por Kalu
Desde que nasceu, a pequena Lara nunca foi para casa. Com uma anomalia cromossômica que causava, dentre outros problemas, insuficiência renal, passou por uma série de transfusões, hemodiálises. Viveu por 1ano e 3 meses, tempo que sua mãe e avó maternas ficaram internadas com ela no hospital.
Conheci esta história em uma conversa de beira de praia, depois que o Miguel tinha feito amizade com seu filho Vitor, um menino forte e esperto de poucos meses de diferença. Surpreendeu-me a tranqüilidade com que esta mulher contava a saga de sua filha e de sua família.
Ela engravidou no meio deste processo e seu filho ficou internado por dois meses com ela, sendo amamentado ao lado da irmã. Foi quando os médicos trouxeram uma difícil decisão para esta mãe. Não havia mais nada a fazer pela pequena Lara. Colocá-la em aparelhos seria para prolongar uma frágil vida. Pai e Mãe decidiram não intervir. Passaram o dia no hospital e quando sua vida acabou, segundo o relato desta mãe, disseram:
- Voe meu passarinho!
Não foi a história triste que me tocou, mas a força dela. A mesma encontrou na espiritualidade respostas para suas angústias.
Eu acredito que quando algo não vai dar certo, não dá. Quando o assunto é nascimento, por exemplo, um bebê pode vir a falecer, estando em casa, no hospital, por N fatores. A diferença é que em casa, as responsabilidades da mãe são mais intensas, por negar-se, também, seguir a maré.
Eu tive uma tia que quase perdeu seu filho, que nascera saudável, depois de pegar uma infecção hospitalar. Mas como nascer em outro lugar é apenas conversa de extra-terrestres como nós, ela processou o hospital.
Há outro fato que não podemos negar: podemos controlar quase tudo, mas
quem controla este quase é quem faz toda a diferença.
Olá!
Mudamos de endereço.
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