Leitoras do Mamíferas no Cinematerna

por: Kathy

Hoje quem vai escrever o post não sou eu, mas sim as Mamíferas Carine e Penelope, que ganharam os ingressos pro Cinematerna na quinta-feira passada, na nossa Promoção-Relâmpago de Dia das Mães. Elas amaram a experiência e escreveram relatos deliciosos!

Carine tirou fotos do Heitor com o papai no Cinematerna e mandou também pra gente uma foto linda de Heitorzinho muito bem acomodado em seu sling num registro da primeira vez em que a família foi passear no cinema.

Já a Penelope nos confessou que esqueceu completamente de tirar uma foto lá no cinema mesmo, mas mandou essa foto linda pra gente conhecer a carinha (e a barriga dela), linda barriga aliás, que abriga o Caio. Ela também é mamãe do Igor, que tem 6 anos.

Fiquem com os relatos e as fotos dessas meninas super queridas:

Relato da Carine

Aproveitamos o presente das Mamíferas, ingresso para o Cinematerna, e o Dia das Mães, então, começou no sábado. Fomos até lá por um passeio no solzinho gostoso da manhã e assistimos à sessão divertida/romântica do filme eleito.

Conversamos com mamães e papais e também com bebês, claro; ouvimos, entre uma risada e outra, os chororôs dos pequerruchos; vimos, entre um beijo e outro na tela, as trocas de fralda no cantinho da sala, as mães indo atrás dos recém caminhantes, "muito velozes", os pais com os olhos no longa e as mãos na bolsa de fraldas, procurando facilitar a próxima troca, organizando tudo. Nenhuma mamadeira, que lindo! e muitos peitos cheios sendo confortavelmente esvaziados por aqueles gulosinhos fofos.

Fomos eu, meu marido Renato e meu recém chegado Heitor. E eu devo confessar que fiquei com sorriso-misterioso, de canto de boca, de olhos cheios (de luz e de lágrimas). Lá na minha sempre visitada introspecção eu sabia que o meu Dia das Mães tinha começado bem antes, 16 dias antes, obaaa, quando meu gurizinho nasceu.

Ele nasceu e não foi nascido (como ouvi esses dias sobre parto com muita intervenção). Ele nasceu num trabalho junto comigo. Isso pode parecer estranho, mas desde que ele "saiu", está por isso mais perto, mais perto do que dentro é um perto de compartilhar uma experiência dessas. Somos um do outro, é o amor que todo mundo pode ver e temos os nossos segredos, que eu não vou contar - claro.

Ok, não quero desviar muito do tema, que o tema é a nossa experiência no Cinematerna. Eu só quis roubar o espaço pra fazer uma homenagem, meu guri de nome forte nasceu com força, é com força que ele mama, chora e tem crescido. É com força que espero, ele siga sempre seu caminho, procurando, escolhendo, agindo. Não vou continuar, pois continuaria com minhas convicções sobre como um homem deve ser, vou apenas deixar simples: que seja feliz, estarei em paz.

Ai, voltando, adoro o Cinematerna, já fomos em duas sessões, adoro as trocas com outras mães, as trocas de fralda na sala do filme mesmo, as trocas minhas com meu filho, quando ele está exposto à socialização, estou ativamente conhecendo ele e ele o mundo.

Aliás, pra terminar, "MEU FILHO!", agora sou mulher de verdade. Quando pude dizer isso e tê-lo comigo, a vida se expandiu. Espero ter passado um pouco da alegria que é ir a essas sessões de cine e compartilhado da felicidade de ser mãe. Parabéns a todas as mães!!

Agradecimento às Mamíferas pelo presente, às meninas do Cinematerna que possibilitam esses dias superagradáveis, e agradecimento especial ao meu marido Renato, que fez ser possível o nosso Heitor no mundo.

Sou a Carine, com 27 anos vividos em basicamente duas fases, uma que é intensa, de projetos complexos e realizações imediatas e outra de latência que quase me afoga, embora entenda necessária para evitar o excessivo desgaste. Sou bonita, mais agora depois de um corte de nariz (como corte de cabelo, chega uma hora que você prefere mudar). Já fui apaixonada por diversão, hoje sou apaixonada por Renato e Heitor. Tenho mania de justificar e de ser crua. Sou intransigente com intransigências alheias (extremismos de opinião) e com ausência do uso da lógica. Brinco como se eu fosse meiga às vezes, em casa, pra poucos verem. Moro em São Paulo e sou gaúcha. Formei-me e estou me reformando em coisas da Psicologia, trabalho na clínica. Abraços.

Relato da Penelope

Há mais de seis anos, quando eu e meu marido queríamos porque queríamos nos divertir um pouquinho, depois de um mês trancafiados em casa com o pequeno Igor, resolvemos ir ao cinema.

Ao chegar à bilheteria, perguntamos ao atendente se teria problema entrarmos com o bebê de um mês e pouco na sessão. Ele disse, sabiamente, que precisávamos apenas tomar cuidado com o frio do ar condicionado e com o som, que poderia ser muito alto.
Para nos precavermos, embrulhamos o pequeno bem embrulhadinho e, durante toda a sessão, mantivemos as orelhinhas protegidas por nosso corpo e mãos.

Foi uma sessão muito preocupante! O ar era realmente muito frio. O som, muito alto! E no meio da sessão o Igor chorou. Saí com ele, dei de mamar, ele voltou a dormir e voltei à sala. Decidimos só pegar DVD dali por diante...

No último sábado fui com o Caio, ainda "canguruzado" em meu ventre no auge de suas 31semanas, assistir a uma sessão do Cinematerna, com um ingresso gentilmente cedido pelas moças (simpaticíssimas) que organizam essa brilhante idéia e pelas meninas do Mamíferas.

Cheguei bem atrasada, pois não esperava um trânsito daqueles em pleno sábado de manhã, mas era véspera do Dia das Mães, eu devia esperar por isso... Me confundi um pouco sobre onde entrar, como trocar o bilhete, mas, enfim, entrei na sala. A sessão já havia começado e a Irene me avisou que "lá em cima é mais tranquilo". Fiquei no meio da sala, para avaliar, né? :-) Não ia perder essa oportunidade.

As luzes, apesar de ficarem acesas, ficam tão dimerizadas que a sala fica escura e não prejudica nem um pouco as imagens. Acho que esse era meu maior receio. O som, apesar de mais baixo que nas demais sessões, ainda é alto o suficiente para curtirmos todos os ruídos que aparecem no filme, além de um chorinho aqui e outro acolá não prejudicar nossa audição. A temperatura é ótima! Sempre achei as salas de cinema muito frias! Um exagero.

O clima? Confesso que foi o que mais gostei. Reinava uma paz diferente... uma paz paciente, em que todos ali estão acostumados a esperar, a embalar, a curtir. Digo isso pois os presentes foram postos à prova! No meio do filme deu um tilti (acho que o projecionista cochilou com tanto barulhinho bom de bebê) e a projeção travou.

Não ouvi sequer um suspiro impaciente. Nada. Nadica de nada. Todos lá, esperando... As meninas do Cinematerna mais que depressa nos pediram desculpas e resolveram o problema (estão de parabéns pela energia boa que transmitem e pela educação!), mas era só um intervalinho entre as mamadas. Ninguém se importou.

Ah, detalhe importantíssimo: os trocadores ficam dentro da sala. Nada de perder um pedaço do filme por que o pequerrucho precisa ficar limpinho. A mamãe vai lá, uma das organizadoras leva uma lanterninha e pronto! Bebê limpinho e mamãe feliz! Fiquei tão animada! Agora, sim, terei um lugar para ir com meu caçulinha logo nos primeiros dias! Não vejo a hora de estrear o Cinematerna com um bebê a tiracolo!

Sou a Penelope, também conhecida por Pê, Pepê e Pepererepepê, além de outras variações nem tão comuns... Tenho 28 anos, sou mãe-fada-bruxa do Igor, de 6 anos e 8 meses, e ainda só mãe-fada do Caio (31 semanas na barriga). Sou esposa-rainha do Jorge e trabalho com livros (revisando e editando), além de ser contadora de histórias (nem sempre de livros...). Atualmente, estou descobrindo o dom da costura e pretendo, até o ano que vem, mexer menos com o cérebro e mexer mais com as mãos! Afinal, a história conta que Penélope costura sua trama...




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Imagens 2 e 3 - arquivo pessoal - Carine
Imagem 4 - arquivo pessoal - Penélope