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Olhando a Lua Cheia que nascia entre as montanhas da bela paisagem de minha janela, senti-me grata pela grande transformação pela qual tenho passado nestes últimos anos com o nascimento do meu filho.
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Acredito que cada uma de nós somos arquitetas da construção de um novo mundo, criado com materiais mais leves e perfumados. Em um mundo em que a tecnologia impera e os mecanismos de busca cada vez mais precoces de doenças estão à disposição, fazemos um pré-natal com menos exames, mais massagens e curtição, podendo receber a surpresa do ser que está em nosso ventre. Ele pode ser de marte ou vênus, ou dos dois lugares, afinal nossos parteninhos e mamíferinhas são sementes de uma feminino e masculino que bailam em harmonia.
Não tememos abrir mão dos médicos do plano para viver um parto em que tenhamos voz ativa e sejamos donas de nossas escolhas. Nossos filhos são amamentados, desde de o primeiro minuto de vida e por muito tempo. Não ligamos para marcas de roupa e nosso maior legado são as brincadeiras que resgatamos de nossa velha infância. Com nossos filhos reinventamos nossos trabalhos e funções da mãe/mulher em casa. Nossos companheiros acompanham a nossa linda trajetória, descobrindo também sua nova função dentro de casa.
Esta revolução silenciosa pode parecer singela. Mas sempre me lembro da história que um ambientalista me contou.
Ele caminhava na praia e viu um pescador recolhendo algumas estrelas-do-mar que estavam lançadas na praia. Ele juntava a quantidade máxima que podia, ia ao fundo do mar e devolvia-nas para seu lugar de origem. O ambientalista disse ao pescador que ele não poderia salvar todas.
- Mas eu estou fazendo a diferença para essas, disse o pescador.
O ambientalista se uniu a tarefa, em pouco tempo muitas pessoas fizeram o mesmo.
Muita gente me pergunta se não tenho medo de criar um ser "estranho"no mundo, afinal ele não assiste televisão, mora no meio do mato, tem pai e mãe que trabalham em casa, não toma remédio, ouve mantras e música clássica, frequenta grupos de reiki e meditação. Minha resposta é que ele recebe a educação para o mundo que gostaria que ele vivesse: com mais cooperação e menos competição; com medidas que vão além da balança e fita métrica e sim com sorrisos e gargalhadas; seres que são treinados não para serem os mais inteligentes, super-dotados mas possuidores de uma segurança que lhe conferem uma alegria única.
Somos como este pescador e suas estrelas. Fazemos a diferença para algumas pessoas. E este movimento pode se multiplicar, infinitamente, até que na maioria dos leres estes laços de amor e respeito sejam resgatados e os indíviduos possam usufruir das belezas que Deus tão lindamente nos ofereceu.
Parabéns para cada uma de nós que faz parte deste movimento.
Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
3 comentários:
Esta revolução acompanho diariamente observando sua paciência e gentileza nos momentos mais difíceis.Parabéns. Do seu marido e admirador.
A maternidade/paternidade tb trouxe essa transformação aqui em casa. E a vontade de lutar por um mundo melhor, fazendo a nossa parte. E com isso a gente muda em várias instâncias, até no que não tem a ver diretamente com a criação dos filhos.
Ao mesmo tempo em que desanima ver os tantos pais que não tem essa consciência, que não se deixam transformar com a maternidade/ paternidade, é alentador saber que há muitos outros que está nessa luta. Acredito do fundo do meu coração que nossas crianças farão a diferença nesse mundo, e darão sua contribuição para que seja melhor para as gerações seguintes.
Beijo
Renata
Que bom fazer diferenças pra algumas estrelinhas, né?
Beijocas
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