
por: Tata
Uma das coisas mais difíceis depois que os filhos nascem é conciliar todos os papéis que já exercíamos antes com essa função tempo integral, exaustiva, exigente e deliciosa: ser mãe.
Ser mulher, amiga, irmã, filha, profissional, 'serumana' (como diria uma espirituosa amiga) ao mesmo tempo é uma coisa. Agora, quando o 'ser mãe' entra na jogada, a coisa começa a complicar. Isso porque desde o primeiro momento em que se é mãe, desde a sementinha crescendo imperceptível dentro do ventre, a gente passa por uma trasformação inevitável e definitiva. Não dá mais pra deixar isso de lado pra fazer outra coisa. A gente passa a ter sempre esse 'bicho-mãe' permeando tudo, definindo o que a gente é o tempo todo.
Agora, é bacana perceber que isso não é necessariamente uma coisa ruim. Como a maioria das coisas na vida, tudo depende de como a gente encara.
A maternidade é uma trasformação poderosa na vida da mulher. Se vai ser para melhor ou para pior, isso só cada uma poderá dizer de si. Pra mim, eu não tenho dúvidas que foi uma trasformação pra lá de positiva. Eu sinto que, depois de ser mãe, eu ganhei em muitos aspectos. Tornei-me uma pessoa mais auto-confiante, mais responsável, mais segura, mais consciente. Adquiri coragem, força, energia para brigar pelo que acredito. Passei a ser mais tolerante, mais paciente, a aceitar as diferenças com mais boa vontade. Tornei-me mais generosa, menos egoísta. Aprendi a doar como jamais imaginei que poderia.
A questão aí é saber pegar esse pacote todo e transformá-lo, moldá-lo de uma forma bacana e transferir isso tudo para as outras áreas da vida, para as outras atividades que a gente exerce. Sacar que tudo que se aprende sendo mãe pode fazer de você uma mulher mais bacana, uma profissional mais competente, uma amiga mais compreensiva, uma filha mais carinhosa, uma irmã mais disponível, uma pessoa mais inteira, mais consciente.
O grande barato da vida é esse: a gente transformar cada nova experiência em oportunidade para aprender, melhorar e seguir em frente. É fácil? Não. Custa reorganizar os papéis? Ô, se custa!
Mas é possível, basta querer, ter o coração aberto e estar disposta a correr atrás de mudanças, sempre pra melhor, que é pra isso que a gente vem ao mundo: para sair com algo mais do que entrou. E não estou falando de 'algo' material, que isso é o que menos importa no final da história.
Ser mãe não faz da gente menos mulher, menos profissional, menos filha, menos qualquer outra coisa. Ser mãe não subtrai, não. Ser mãe só adiciona.
Ser mãe é ser mais, sempre.
Imagem: http://www.omundopenelopecharmosa.blogger.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário