por: Kalu
Tudo aquilo que vivenciamos com força e nos transforma desejamos compartilhar com o mundo. Essa é a função deste blog que nasceu há quase 1 ano e começou com uma visita tímida de 200 pessoas por semana e hoje temos uma visitação que por vezes ultrapassa de duas mil.
Um número bastante expressivo e sinto-me muito feliz de usar minha palavras para conscientizar pessoas a buscarem uma maternidade mais ativa de quem aprende a questionar os modelos da medicina e a visão da sociedade sobre bebês e crianças.
Muitas vezes essa visão tão diferenciada gera discussões intensas com pessoas convictas de um posto de vista completamente diferente do que compartilhamos aqui. Aprendi que a melhor ferramenta para tocar corações é informação com ternura e sem expectativa.
É muito difícil ver aquela amiga querida ir para a faca por confiar na ginecologista que identificamos de longe ser uma cesarista. Ou aquele sobrinho lindo que não come frutas e enche a barriga de danoninho e bolacha.
Para mim é quase impossível me calar, mas também tomo cuidado para não ser intromedita. Eu mesma não gosto quando alguém me vêm com dicas absurdas para desmamar o Miguel porque ele vai ficar dependente ou quando grávida, as salvadoras da vagina assassina me diziam dos perigos de um parto normal.
Acredito que nós mamíferas temos esta função de oferecer a pílula vermelha para que as mulheres que nos rodeiam despertem. Mas temos que ter clareza que este despertar é um processo individual que muitas vezes só acontece depois de uma cesárea ou um parto normal cheio de intervenções.
Lancemos nossas sementes com ternuma e ao invés de chorar aquelas que não nasceram, vamos celebrar pelo menos uma que conseguimos geminar.
Quem sabe alguém em silêncio leu estas palavras e foi escrever uma linda história de matarnidade.
5 comentários:
ai Kalu, eu concordo com você e sei o porque do post...
eu, infelizmente, sou do tipo que é melhor ficar quieta, porque quando vejo alguém correndo riscos de ser enganada, dou logo uma trucada...
sim, eu sei, é horrível, mas é meu jeito, que aliás já melhorei bastante...
a partir de hoje vou deixar a mulherada ir para a faca sem dó pq quem quer de verdade não vai né?
é que as vezes penso: queria tanto que alguém tivesse me "cutucado", me esclarecido melhor tantas coisas para não ter caído na minha ultima cesarea que penso que pode ter alguém passando pelo mesmo...
enfim...você tá certa!
eu sou "8 ou 80", "é ou não é", mas vou me policiar ainda mais...
bjo
Oi Kalu...
Sei exatamente do que fala...
Meu blogue tem o mesmo propósito, apesar de eu não focar em maternidade (ou paternidade)...
Quando me tornei vegetariano, queria "iluminar" todo mundo pra seguir esse caminho...
Com o tempo fui percebendo que minha postura me tornava um chato, então fui desencanando...
Vejo muitos comportamentos que sinto que estão em desacordo com os desígnios do Pai Eterno e da Mãe Terra... mas às vezes precisamos nos calar...
Cada ser tem um caminho a percorrer, podemos ajudar, mas não pdoemos obrigar a pessoa a seguir um determinado caminho...
Eu tb sou como a Rosana, "8 ou 80", de vez em quando sou muito grosso quando na verdade quero apenas dar um toque amoroso... é complicado...
Mas é isso... que nossas atitudes sirvam de inspiração, e que cada um, dentro de suas limitações, possa se superar a cada dia.
AXÉ
Gabriel Dread
Como diz Gandhi, devemos ser a paz que queremos para o mundo...
Obrigada pelos comentários e também sou assim 8 ou 80, mas quando a gente fala a partir do coração consegue atingir todo espaço entre eles.
Mamys Blogs te deseja felicidade não somente no dia das mulheres, mas em cada dia da tua vida!
Parabéns pelo post!
Eu, infelizmente, sou daquelas que acordou despois de uma desnecesárea... infelizmente.
Sou aquela amiga que confiou na médica.
Mas, no prõximo, batalharei por um parto humanizado e lindo.
Obrigada pelo lindo texto e feliz dia das mulheres!
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