É só levantar um assunto polêmico como parto, dar ou não chupeta, amamentação, não bater que sempre surgem os comentários: ninguém é mais mãe por parir de maneira x, por negar chupeta, por insistir com a amamentação.
Minha opinião é que não existe comparação entre as mulheres. De fato ninguém é melhor que ninguém por esta ou aquela escolha. Mas é fato que quando conseguimos ir além de nós mesmas nascemos melhores. Quando faltam forças para aguentar o parto e a gente está quase pedindo uma anestesia e naquele momento uma força vinda das entranhas nos faz perseverar. Naquele instantes renascemos mais fortes.
Esses momentos vão além da maternidade, mas é nela que podemos experimentar um turbilhão deles juntos. Acredito que "o ser mãe" nos ensina lições intensas e transformadoras que se tornam divisores de águas em nossa existência.
A minha história de superação foi, sem dúvida, meu parto domiciliar. Com 37 semanas mudar de médico, de estado, de estado civil, sair de uma cilada de uma cesárea e experimentar a plenitude de um parto maravilhoso foi minha grande história. Devo confessar que quando tudo parece sem saída me vem uma voz interior e diz: você conseguiu ir até o fim sem dor, com plena entrega. Faça o mesmo agora! E assim o é.
As mamíferas que aqui nos lêem devem ter suas histórias de superação. Aquele momento limite que parece ser o fim do caminho e que foi transposto levando a um lugar melhor. Conte, conte! Adoro colecionar histórias reais de pessoas incríveis!
Um comentário:
Kalu, infelizmente não tive o parto tão sonhado por mim mas, momentos que considero de superação foram:
- não dar chupeta nunca e nem dar chá, água e suco até o sexto mês. Eu e meu marido fomos contra várias pessoas, com o apoio só de meus pais, irmãos e a pediatra. Todos disseram que íamos enlouquecer, que eu ia ficar acabada dando só o peito, nada de mamadeira, que isso não era vida e tantas coisas mais. Fomos até o fim, seguindo nossas crenças. E não nos arrependemos: ela é a criança mais calma que conhecemos, e nunca precisou de nenhum artifício, só peito, colo, carinho e muito amor. Pena que aos 10 meses ela mesma desistiu do peito, não queria mais saber.
- outro momento é seguirmos a linha ovolactovegetariana, novamente contra um monte de pessoas. "Ela vai morrer assim, desnutrida". Somente as mesmas pessoas nos apoiaram. HOje é uma criança saudável, de 14 meses, cheia de energia e nunca ficou doente, nunca precisou de remédios e nem de vitaminas. A única diferença é que ela não é gordinha, é mais do tipo magrinha, mas... eu e meu marido também somos.
É isso, senão vira um livro =P
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