Como era antes??

por: Kathy

Diante da discussão animada sobre a perereca frouxa que rolou aqui durante a semana, resolvi falar de outro aspecto importante que envolve o pós parto e a volta da vida sexual. Concordo completamente que essa história de "perereca frouxa" é a maior bobagem do mundo, um preconceito mesmo. Porém, uma coisa é fato: em geral essa volta à vida sexual não é muito rápida e tudo não fica assim maravilhoso de uma hora pra outra.

Uma vez ouvi uma explicação maravilhosa pra falta de interesse sexual da mulher no pós parto. Há milhões e milhões de anos, não era desejável que uma mulher que tivesse acabado de parir um filho, tivesse outra criança. Questão de sobevivência mesmo. Enquanto o bebê não tivesse condições de pelo menos se virar sozinho para escapar de predadores, não era nada viável que a mulher tivesse outro filho. A natureza, então, faz com que a mulher demore a ovular (e consequentemente menstruar), e o desejo sexual diminui mesmo.

Não vou dizer que é regra geral, mas aconteceu comigo e também com várias mulheres que eu conheço. A gente só quer saber da cria mesmo. Queremos lamber a cria, protegê-la, cheirá-la, conhecê-la, amamentá-la e no meio dessa conversa toda lá vai o homem ficando pra escanteio. Fora que a mulher fica fisicamente cansada com a mudança de rotina, com o bebê mamando o dia inteiro, mil cobranças em nossa cabeça (próprias e externas), expectativas aos montes, responsabilidade... Depois que finalmente o bebê dorme, você acha que a mãe quer fazer alguma coisa na cama que não seja dormir? Difícil, héim?

Outra manifestação física dessa falta de desejo é que a mulher fica muito menos lubrificada. É hormonal mesmo, e em geral não tem nem muito a ver com falta de estímulo. Mesmo estimulada, a lubrificação é pouca e a mulher sente dor e desconforto na hora do sexo. Perereca fouxa, é? Pra mim foi mais parecido com "tô virgem de novo!" rs... Lembra das mulheres paleolíticas? Essa secura toda é coisa da natureza dizendo pra elas: "Não é pra fazer sexo não, minha filha, vai cuidar dessa criança!" Essa era a mensagem da natureza pras paleolíticas, e olha a gente aqui, lidando com esses aspectos até hoje.

Já ouvi amigas contando que os maridos passam a achar que elas já não gostam mais deles. Um absurdo! Nessa hora, muito carinho, paciência e apoio ajudam muito. É importantíssimo que o casal se apóie, converse e se ajude nessa hora, para que a relação saia fortalecida mesmo.

Acho que a auto-estima da mulher fica meio baixa, o corpo está diferente, os seios pingando leite e enfiados naqueles sutiãs horríveis de amamentação, rs (será que ninguém nunca pensou em fazer um sutiã de amamentação sexy, sem ser naquela cor de calcinha da vovó??? rsrs); para as que passaram por cesáreas ou episiotomia há ainda a recuperação dos pontos e não podemos esquecer do chatíssimo sangramento pós parto que nos obriga a usar aqueles absorventes gigantescos.

Convenhamos que é complicado né? Mas eu não conheço uma mulher no mundo que vá rejeitar um carinho gostoso do seu homem, um colo, um chamego, um abraço gostoso e carinhoso. Devagar, acho que o casal vai se encontrando de novo, voltando a namorar, a ser carinhoso um com o outro, mesmo que seja meio rápido, entre um chorinho e outro na madrugada, mesmo com a mulher se achando ainda meio gorducha e desajeitada. Não se apressem meninas, em geral seus homens tendem a achá-las lindas, mesmo mais cheinhas. Namorem bastante (de preferêcia sem os sutiãs brochantes), se não tiverem o desejo de emendar um filho com outro, previnam-se, e não esqueçam o lubrificante! Esse é tão importante que deveria ser colocado até nas listas de chá de bebê, hahaha...

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