 meses(Foto de Paula Lyn); 24 meses (Foto de Paula Lyn); 7 meses (arquivo pessoal); 28 meses(Foto de Paula Lyn).
7 comentários:
Lindas fotos, principalmente a primeira, com um sorrisinho sapeca de cantinho! ;)
E lindo o texto, como sempre! hehehehe...
É bem triste essas trocas de valores, "esse contrário" que a gente vive... mas a gente vai levando ao contrário do contrário, que talvez seja o certo (quem sabe?). E como já te falei antes, é tão bom a gente ver que não estamos sozinhos nesse mundão! Que tem mais gente GENTE por aí, fazendo o que deve ser feito pq seu coração diz, e não pq fulano ou beltrano falou.
Já me perguntaram muitas vezes até quando vou amamentar meu filho, e a resposta é sempre a mesma "até quando ele quiser, até quando ele me permitir". E também sempre lido com olhares reprovantes. Mas nem ligo mais... A gente tem que aprender a "transformar essas impressões", sabe!? E não julgar as pessoas. Elas não sabem o que fazem por isso fazem assim. É triste mas é como Leonardo Da Vinci disse quando estava perto da morte "a humanidade é somente adubo para alimentar a terra.",
Beijinhos
Lívia do Uriel (que ama mamar)
Desculpa, acho que a frase do Da Vinci ficou meio forte...
Meu "bebê" mamou até os 3 aninhos... e realmente é incrível como tem pessoas prontas a nos criticar... parece que ficam treinando o que dizer em casa... (risos) com suas frases perfeitinhas de "como??????", com esse temanhão todo???, não tem vergonha????
Nossa, já escutei de tuuuuuuuuuuuuuuuudo...
Minha mãe e meu marido foram os grandes incentivadores, pois o resto... é resto... (risos)
Quando deu aproximadamente 2 semanas de amamentação meu leite empedrou... nooooooooossa, como sofri!!!!!
Todo mundo dizia, compra Nan, não tem mais jeito... sabe como desempedrou??? Meu marido chupou... que doooor, mas que alíivio, voltei a amamentar... meu peito partiu, sangrou, como eu chorava... mas foi só até acostumar.
Vale muuuuuuuuuuuuuuuuito a pena, ô se vale!!!
Beijinhos (desculpe pela "carta", risos)
Ana Maravilhosa, mãe do Gustavo de 3 aninhos e 9 meses
Tathy,
Você removeu sua postagem mas o comentário chegou e me sinto plenamente gabaritada para falar. Não foi uma ataque a citar Freud. Mas a maioria dos psicólogos que conheço são conhtra a amamentação prologada por conta da erotização que nossa socieddae ve neste ato. A Renata falou sobre isso em outra ocasião. http://mamiferas.blogspot.com/2009/01/amamentao-poesia-ou-obscenidade.html
Acho que existem muitos pensamentos arcaicos na psicologia. Não é uma crítica, mas uma reflexão.
Sim, Kalu eu removi após refletir sobre o que vc escreveu e vi que não tinha nada haver "comprar" essa briga. Foi uma interpretação errada minha na hora que me fez escrever o comentário. Como psicóloga, acredito no vínculo, no afeto e no amor. Cada caso é um caso, se está bom pra vcs a amamentação prolongada que bom. Não dá pra generalizar. Os comportamentos tem funções diferentes. Não sei se os pensamentos são arcáicos como vc escreveu e sim a interpretação desses pensamentos.
Boa mamada pra vcs e sigam em frente.
Ahhh e acredito que o contra de alguns psicólogos seja pela relação simbiótica que se possa criar entre mãe e filho.
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