por: Kalu
Quando o assunto é parto humanizado, querer não é poder. Querer de verdade significa rasgar tudo aquilo que conhecemos e mergulhar em um novo universo, que, garanto, será absolutamente transformador. Porque aquele médico bacana, que não fala sobre parto e procedimentos com você pode te dar de presente uma cesárea pelos motivos mais questionáveis possíveis.
Eu só fui realmente despertar de que o meu querer não ia ser respeitado pelo meu Ginecologisca lá pela 33ª semana. Até então achava que seu eu quisesse, ele faria um parto normal. Foi quando fui à palestra do Gama e a Ana Cris me disse:
- Olha, eu, no papel de doula, não tenho como impedir que ele faça uma episiotomia, lavagem intestinal e raspagem dos pêlos. O médio que você escolher tem que estar ciente de suas vontades e você certa de que será atendida.
Pois é aí que o problema começa. O que é um Ginecologista dentro do Parto? 99% deles acredita que o parto é deles e não da mulher. Logo farão o que ELES considerarem mais adequado.
Se o parto humanizado é importante para você (ou se está se tornando), a primeira sugestão é procurar um que VERDADEIRAMENTE seja a favor deste tipo de parto. isso porque tem um monte deles que dizem que são o que não são. E você va ficar horrorizada quando descobrir que em uma cidade como Sâo Paulo eles não enchem os dedos de uma mão.
Outro ponto importante é a escolha do lugar do parto. Nas Casas de Parto ou nos Hospitais, ao entrar lá, você estará institucionalizando seu corpo. Isso quer dizer que o lugar é responsável por você e, assim, vai fazer aqui que ELES acreditam ser melhor para você.
Um fator que eu acho fundamental para um parto tranquilo é estar segura das decisões. Não adianta pensr que na hora você vai fazer acontecer. No momento do parto, para seu sucesso, você deve focar-se no nascimento e só. Por isso a presença de uma doula torna-se fundamental.
Lembro também, que neste dia em que fui para o Gama, a Ana Cris me deu algumas soluções:
- Olha, eu posso ficar com você até estar com uma dialatação avançada e depois iremos ao hospital. Assim não tem chance de você cair numa cesárea.
E quanto ao bebê? Quando ele nasce pertence ao Neonatologista e não a mãe. Talvez você veja seu filho rapidamente para que eles levem-no para pesar, medir, entubar, fazer manipulação anal e pingar o colírio de nitrato de prata. Há pouco a ser feito neste caso, porque cada instituição terá suas regras.
Paguei por um plano de saúde por toda a minha vida. valores altos para ter os melhores médicos e hospitais. Quando engravidei vi que nada disso atendia aos meus anseios de ser respeitada como mulher, para que meu filho nascesse na posição que eu desejasse e meu corpo não fosse multilado para conforto médico. Este plano não servia para o nascimento que queria dar ao meu filho, em que seu cordão fosse cortado depois de parar de pulsar, um sinal de que já não precisava desta ligação com meu corpo. Não queria que suas vias aéreas fossem agredidas por um tubo, nem seus olhos cegados por um colírio (procedimentos comprovadamente desnecessáreos). E de brinde, no berçário, ele pode ganhar uma vacina sem seu conhecimento e uma mamadeira de leite artificial.
Foi por tudo isso que nasceu a certeza que o melhor seria melhor ter filho em casa. Neste ambiente meu corpo me pertencia e apenas as pessoas que me dessem segurança estariam presentes. E assim foi. Tive um Parto Domiciliar empoderador, transformador, tranquilo. Paguei bem menos do que imaginava e pagaria 10 vezes mais, se eu soubesse que seria tão bom.
Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
Quando o assunto é parto humanizado, querer não é poder. Querer de verdade significa rasgar tudo aquilo que conhecemos e mergulhar em um novo universo, que, garanto, será absolutamente transformador. Porque aquele médico bacana, que não fala sobre parto e procedimentos com você pode te dar de presente uma cesárea pelos motivos mais questionáveis possíveis.
Eu só fui realmente despertar de que o meu querer não ia ser respeitado pelo meu Ginecologisca lá pela 33ª semana. Até então achava que seu eu quisesse, ele faria um parto normal. Foi quando fui à palestra do Gama e a Ana Cris me disse:
- Olha, eu, no papel de doula, não tenho como impedir que ele faça uma episiotomia, lavagem intestinal e raspagem dos pêlos. O médio que você escolher tem que estar ciente de suas vontades e você certa de que será atendida.
Pois é aí que o problema começa. O que é um Ginecologista dentro do Parto? 99% deles acredita que o parto é deles e não da mulher. Logo farão o que ELES considerarem mais adequado.
Se o parto humanizado é importante para você (ou se está se tornando), a primeira sugestão é procurar um que VERDADEIRAMENTE seja a favor deste tipo de parto. isso porque tem um monte deles que dizem que são o que não são. E você va ficar horrorizada quando descobrir que em uma cidade como Sâo Paulo eles não enchem os dedos de uma mão.
Outro ponto importante é a escolha do lugar do parto. Nas Casas de Parto ou nos Hospitais, ao entrar lá, você estará institucionalizando seu corpo. Isso quer dizer que o lugar é responsável por você e, assim, vai fazer aqui que ELES acreditam ser melhor para você.
Um fator que eu acho fundamental para um parto tranquilo é estar segura das decisões. Não adianta pensr que na hora você vai fazer acontecer. No momento do parto, para seu sucesso, você deve focar-se no nascimento e só. Por isso a presença de uma doula torna-se fundamental.
Lembro também, que neste dia em que fui para o Gama, a Ana Cris me deu algumas soluções:
- Olha, eu posso ficar com você até estar com uma dialatação avançada e depois iremos ao hospital. Assim não tem chance de você cair numa cesárea.
E quanto ao bebê? Quando ele nasce pertence ao Neonatologista e não a mãe. Talvez você veja seu filho rapidamente para que eles levem-no para pesar, medir, entubar, fazer manipulação anal e pingar o colírio de nitrato de prata. Há pouco a ser feito neste caso, porque cada instituição terá suas regras.
Paguei por um plano de saúde por toda a minha vida. valores altos para ter os melhores médicos e hospitais. Quando engravidei vi que nada disso atendia aos meus anseios de ser respeitada como mulher, para que meu filho nascesse na posição que eu desejasse e meu corpo não fosse multilado para conforto médico. Este plano não servia para o nascimento que queria dar ao meu filho, em que seu cordão fosse cortado depois de parar de pulsar, um sinal de que já não precisava desta ligação com meu corpo. Não queria que suas vias aéreas fossem agredidas por um tubo, nem seus olhos cegados por um colírio (procedimentos comprovadamente desnecessáreos). E de brinde, no berçário, ele pode ganhar uma vacina sem seu conhecimento e uma mamadeira de leite artificial.
Foi por tudo isso que nasceu a certeza que o melhor seria melhor ter filho em casa. Neste ambiente meu corpo me pertencia e apenas as pessoas que me dessem segurança estariam presentes. E assim foi. Tive um Parto Domiciliar empoderador, transformador, tranquilo. Paguei bem menos do que imaginava e pagaria 10 vezes mais, se eu soubesse que seria tão bom.
Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
2 comentários:
Kalu, só discordo do título. Acho que querer é poder sim, mas precisa querer de verdade, correr atrás, sair da bolha de acomodação.
Eu diria: querer querer não é poder.
Beijos!
Dani Garbellini
Tem razáo Dani! Faltou uma frase no texto? querer náo [e poder se náo fizer acontecer.
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