Educar para a paz

por: Kalu

Um dia uma mãe perguntou para o grande líder pacifista Mahatma Gandhi, quando deveria educar seu filho. Gandhi perguntou qual a idade da criança.

- Seis meses, disse a mãe.

- Então você já perdeu seis meses.

Acredito que educamos nossos filhos com nossa presença. Crianças aprendem através da comunicação não verbal. Gestos, sons, rotinas são a forma como entendem como o mundo funciona. Muito embora a sociedade tenha colocado as mulheres no mercado de trabalho, obrigando que este cuidado com os filhos fosse terceirizado, podemos encontrar formas de passar mais tempo com nossas crianças.

Hoje temos a possibilidade de encontrar formas mais humanas de educar estes pequenos que serão o legado que deixaremos para o planeta. Cuidar para que eles possam cuidar. E todo amor, com qualidade, dado a eles será revertido na construção de uma sociedade de paz.

Na palestra do Dr. Ricardo Jones ele colocou um questionamento bastante interessante. Se tanta gente diz que a criança ficar no colo faz mal, que leite de peito é fraco, deve haver uma razão social e biológica para isso. O doutor disse que na sociedade espartana, os filhos eram tirados cedo de suas mães. Providos de amor, faz-se guerreiros. Da mesma forma toda nossa luta por permitir que nossos filhos nasçam de uma maneira natural, vivam próximos de nossos corações, carregados por sling, nosso esforço por desenvolver habilidades de exercer poder sem violência, é uma forma silenciosa de construir uma sociedade de paz.

Nossa presença constante, munidas de intuição nos convida ao novo fora de padrões. Sempre fui avessa à estas técnicas americanas para fazer uma criança feliz. Cada filho nasce com um manual, que é depositado no fundo do coração de sua mãe. Só podemos ouvir este comando único se silenciarmos a mente e as teorias e ouvirmos a voz interior.

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