por: Tata
Há um dias, respondemos por email a uma entrevista para um canal de comunicação falando do Mamíferas. Ainda não foi pro ar. Assim que for, avisamos aqui, pra vocês darem uma olhadinha. Mas uma das questões da entrevista perguntava qual era nosso diferencial, como veículo voltado para mães, gestantes, etc. Ou seja, nesse mar de informação produzida para esse público - inclua-se aí revistas e sites sobre gestação, parto e maternidade, livros e mais livros que se propõe a ensinar o "caminho das pedras da maternidade", entre outros - , o que o Mamíferas tem de diferente?
Pra mim, essa foi uma das questões mais fáceis de responder, porque eu tenho isso muito claro. A meu ver, o grande diferencial desse blog é que em nenhum momento nos propusemos a escrever um "manual da mãe mamífera". Com o perdão da má palavra, ninguém está aqui para "cagar regras". No Mamíferas, você nunca vai encontrar fórmulas prontas para lidar com essa ou aquela dificuldade, do tipo "faça x para chegar ao resultado y", ou "se seu filho é assim, você deve agir assado".
Aqui no Mamíferas, não temos a menor intenção de estabelecer verdades absolutas. Simplesmente porque elas não existem. Seres humanos são ímpares, especiais, incomparáveis. E esse é o grande barato do negócio. É por isso que, para relações humanas, e entre elas a maternidade, não existem regras prontas. Não é receita de bolo. Cada dupla mãe e filho, ou cada família, encontra o seu caminho, a sua verdade, o seu jeitinho.
O que a gente faz aqui é dividir a nossa experiência. Falar do que já vivenciamos, das dificuldades superadas, das dúvidas que angustiam, das conquistas, das descobertas. A gente reflete, propõe alternativas. A gente divide com quem lê nossos próprios passos nessa caminhada fantástica que é o "ser mãe". A idéia é essa, sempre: trocar, dividir.
É por isso que não consigo deixar de achar estranho quando vejo que comentários discordando do que é escrito quase sempre vêm sem assinatura, anônimos. Sinceramente, eu acho isso uma pena imensa.
Gente! Por favor, discordem!!! Questionem, palpitem, contestem. E assinem embaixo. Dêem a cara para bater, como a gente faz aqui, todos os dias, a cada texto publicado. Tenham certeza que nunca vamos excluir um comentário porque a opinião expressa não era a mesma que a nossa, ou porque contestou algo que a gente disse no post. Nunca!
Se todo mundo que discorda de alguma coisa que a gente escreve ficar quieto, ou comentar anonimanente, ninguém ganha nada com isso. Fica a discordância pela discordância, nada mais. Agora, se quem discorda vai lá, explica seu ponto de vista, embasa, fala da sua experiência e acrescenta alguma coisa na discussão, a gente leva o debate adiante, busca mais informação, enriquece os argumentos, e todo mundo ganha com isso. Quem escreve e quem lê.
Pode ser que um dos lados mude de opinião. Ou pode ser que não. E tudo bem. Não é preciso haver consenso, cada um pode escolher o seu caminho. O bacana é que, quando a gente se depara com quem questiona o que a gente acredita, a gente reflete a respeito, se dá um tempo para pensar melhor sobre o assunto, e se não muda de opinião, acaba fortalecendo a que já tinha. Opiniões diferentes são uma oportunidade muito bacana pra gente crescer e aprender.
Então, fica aí o recado. Os comentários não são só pra elogiar, assinar embaixo, concordar, não. é claro que a gente também adora quando isso acontece, porque também é legal sentir que o que a gente escreve reverbera no outro, ressoa, encontra um eco. É bacana a gente sentir que não está sozinha, que tem mais gente trilhando o mesmo caminho, e encontrando respostas e alternativas semelhantes. Mas o espaço aqui é pra reflexão, seja como for. O importante é não fazer as coisas por fazer, parar pra pensar a respeito, buscar informação e decidir com consciência.
Acreditem, a gente aprende com cada comentário, seja de concordância, crítica, sugestão ou desabafo. Todos são importantes, e todos fazem a diferença.
E viva a diversidade!!!
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3 comentários:
Re,
este fim de semana eu, Dandara e Edu estivemos com um grupo de amigos, galera da faculdade, diferentes, mas muito afins, já viajamos muitas vezes juntos, noites e noites em claro estudando, várias farras nas repúblicas, etc, etc.
A maioria já com seus filhotes, e desta vez, eu me senti tão tão fora do ninho, e Eduardo também. Uma das amigas estava bebendo uma "cervejinha" e amamentando seu filho de 4 meses, depois de ter passado pela gravidez inteira tomando um choppinho. Achei aquilo tão sinistro, isso depois dela ter passado por um PNH e tirado leite até quase 1 ano do primeiro filho, e no segundo filho QUIS fazer cesárea e tem esse comportamento com a amamentação, e disse que não vai tirar leite desta vez, já vai dar frutinhas e outros leitinhos.
E depois de ter me sentido ET no meio de amigos, justamente destes amigos, Dandara teve uma gripe forte, voltamos pra casa, ela pediu mamá e eu dei, depois de quase dois meses com ela desmamada naturalmente. Eu voltei a amamentar tão tão feliz! E tinha leite, que sensação maravilhosa!
Não preciso provar nada pra ninguém, mas como essa "reamamentação" me fez bem, porque eu tive a certeza de que a gente precisa ser sim a mudança que quer ver no mundo!
A gente repensa tudo em de repente, tem ainda mais a certeza de que a nossa escolha mamífera é a diferença para o mundo. Sem querer sem melhor, simplesmente ser o que se é.
Mil bjs
E é por esse e outros motivos que eu adoro esse lugar!
Muitos beijos!
é esse o ponto, Rê, refletir e descobrir o nosso caminho. não o que a sociedade acha q a gente deve seguir, o q o vizinho propõe, ou o q sempre foi considerado o melhor. apenas o nosso, aquele onde a gente se encontra.
bjos!
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