por: Kalu
Quem nunca se apaixonou, atire a primeira pedra. O apaixonado só vê, fala, mostra o objeto de seu amor. São histórias banais que se transformam em acontecimentos formidáveis através dos olhos dos apaixonados. E o brilho nos olhos, o sorriso constante, as fotos no celular ou na carteira, na mesa do escritório, no papel de parede do computador.
Mesmo quem se vê diaramente, surge aquela saudade inesperada no meio do dia. O sorriso bobo que invade o rosto por lembrar de uma cena íntima. Os banhos juntos, a boca no peito, o carinho no rosto, as noites sem dormir, a saudade diária. São beijos, abraços, risadas. A vida que muda de foco e faz do outro a segunda pessoa mais importante da sua vida. Às vezes a paixão é tanta que a gente demora para entender que o outro nunca pode ser mais importante que a gente. Faz parte do aprendizado.
E esta paixão, quem diria, começa antes mesmo de vocês se conhecerem. Não sabe do que gosta, nem a cor dos olhos, do cabelo. Antes mesmo de seu olhar e o dele se cruzarem, a apaixão está lá, num misto de ansiedade e curtição. E a primeira vez que vocês se olham e tocam, o coração parece não caber dentro do peito. A vida fica mais colorida. É a paixão, sentimento sem explicação, começo meio e muito menos fim. Essa é uma paixão única, que o tempo não extingue. A cada dia nos apaixonamos mais e de maneiras diferentes. Acabam os banhos juntos, o peito na boca. Às vezes vem crises. Mas a paixão é infinita. Sempre há uma foto nova para mostrar para as amigas, uma cena para descrever. As noite que velávamos o sono se transformam em noite que esperamos ele chegar. E o tilintar da chave dissolve todas as preocupações.
Esta paixão é por ninguém menos que por nossos filhos. Somos loucas, babonas e até ridículas. Toda a carta de amor é ridícula, como diria Fernando Pessoa. Este sentimento esdrúxulo é o maior amor do mundo.
Feliz dia dos Apaixonados
Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
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