É duro caminhar contra a corrente. Bom para exercitar, já diria Cazuza, mas não dá pra negar que é difícil. Ter todos os dedos apontados para você, ter que estar sempre a empunhar a bandeira em que se acredita, reafirmar suas opções, ouvir aquele caminhão de críticas, no mais das vezes infundadas e fruto de desinformação pura.
Quando a gente está certo do que quer e acredita, fica mais fácil dar as costas aos comentários dissonantes e seguir em frente, feliz da vida com a opção que se faz de coração aberto. Mas todos temos os nossos dias de fragilidade, de cansaço, e é nessas horas que a gente pensa "caramba, eu acho que fazer tudo como manda o figurino seria bem menos trabalhoso...".
Nas listas de discussão sobre parto e maternidade que frequento, a gente costuma falar muito sobre "sair da Matrix" (quem tiver visto o filme saberá do que estou falando). Resumindo, a idéia é passar a enxergar as coisas com mais clareza, afastar-se da segurança do lugar-comum, desgarrar-se da boiada e passar a pensar por si, questionando, indo atrás de informação, amadurecendo. Entender que há muito mais por trás do óbvio, e que se a questão é aprofundar-se e amadurecer as próprias visões de mundo, precisa muito trabalho, arregaçar as mangas e correr atrás do prejuízo.
A maternidade costuma ser uma bela oportunidade para essa mudança. Pra mim, foi. Eu nunca fui muito do tipo que vai com a maioria, mas depois que me tornei mãe, a necessidade de questionar, de tomar decisões conscientes e informadas, de agir de acordo com minhas próprias idéias e valores, mesmo que não fossem as da maioria, ficou muito mais forte.
Botar um filho no mundo, cuidá-lo, protegê-lo, embalar, ensinar, orientar, tudo isso é uma responsabilidade imensa. Pra mim, ter as minhas pimentas nos braços e vislumbrar a incrível tarefa que tinha pela frente, de apresentar-lhes o mundo e torná-las pessoinhas livres e conscientes, foi o divisor de águas a partir do qual me dei conta que, se eu não defendesse minhas idéias e valores, ninguém o faria por mim.
Eu não estou dizendo que se precise ir sempre contra o senso comum. A isso se costuma chamar rebeldia sem causa, e não é do que estou falando aqui. Eu estou falando em pensar por si mesmo e tomar as próprias decisões porque é o que lhe cabe melhor. Se existe nenhum, meia dúzia ou um milhão de indivíduos pensando igual a você, isso não tem a menor importância. O que importa é que seja a sua verdade, e você a esteja vivendo com convicção, e de coração aberto.
Infelizmente, no mundo em que vivemos hoje, é preciso mesmo coragem, dar a cara pra bater e juntar muita energia pra nadar contra a corrente quando se quer parir naturalmente, amamentar, cuidar dos filhos de forma mais humana, ter uma vida mais natural, mais harmônica, mais equilibrada, mais ecológica.
O bom é que, quando a gente encontra coragem para assumir as próprias opções, sempre acaba descobrindo que não estava assim tão sozinho quanto pensou que estivesse. Sempre acaba encontrando outros "malucos" por aí, outros "desajustados" nadando na mesma contra-mão que você.
E o mais bacana de tudo: na maioria das vezes, é nessa contra-mão que a gente encontra as pessoas mais interessantes!
Quando a gente está certo do que quer e acredita, fica mais fácil dar as costas aos comentários dissonantes e seguir em frente, feliz da vida com a opção que se faz de coração aberto. Mas todos temos os nossos dias de fragilidade, de cansaço, e é nessas horas que a gente pensa "caramba, eu acho que fazer tudo como manda o figurino seria bem menos trabalhoso...".
Nas listas de discussão sobre parto e maternidade que frequento, a gente costuma falar muito sobre "sair da Matrix" (quem tiver visto o filme saberá do que estou falando). Resumindo, a idéia é passar a enxergar as coisas com mais clareza, afastar-se da segurança do lugar-comum, desgarrar-se da boiada e passar a pensar por si, questionando, indo atrás de informação, amadurecendo. Entender que há muito mais por trás do óbvio, e que se a questão é aprofundar-se e amadurecer as próprias visões de mundo, precisa muito trabalho, arregaçar as mangas e correr atrás do prejuízo.
A maternidade costuma ser uma bela oportunidade para essa mudança. Pra mim, foi. Eu nunca fui muito do tipo que vai com a maioria, mas depois que me tornei mãe, a necessidade de questionar, de tomar decisões conscientes e informadas, de agir de acordo com minhas próprias idéias e valores, mesmo que não fossem as da maioria, ficou muito mais forte.
Botar um filho no mundo, cuidá-lo, protegê-lo, embalar, ensinar, orientar, tudo isso é uma responsabilidade imensa. Pra mim, ter as minhas pimentas nos braços e vislumbrar a incrível tarefa que tinha pela frente, de apresentar-lhes o mundo e torná-las pessoinhas livres e conscientes, foi o divisor de águas a partir do qual me dei conta que, se eu não defendesse minhas idéias e valores, ninguém o faria por mim.
Eu não estou dizendo que se precise ir sempre contra o senso comum. A isso se costuma chamar rebeldia sem causa, e não é do que estou falando aqui. Eu estou falando em pensar por si mesmo e tomar as próprias decisões porque é o que lhe cabe melhor. Se existe nenhum, meia dúzia ou um milhão de indivíduos pensando igual a você, isso não tem a menor importância. O que importa é que seja a sua verdade, e você a esteja vivendo com convicção, e de coração aberto.
Infelizmente, no mundo em que vivemos hoje, é preciso mesmo coragem, dar a cara pra bater e juntar muita energia pra nadar contra a corrente quando se quer parir naturalmente, amamentar, cuidar dos filhos de forma mais humana, ter uma vida mais natural, mais harmônica, mais equilibrada, mais ecológica.
O bom é que, quando a gente encontra coragem para assumir as próprias opções, sempre acaba descobrindo que não estava assim tão sozinho quanto pensou que estivesse. Sempre acaba encontrando outros "malucos" por aí, outros "desajustados" nadando na mesma contra-mão que você.
E o mais bacana de tudo: na maioria das vezes, é nessa contra-mão que a gente encontra as pessoas mais interessantes!
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Imagem: www.gettyimages.com.br
2 comentários:
E foi numa dessas braçadas contra a maré que encontro umas mulheres tão fodas como vcs, que escreverem umas paradas tão maneiras como essa.
Bom, muito bom!
PS: são 2h da manhã, e eu no lugar de ir dormir pra descansar a carcaça estou aqui, olha, vcs estão me viciando.
bjssssssssssssssssssss
Bem como eu me sinto.. rsrsrs
Ir contra a grande maioria da uma dor de cabeça danada.
Minha mãe acha que sou neurótica e que deveria parar de ler e pesquisar.. rs
Eu já falei pra ela que depois de tomar a pilula vermelha não tem mais volta ;)
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