Inacreditável como os filhos crescem rápido. Assim, num piscar de olhos, sem que a gente se dê conta. Um belo dia, a gente olha e vê que eles já não são mais bebês. São menininhos e menininhas, dando seus passinhos destemidos e começando a descobrir o mundo independentes da gente, cheios de curiosidade.
Eu hoje vivi um desses momentos em que a gente olha e vê que os nossos pitiquinhos já não são tão pitiquinhos assim, embora a gente fique sempre com aquela sensação de "onde é que foi parar aquele bebezinho que passava o dia pendurado no meu peito? quando foi que ele cresceu, que eu não vi??".
As meninas foram hoje, pela primeira vez, "brincar na casa de uma amiguinha". Assim, sem companhia de mãe, avó, babá, nada. A amiguinha, uma menininha de 4 anos aqui do prédio, pediu pra mãe ligar e convidar "a Nalu e a Têla" pra ir brincar com ela, que fez aniversário ontem e estava cheia de brinquedos novos pra curtir.
Ainda sem ter me refeito do susto, fui lá perguntar pras duas se elas queriam ir. A resposta veio rápida e estridente: "eu quero, eu quero!!!". Levei as duas três andares pra baixo, e na porta do apartamento da amiguinha, viraram as costas, deram a mãozinha à pequena anfitriã e desapareceram no quarto cor-de-rosa. Ana Luz ainda virou pra trás pra me dar tchauzinho. Estrela, nem isso.
Eu voltei pra casa, cheia de sentimento, contente de ver minhas pimentas crescendo e caminhando, mas um tantinho tristonha de constatar como o tempo passa rápido demais.
Minhas pimentas têm hoje 3 anos e 4 meses. E esse é só mais um dos tantos passinhos, todos muito importantes, que elas darão ao longo da vida. Desde o momento que elas saíram da minha barriga, o tempo passa, e não dá pra segurar. Ainda virá o primeiro dia na escolinha, a primeira vez dormindo na casa da amiguinha, a primeira viagem com alguém de fora do círculo imediato pais-avós. E em cada um desses momentos, eu vou viver essa montanha-russa de novo: toda felicidade do mundo de ver minhas meninas seguras e confiantes para ir adiante, e esse apertozinho inegável no peito, de ver as minhas bebezinhas virando menininhas, depois mocinhas, depois adolescentes, depois adultas, e por aí vai.
É gostoso demais ver os filhos crescendo. É pra isso que a gente dá todo amor, todo colo, todo carinho possível: para que eles cresçam seguros, confiantes e capazes de caminhar pelos próprios passos. A gente cria os filhos pro mundo, já dizia minha avó.
Mas não dá pra negar uma nostalgiazinha lá, bem no fundinho do peito, um vaziozinho insistente, aquela vontade de que os nossos bebês ficassem pra sempre assim: pequeninos, cabendo inteirinhos debaixo das nossas asas.
Não faz o menor sentido, né? Mas é assim. Ser mãe é isso mesmo, bicho contraditório. Tudo ao mesmo tempo agora.
Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
3 comentários:
hahahah
amei.
é assim, mesmo, né?
ai ai... a mel já vai fazer 5 (CINCO) anos... dá pra acreditar? eu não consigo....
Ontem o Miguel recebeu visita do amiguinho dele de 5 anos. Fiz um lanche a tarde e o Miguel quis pão com queijo e suco. Sentou na mesa com o amigo e comeu quietinho. Ontem olhei as fotinhos dele e vejo que ele já está perdendo as feições de bebê e ganhando carinha de menino. É lindo tudo isso!
A gente se esquece que fêz a mesma coisa com nossos pais. Crescemos e fomos "para o mundo". Quando é hora dos nossos filhos, paramos pra pensar. Não é fácil. Mas a gente suporta e supera. Tudo para o bem deles.Por isso nossa missão é tão importante. Formamos cidadãos e esperamos que façam diferença para o mundo.
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