
por: Kathy
Eu não dirijo. Tenho habilitação, mas parei de dirigir há alguns anos. Apesar disso, passo quase duas horas por dia no carro com o Samuel, indo e voltando do trabalho (vamos de carona e ele vai comigo em sua cadeirinha desde os 5 meses). Tenho a vantagem de não estar dirigindo e, portanto, poder dar atenção pra ele enquanto estamos no trânsito. Mesmo assim, é bem difícil. Imagino como deve ser pra quem tem que encarar o trânsito dirigindo sozinha com o bebê no carro.
Em certos dias fica tudo bem, eles sentam na cadeirinha, pegam um brinquedinho, se distraem com a paisagem, com alguma música, com as conversas no carro, e lá vamos nós. Em outros momentos, é uma guerra. Choram, berram, se debatem, tentam arrancar o cinto, se desesperam. Precisamos então nos preparar com um verdadeiro arsenal para entretê-los e convencê-los a ficarem na cadeira durante todo o trajeto. Não é fácil!
Quando o Sam era pequeno e a cadeira ainda ficava virada para trás, ele aparentemente ficava mais tranquilo do que hoje. Dormia sempre, e parecia gostar do balanço do carro. Hoje em dia dificilmente dorme, só quando realmente está MUITO cansado. Mas tenho ouvidos relatos de várias mães sobre crianças que já desde bem pequeninas não se acostumam com a cadeirinha.
Acho que a primeira coisa é ter muita paciência. Conversar sempre e se possível num tom de voz tranquilo, mesmo quando achar que eles não estão entendendo nada. Deixar que ele ouça sua voz, que sinta que você está ali por perto, e atenta. Tocar a criança, quando possível, pode funcionar muito bem também.
Música em geral também dá resultados, para alguns (meu filho, o baterista, rs), música agitada, para outros, música mais lenta e tranquila. Músicas que exigem interação são ótimas para os mais velhos (bata palmas, mão na cabeça, mexendo os pés). Para os mais novos, percebo que as músicas que a própria mãe canta têm um resultado melhor. Dica importantíssima: procure músicas que você também realmente goste, afinal, você também precisa relaxar! rs
Brinquedos interativos, daqueles que dão para apertar, morder, que fazem barulhinhos, são capazes de segurar a atenção da criança por vários minutos, assim como coisas simples como potinhos pra encaixar e desencaixar. Para os maiorzinhos, revistas e livrinhos e ainda um biscoito de polvilho ou qualquer coisa que a criança possa segurar com as próprias mãos e mastigar pode ser uma bênção. Deixe um pacote na bolsa! Para os maiores, um copinho daqueles com válvula com água ou suco também pode funcionar, assim como um suquinho de caixinha. Mas tem que desencanar da sujeira, héim?
Outra coisa importante é assegurar, claro, que eles estejam confortáveis. Fralda limpa, roupas que não apertem, cinto bem ajustado, sem fome, sem sede. Atenção para o sol e claridade. Se possível, quando a criança já está inquieta e resistente ao carro, o melhor mesmo é evitar longos trajetos, horários de pico e trechos com grandes congestionamentos. Se possível, que tal evitar o carro? Sling, pé na estrada, metrô, ônibus. Ecológico, saudável e bem menos estressante para todos.
No desespero, acho que a melhor saída mesmo é parar o carro, tirar a criança da cadeirinha e acalmá-la um pouco. Tem dias que a gente realmente não está muito bem, né? Não tem jeito, as crianças também são assim, e convenhamos que essa rotina de quem enfrenta trânsito pesado diariamente é de acabar com o humor de qualquer pessoa! Bons passeios!
Aqui um site muito interessante sobre segurança no trânsito e na vida: Criança Segura
Imagem: www.gettyimages.com.br
Um comentário:
O que funciona muito pra minha filha é fazer algumas orações ao longo do caminho. Ela presta atenção e fica calma!
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