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27 comentários:
Sabe o que é mais interessante? Estava eu conversando com uma amiga fã do blog quando relatei que, ao ver vídeos de parto, conclui que concordava com essa postura de que o parto é uma manifestação da sexualidade.
Ao ler seu texto, Kalu, me convenci ainda mais. Quando você diz "Se parto é sexo, muitos partos e não partos se assemelham a um estupro." é tão forte e, ao mesmo tempo, tão real. Penso que o medo de algumas mulheres em encarar um parto normal muitas vezes tem raízes no medo do estupro, de um sexo/parto sem gosto, cheio de dor e de traumas.
Dizer que é possível parir com esse misto de dor e prazer, sobre o qual vocês falam, é como dizer às nossas bisavós que sexo pode ser prazeroso, ou seja, soa como tabu, ultraje, demasiada ousadia.
Mas são justamente essas três palavras que atraem e, por que não?, excitam.
Parabéns pelo blog!
Kalu, eu gosto taaaaaaanto dos seus textos! Acho que nunca comentei antes, mas fico esperando os dias que vc escreve para vir correndo aqui ler tudo.
Tive o meu Pedro há 3 meses aqui na Holanda. Parto normal com algumas intervenções pois a bolsa estourou cedo e o parto durou mais de 36 horas, mas foram 24 horas de contracao sem anestesia e todo o processo da expulsao tb sem anestesia. Lembro claramente e com muito amor da sensacao do circulo de fogo e a dança da saída do Pedro. E ele nascer e vir direto para o meu seio, aonde ele ficou o tempo que quis, exames só foram realizados nele, com muito respeito, muito tempo depois dele nascer, e bem pertinho de mim. Tudo muito maravilhoso e respeitoso. Toda a minha gestacao foi acompanhada pelas doulas e elas ficaram comigo aqui em casa até a hora em que um pouco de intervenção foi recomendado por elas mesmas.
Tenho certeza que se eu estivesse no Brasil teriam me forçado uma cesária por acharem que eu já tinha "sofrido" demais.....
Enfim, achei barbara a comparação do parto com sexo, pois a sensaçao de bem estar, de "poderosa", de femea que senti depois do parto é mesmo a de um orgasmo, eu me sinto tao completa, tal abencoada por ter conseguido. E Pedro está aqui, mamando sempre que deseja, perndurado em mim todo tempo que deseja e eu nunca me senti tao bonita, poderosa e completa!
Parabéns pelos seus textos, eles com certeza dao muita coragem para as mulheres que querem tanto um parto natural.
Perfeito, Kalu. Vi o texto começar lá na lista... Feliz de vê-lo parido aqui!
A analogia do não-parto com o estupro é perfeita.
Escutei de uma amiga ontem:
"Não quero ter mais filhos, só pelo medo de passar por uma cesária de novo. Hoje estou com muita, muita dor (dois dias após a cirurgia) e me senti mal emocionalmente durante toda a cirurgia".
Infelizmente a gente tinha tido pouco contato durante a gravidez... não pude compartilhar tudo o que estou aprendendo na blogosfer materna.
Ela desejava muito um parto normal, tanto da primeira filha, como agora, do segundo filho.
Nas duas vezes foi enganada.... a filha foi a velha desculpa da circular de coradão.
Neste, "macrossomia fetal", porque o bebê tinha 4 quilos.
Realmente, tinha este peso, às 39 sem 4 dias, depois de muita luta dela para pelo menos adiar a hora da faca; mas nasceu comprido e magro. Teria escorregado que é uma beleza... A médica ficou fazendo o terrorismo de que a cabeça passaria, mas os ombros ficariam presos (a não menos clássica distócia de ombros, que um parto ativo, com mudança de posição resolveria). Triste...
“Se eu fosse mulher já teria, sei lá, pegado
em armas, porque é muita violência...
Ela vai para a maternidade e ou lhe fazem
um corte na barriga, desnecessário na maioria
das vezes, ou no períneo. De todo jeito alguém
vai atacá-la com uma faca”
A. Atallah, Centro Cochrane do Brasil
Muito interessante a analogia e vou te dizer que concordo.
Passei a gravidez inteira me sentindo plena no sentido sexual, sem nenhum problema ou neura.
Mas depois da tenebrosa cirurgia que me deixei submeter em meio ao TP, a sensação que eu sentia era de ter sido violentada mesmo. Lembro de ter usado essa palavra e causado horror naqueles que escutaram (e prontamente me censuraram), mas a verdade é essa mesmo. Muito, mas muito ruim física e sobretudo emocionalmente.
Bjão
Não apenas o parto é sexo como deveria ser visto como fruto do sexo numa boa. Se é visto assim o sexo: velado, fingido, sem prazer e vergonhoso, deveríamos ter vergonhas por tê-lo feito e ter, então, gerado filhos?
(Lembrem-se: há os xaropes que ficam babando ao ver mães amamentando e constrangem as mulheres, isso não é uma espécie de estupro também, de colcoar fim a um gesto de amor que é a amamentação no peito?)
Meus filhos são fruto de amor e não tenho vergonha de demonstrar a eles que amo e namoro o pai deles em pequenos gestos: abraços, carinhos, beijos na face... Por que esconder que o casal se namora?
Assim como eles gostam de ver como foi o nascimento deles em DVD onde há participação do papai, gosto que vejam que o pai participa da vida de toda a família como companheiro e namorado da mamãe.
Infelizmente entrei em trabalho de parto mas por 2 vezes fui submetida a cesariana para evitar sofrimento das crianças. Não tive dor nem durante, nem após os partos.
Mas sei de quem sinta tudo porque a anestesia não deu certo e a pessoa se sente dilacerada, rasgada, como ouvi relatarem.
Além de todas essas questões, dizem que mãe nasce instintivamente e mãe tem instinto mas não tem vivência e o primeiro filho não necessariamente é o que nasce sabendo sugar, nem o que de primeira aceita nossos cuidados.
Tudo isso mexe com o que pensamos sobre sermos mulheres.
Obrigada por provocar essas reflexões.
Beijo,
Ingrid
Kalu!
É bonita essa sua batalha pela pregação do parto saudável. É uma cruzada interminável, ufa! É incansável e insistente, portanto admirável, no mínimo. Como uma batalha precisa de armas, a linguagem apelativa é a sua. Por isso, e só por isso, é que lamento.
Talvez a linguagem apelativa, no título expressado com o emprego equivocado do verbo SER, seja justificada pelo discurso emocional da maternidade.
Dizer que parto é sexo é falácia. Como profissional da comunicação é sua obrigação saber disso, mas como mãe, e é essa a faceta que você descortina sem medo aqui, não.
Só penso que a mensagem (dela eu compartilho, sou sua cúmplice, tenha certeza), se é seu objetivo mesmo informar e conquistar adeptos, alcançaria uma amplitude maior se não pecasse pelo excesso. É como num texto anterior seu, que também comentei, que falava dos seus seios firmes como quando tinha 18 anos e da sua barriga durinha. Está escrito lá para quem quiser ler que isso se deve aos exercícios fisícos, aeróbico e de alongamento, que você pratica. Só que no fundo sabemos que há uma outra mensagem inferida no todo do discurso: "tenhos seios firmes e barriga durinha porque tive um parto natural domiciliar". Um discurso da e para a vaidade.
Sabemos que é uma minoria das mulheres que se saem bem de uma gravidez, com a beleza fresca e revigorada. Tem mais a ver com o trabalho psicológico de massagem reflexiva sobre o "eu, mulher" do que com o parto. Sei que fiquei bem, mas reconheço que sou minoria. Então, sinto que para que meu discurso sobre desmistificação do parto saudável seja ouvido por aquelas (a maioria) que saboream o lado amargo da gravidez - o da cesariana, ou do peito mole, ou da barriga cheia de estrias, ou do excesso de peso -, terá de ser um discurso que prime pela ponderação. Porque vou estar me aproximado de feridas, de dores profundas. O exagero deve ser de bom senso e ponderação. Porque são mulheres que sofrem, porque preocupo-me com o lado humano, porque sou humana o suficiente para reconhecer que pertenço a uma minoria. E porque quero que mais mulheres sintam-se bem depois de uma escolha consciente de parto e tornem-se melhores mães... Ora, que tenhamos melhores humanos (os filhos delas) no mundo! Esse é um/o mais válido propósito.
Dedique-se mais à conquista dos seus leitores sofridos. Eles são o seu público alvo, já percebeu? Você pode. Você tem o que lhes dizer. Você sabe como dizer de uma melhor maneira, que não essa.
Não é preciso abrir mão de um estilo. E não relfetir sobre esta crítica constitui uma contradição do seu discurso de "aprimoramento pessoal", tão divulgado por aqui.
Eu poderia simplesmente elogiá-la sem poréns, mas acredito sinceramente que é de leitores críticos que o mundo, principalmente a "blogosfera", precisa. Justamente porque vivemos na era da estupidez em tudo, obscuridade total de raciocínio.
Um grande abraço,
Michelle
Nao sdei se te ajudei na inspiraçao para o texto, mas para as outras que ainda nao leram, aí vai: http://partolandia.blogspot.com/2010/06/dicas-para-ter-um-parto-legal.html
Bjks
Kalu, que texto interessante!! E que lindo seu comentário "Ela"!! Foi isso que quis dizer algumas vezes em meus comentários, mas não consegui ser tão amorosa eclara quanto você foi neste comentário. Acho que foi uma imensa contribuição ao blog!!
Estes últimos 3 textos (sexta, sábado e domingo) foram inspirados. Parabéns meninas, e grata de coração pelo espaço mágico que vcs criaram!
Kalu, é muito bonito ver sua militância, dá mais ânimo de não desistir de nossaos sonhos e convicções.
Beijos
Malu
Michelle, você escreveu para a Kalu o que eu sempre quis escrever. Gosto da mensagem dos textos (tanto que sou leitora assídua há tempos), mas tenho muitas restrições quanto ao modo como a coisa é explorada, inclusive às revoltas contra opiniões que, querendo ou não, são de pessoas que a procuram porque a valorizam (sabia?). Parece mesmo que as coisas e as mães são muito mais felizes, nessa condição, quando têm partos naturais (muito caros), quando se alimentam com produtos integrais e orgânicos, meditam e são antroposóficas. Isso, para mim, são rótulos, e rótulos mostram apenas algo muito superficial sobre o produto, são aparência. Sei também que essa não é a intenção de Kalu, mas é a mensagem central que seus artigos veiculam; o problema é de origem textual. Na minha opinião, as palavras precisam ser "modalizadas". Zíper na barriga ou perereca frouxa, fico com a mulher, que é mãe mesmo apenas quando é capaz de colocar e criar no mundo alguém que seja "gente", sem o peso de zíperes ou pererecas e nas dores e delícias de suas decisões, acertadas ou não... Beijos Kalu e Michelle
Kalu, adorei o texto e acho que parto e sexo tem tudo a ver, assim como mãe e fêmea selvagem.......
Eu sou muito doce e meiga, mas eu sou muito mais selvagem!!!!!
Só para completar:
Meu primeiro parto considero um estupro, uma violência para as que consideram isso um termo mais leve.
Mas acho que temos que parar de pegar leve, porque o mundo não pega leve com a gente. Cada um com seu papel. TEm mulheres que vão ler esse texto da Kalu e vão entender realmente do que ela esta falando. TEm outras que irão se ofender. Não acho que a Kalu tem que pegar leve não, eu particularmente não gostei de um texto dela falando sobre ser perua, não me identifiquei, mas tudo bem, nem por isso falei para ela: não escreve isso porque me ofendeu. Tudo tranquilo, viu gente, só contribuindo saudavelmente para a discussão!
Michele, concordo demais com você! E acho que é uma crítica construtiva, respeitosa e que só tem a acrescentar no trabalho da kalu.
Como ciatdo no livro "As brumas de Avalon", "Todas as mulheres são irmãs diante da Deusa".
Boa percepção!
Beijos a todas!
Camila.
Eu tô falando que um dia vão oferecer anestesia e procedimento crurgico para a remoção do hímen das mulheres e ninguém acredita!!!
Clap, clap, clap! Lindo texto Kalu, estou sem palavras. Você disse tudo!
Parabéns amiga literária!
Mais uma vez virão os comentários, reclamações e queixumes. E também aplausos, reverências e concordâncias. A vida é feita de dualidades, de diferenças e por isso mesmo de tantas coisas boas. Eu tive parto natural e não custou nada financeiro, foi pelo SUS, mas custou meu envolvimento e dedicação. Assim como caminhar, se alongar e correr não custa dinheiro, mas custa muito se envolver e batalhar pelo que se quer. Fácil demais sentar no lado vítima da história e falar "mas eu não tenho dinheiro, eu moro longe, eu não tive dilatação"... Pois faço coro com a mulherada e com Janete Balaskas: EU APÓIO O PARTO ATIVO, e mais, eu apóio a vida ativa! Mas vamos combinar que assumir posturas e suas consequências não é para qualquer uma, né?! Bjs poderosos, bruxa! Daphne, doula de BH/MG
Kalu, maravilhoso seu texto. Nossa sociedade vulgariza o sexo e, consequentemente banaliza o parto. Estou em busca do meu VBAC e espero, do fundo do meu ser, que seja lindo, que me abra sexualmente e que origine o orgasmo mais intenso e puro que jamais senti!
Beijos
Genial o post, Kalu! Coloquei o link no facebook.
Estou há quase dois meses tentando escrever meu relato de parto que vai muito por essa linha. E fica difícil escrever sobre esse assunto depois do seu texto: está tudo aí! Mais fácil assinar embaixo.
Já falei sobre esse assunto no meu blog, mas não conseguir me expressar tão perfeitamente Kalu.
Parto é sexo? Claro que é! Mas só quem pariu com prazer pode entender isso...
Você choca com as palavras as vezes, mas nesse texto achei que foi perfeita! Soube bem falar, de forma clara e objetiva.
Meus parabéns!
beijo
Kalu,
Lembra que te falei outro dia na lista que um post deste poderia dar mais repercussão que o “Cesárea não é parto”, pois é isto aí. Falar sobre assuntos tão delicados e cheios de tabu como esses mexem com as pessoas, e nem sempre trazem reflexões construtivas, infelizmente.
Vc foi mais uma vez exata em suas colocações, nem mais, nem menos. Parabéns!!!
Na próxima convenção das bruxas colocamos estas discussões no caldeirão.
Bjkas nos pés,
Carol da Luna e de mais uma anjunhA no ventre
Chris - Exatamente, Chris, da mesma forma como falar em sexo e prazer para as nossas bisavós era tabu, imoralidade, falar de parto natural é igualmente chocante. Falar de prazer no parto natural é quase como pedir para ser queimada. Quase como desafiar a inquisição dizendo que a Terra é redonda ou que gira ao redor do sol. Obrigada pela visita e comentário.
Pati – Que maravilha saber que você gosta dos meus textos e lindo seu comentário. Realmente quando experimentamos essa face pura de nós nos sentimos lindas, com ou sem amquiagem. Não é fora, algo se reencontrou dentro de nós.
Talita – Como disse o pequeno príncipe: as vezes é preciso tolerar 2 ou três lagartas para fazer nascer a consciência. Daqui a pouco sua amiga verá (ou não) que a questão não é ter ou não mais filhos, mas a importância das escolhas corretas. Se ela chegar a esta consciência conseguirá em muitos pontos de sua vida expandir-se.
Beta – Só quem pode mensurar o tamanho da sua dor é você. Tenho certeza de que, em outras instâncias vc saberá tomar as rédeas da sua vida. Esse é o poder do trabalho interior. Parabéns pelo seu.
Ingrid – A cesárea dói emocionalmente mais do que fisicamente. A dor física é anestesiada com vários medicamentos. A via de parto não resume a maternidade. O instinto não nasce necessariamente no parto. Em cada etapa da vida da criança podemos buscar o aprimoramento dentro daquilo que somos capazes de elaborar. As cesáreas já se foram. O importante é trabalhar para retomar a consciência dos processos que levaram a tais (ou não se não for sua hora). Refletir é fundamental. Parabéns por refletir sempre e pelo comentário.
Michele – Talvez minha maneira de escrever pareça apelativa. Não é essa intenção. Meu único objetivo é escrever aquilo que minha experiência me trouxe. Esta causa é para mim linda. A ela me dedico horas numa ONG que aborda o tema, para este blog, no meu trabalho como doula. Não é só palavra, não é só apelação. É ação. Para mim, parto é sexo. Não sou para. Afinal, quem sou eu neste mundo além de uma alma que busca constante aprimoramento? Para Michel Odent (e outros que ainda não conheço) Parto é Sexo. Para outros, um bebê é apenas um produto conceptual que pode ser extraído em sua maturidade fetal. Não é falácia. É escolha. Eu escolho aqueles autores, pessoas e vivências que me parecem coerentes com minha vida. E aqui tenho a liberdade de deixar meu diploma na gaveta e escrever com o coração. E que felicidade sinto em saber que consegui mudar a vida, nem que seja de uma mulher. (Acredite: algumas me leram e sentiram meu coração além dos rótulos e falácias e deram guinadas nas suas histórias).Talvez peque mesmo pelo excesso. Mas eu não consigo ser diferente. Eu não penso, elaboro meus textos. Eles nascem. Esse, por exemplo, nasceu em uma lista de discussão chamada partonosso. A discussão gerou o texto. Foi escrito sem intenção de ser um post do mamíferas. Ele foi fruto da minha vontade de compartilhar minhas experiências.
Como profissional da comunicação sei que cada um lê o que quer. Aquele texto a que você se refere tem o sentido de dizer: amamentei por 3 anos e continuo com seios durinhos. Tive parto naturale com meu esforço recuperei minha forma física. Parto natural não quer dizer abrir mão da vaidade, do trabalho para ser só mãe. Admiro que o faz. Mas não é meu caso. Usei argumentos comuns para mostrar que o natural e ecológico pode ser bonito, dentro de padrões de beleza convencionais.
“Sabemos que é uma minoria das mulheres que se saem bem de uma gravidez, com a beleza fresca e revigorada. Tem mais a ver com o trabalho psicológico de massagem reflexiva sobre o "eu, mulher" do que com o parto.”
Talvez você não tenha lido que meu processo se deu depois de 3 anos que me tornei ma~e. Eu fiquei 15 kgs acima do peso. Com barriga flácida. Mas fui atrás, nunca deixando de lado o que considero importante (amamnetar, estar com meu filho). Mas equilibrando outras facetas de mim.
“preocupo-me com o lado humano, porque sou humana o suficiente para reconhecer que pertenço a uma minoria”.
Michele, a maioria opta por cesáreas pelos motivos mais egoístas do mundo. A maioria volta a malhar com filho pequeno (6 meses). A maioria se preocupa mais consigo mesma do que com seus filhos. Desmamam cedo para terem liberdade. Eu sou humana de acolher a mulher que lutou por um parto e teve uma cesárea por limites dela ou da equipe. Ou a mãe que esta sofrendo para amamentar. Nãos ei quantas vezes deixei minha casa para ajudar estas mulheres. Porque isso sim é humano. E mais ainda dizer: vc pode ir além da sua dor. Elabore sua experiência. Passar a mão na cabeça e dizer: o importante é que mãe e bebê estão bem. Isso não é para mim. Deixo para a maioria.
Michele, já escrevi muitos textos para os sofridos. Como Que se curem as cicatrizes que falo das mulheres que passaram por cesárea. Ou sobre a importância de elaborarmos nossas experiências. Mais uma vez você me julga com fragmentos. E isso é realmente desumano.
Tenha certeza que refleti muito sobre o que você escreveu e agradeço de coração. Principalmente porque sua colocação abriu espaço para outras pessoas dizerem o que pensam de mim!
de mim!
Dydy – Pensei que a discussão da partonosso, que vc ficou caladiinha é que tivesse te inspirado. Foi no início da semana e seu texto foi colocado na quarta. Meu dia é sexta, mas a idéia já estava parida e divulgada na lista bem antes do seu texto.
Malu – Não entendi se você espera que minha militância seja mais branda, mais acolhedora, ou continue, oras oferecendo colo, oras limites.
Livia – Como disse cazuza, soa as mães são felizes. Ou profundamente desesperadas. Se voc~e é nossa leitora sabe que contamos de coisas difíceis da maternidade. Discordo que partos naturais sejam caríssimos. Pelo menos o meu não foi. Mil reais mega dividido. Se não tivesse esse dinheiro, pariria de graça no Sofia Feldman, Hospital do SUS aqui de BH. Mas o que realmente acredito é que qd realmente queremos algo, fazemos acontecer. Trocamos por serviço, vendemos rifa. Sei lá. Conheço mil histórias assim. Meditar é de graça. Ser antroposófico é ver o mundo de outras formas (a maioria dos livros que comprei foram em sebos ou baixados gratuitamente). Dizer que é rótulo é que é um rótulo. É pegar fragmentos por você escolhidos e rotular alguém. Talvez eu precise aprender a modalizar as palavras. Mas na verdade, acredito, que quando modalizamos demais deixamos de imprimir força a elas. Talvez esteja enganada. Você realmente leu o post da Perereca Frouxa? Ele dá dicas de como trabalhar o erínio e desmitifica uma das causas pelas quais as mulheres optam por uma cesárea eletiva (medo de ficar larga ou com a perereca frouxa). Quando coloquei a foto dizendo que minha barriga não tem Ziper foi para mostrar que hj 90% das usuárias de plano de saúde fazem cesárea como fosse a coisa mais normal do mundo. Para mim não é. Precisar da cirurgia é uma coisa. Escolher uma cirurgia como via de nascimento, ao meu ver, é alienação de N processos (inclusive essa vertente sexual). Eu fico com as mães, sempre, aquelas que vencem seus medos, vão além, se questionam e não aceitam verdades batidas.
Carol – Menina dos bebês puladores. Você é uma super, hiper mulher selvagem. Quero poder estar com minha câmera a postos para registrar o seu próximo parto. Admiro muito você, que fez do “estupro” um caminho para a sacralização do nascimento. É difícil agradar Gregos e baianos. Carol, aquele texto que escrevi foi para mostrar que é possível fazer escolhas aparentemente convencionais em um mundo mamífero. Afinal muitas mulheres deixam de amamentar com medo que o peito caia. Eu amamentei por 3 anos. Quando me senti acima do peso, fiz dieta, investi em um plano de corrida (grátis). Mas fiz estas escolhas quando meu filho já tinha 3 anos para não prejudicar a amamentação. Muito obrigada por seu comentário.
Camila Morais – Obrigada por seu comentário. Somos iguais, homens, mulheres e crianças diante da experiência de Deus/Deusa. Somos seres em crescimento.
Ju - Eu também acho. Tem remédio para tudo, não é? 21 de junho de 2010 11:21
Silvia – Amada irmã, filha da Deusa. Amo suas viagens literárias.
Daphne – Disfarça mulher. Vão descobrir nosso caso ideológico (kkkkk). Beijos nos pés.
Lu – Eu desejo realmente, que vc curta cada contração, que se entregue a dor, ao prazer, a força do seu corpo. Desejo um orgasmático VBAC. Que como num bom sexo, seja saboreado do começo ao fim.
Renata Dias Gomes: Escreva seu relato. Cada parto é único, cada impressão ajuda a construir o caleidoscópio. E este espaço é seu para divulgar o nascimento de sua mulher selvagem.
Rosana Oshiro - “Parto é sexo? Claro que é! Mas só quem pariu com prazer pode entender isso...”. PERFEITO. Vou pensar mais sobre chocar com as palavras.Obrigada pela visita e comentário.
Carol – espero que este texto não caia em comunidades pró-cesárea. Pq não quero mais responder a ataques pessoais. E estarei lá registrando sua face selvagem. Espero a próxima convenção das bruxas. Beijos nos seus pés e nas suas anjinhas.
Dydy – Pensei que a discussão da partonosso, que vc ficou caladiinha é que tivesse te inspirado. Foi no início da semana e seu texto foi colocado na quarta. Meu dia é sexta, mas a idéia já estava parida e divulgada na lista bem antes do seu texto.
Malu – Não entendi se você espera que minha militância seja mais branda, mais acolhedora, ou continue, oras oferecendo colo, oras limites.
Livia – Como disse cazuza, so as mães são felizes. Ou profundamente desesperadas. Ou as duas coisas (voto nessa). Se você é nossa leitora sabe que contamos de coisas difíceis da maternidade. Discordo que partos naturais sejam caríssimos. Pelo menos o meu não foi. Mil reais mega dividido. Se não tivesse esse dinheiro, pariria de graça no Sofia Feldman, Hospital do SUS aqui de BH. Mas o que realmente acredito é que qd realmente queremos algo, fazemos acontecer. Trocamos por serviço, vendemos rifa. Sei lá. Conheço mil histórias assim. Meditar é de graça. Ser antroposófico é ver o mundo de outras formas (a maioria dos livros que comprei foram em sebos ou baixados gratuitamente). Dizer que é rótulo é que é um rótulo. É pegar fragmentos por você escolhidos e rotular alguém. Talvez eu precise aprender a modalizar as palavras. Mas na verdade, acredito, que quando modalizamos demais deixamos de imprimir força a elas. Talvez esteja enganada. Você realmente leu o post da Perereca Frouxa? Ele dá dicas de como trabalhar o erínio e desmitifica uma das causas pelas quais as mulheres optam por uma cesárea eletiva (medo de ficar larga ou com a perereca frouxa). Quando coloquei a foto dizendo que minha barriga não tem Ziper foi para mostrar que hj 90% das usuárias de plano de saúde fazem cesárea como fosse a coisa mais normal do mundo. Para mim não é. Precisar da cirurgia é uma coisa. Escolher uma cirurgia como via de nascimento, ao meu ver, é alienação de N processos (inclusive essa vertente sexual). Eu fico com as mães, sempre, aquelas que vencem seus medos, vão além, se questionam e não aceitam verdades batidas.
Carol – Menina dos bebês puladores. Você é uma super, hiper mulher selvagem. Quero poder estar com minha câmera a postos para registrar o seu próximo parto. Admiro muito você, que fez do “estupro” um caminho para a sacralização do nascimento. É difícil agradar Gregos e baianos. Carol, aquele texto que escrevi foi para mostrar que é possível fazer escolhas aparentemente convencionais em um mundo mamífero. Afinal muitas mulheres deixam de amamentar com medo que o peito caia. Eu amamentei por 3 anos. Quando me senti acima do peso, fiz dieta, investi em um plano de corrida (grátis). Mas fiz estas escolhas quando meu filho já tinha 3 anos para não prejudicar a amamentação. Muito obrigada por seu comentário.
Camila Morais – Obrigada por seu comentário. Somos iguais, homens, mulheres e crianças diante da experiência de Deus/Deusa. Somos alma em crescimento.
Ju - Eu também acho. Tem remédio para tudo, não é? Excelente comparação.
Silvia – Amada irmã, filha da Deusa. Amo suas viagens literárias.
Daphne – Disfarça mulher. Vão descobrir nosso caso ideológico (kkkkk). Beijos nos pés.
Lu – Eu desejo realmente, que vc curta cada contração, que se entregue a dor, ao prazer, a força do seu corpo. Desejo um orgasmático VBAC. Que como num bom sexo, seja saboreado do começo ao fim.
Renata Dias Gomes: Escreva seu relato. Cada parto é único, cada impressão ajuda a construir o caleidoscópio. E este espaço é seu para divulgar o nascimento de sua mulher selvagem.Obrigada pela visita e divulgaçaõ.
Rosana Oshiro - “Parto é sexo? Claro que é! Mas só quem pariu com prazer pode entender isso...”. PERFEITO. Vou pensar mais sobre chocar com as palavras.Obrigada pela visita e comentário.
Carol – Espero que este texto não caia em comunidades pró-cesárea. Pq não quero mais responder a ataques pessoais. Náo vejo a hora de estar lá registrando sua face selvagem. Espero a próxima convenção das bruxas. Beijos nos seus pés e nas suas anjinhas.
Oi Kalu, que legal que vc respondeu! =)
Eu não espero nada sobre sua militância, ela é como deve ser, vem do seu coração. Mas acredito que seria mais "eficiente" se se aproximasse da dor dos outros com mais "cuidado". Não acho que assim a militância perca força, pelo contrário.
Vejo essa agressividade/raiva de algumas mulheres aqui ("não sou menos mãe e afins") como um sinal de que isto e tão, mas tão doloroso pra elas, que ainda estão numa camada mais superficial, bem longe de poder olhar para a ferida. E nesse ponto, algo direto, enfático, um tapa na cara...só faz a "casca" ficar ainda mais forte e difícil de penetrar - aumenta a resistência.
" (...) em primeira instância, (a resistência) é uma força positiva, e isso deve ficar claro: crescemos resistindo. Daí que a resistência deve sempre ser respeitada.
Há dois motivos muito fortes para isso: primeiro, porque é uma energia valiosa;e, segundo, porque toda resistência é feita para resistir, portanto, atacá-la é a melhor morma de consolidá-la, fortalecê-la.
Um indivíduo 'defendido' espera ser atacado, portanto, nada melhor a fazer para justificar suas defesas, sua visão paranóica da vida, do que agredi-lo"
Mas esta é apenas a minha opinião, e é claro que não desejo que vc mude nada baseada na minha opinião. Apenas desejo que vc conheça a minha opinião, como mais uma para refletir. Acho que vc tb deseja refletir, não? A menos que não se importe em atingir essas mulheres que escolheram cesária por motivos egoistas, voltam a malhar cedo, etc. Se for assim, realmente todo este meu comentário perde o sentido.
De qualquer forma, apesar de qualquer comentário crítico, saiba que ADORO seus textos, e que vc e as outras meninas não têm idéia do quanto este blog influencia minha vida. Por ele existir, agradeço muito a vocês. Vcs são um pouco "minhas mães" também.
Beijos,
Malu
Obs: o texto citado é de Alejandro Spangenberg, no livro "Terapia gestáltica e a inversão da queda"
Malu - Vocë não sabe o quanto os comentários que recebo neste blog, as listas, me ajudaram. De verdade, quando algumas pessoas dizem a mesma coisa é bom ouvir. Tentarei, sem deixar de ser eu mesma,a colher mais. MAs eu não tenho esperança de atingir estas mães que fazerm cesárea pelos motivos egoístas. Posso alcançar as que foram engandas por seus médicos, que cederam em nome da família. Mas aquelas que acham que é "legal" fazer cesárea para fazer unha, acbelo, aquelas que deixam de amamentar para ter liberdade, estas eu não tenho esperança de nada. Bem da verdade, acho que elas nem nos leem. Por isso retiro a responsabilidade de acolhê-las. Mesmo porque a incosnciência faz a vida ficar indolor. Aquelas que sentem dor, elas tem meu colo, sempre, que pretendo manifestar em palavras. Não sempre, pq foi a verdade nua e crua, sem doçura que me fez mudar o caminho antes de me lançar no abismo. Fico imensamente feliz em saber que somos suas ma~es, que fazemos refletir. Isso faz com que vá dormir pensando: valeu a pena.
Kalu querida!
Mesmo estas mulheres egoístas leem sim!!Não peço que tente acolhê-las, é uma escolha sua. Mas sinto tããão fortemente que estas mulheres também sofrem,nós não enxergamos o sofrimento pois a casca é muito grossa, e muito menos elas enxergam que sofrem. Mas eu acredito!Pelo que vivo, pelo que já estudei para ser psicóloga, pelo que meu coração diz.
Não acredito em vida indolor. Estamos conscientes da dor em diferentes graus - sorte (e esforço) daquelas que sentem que têm estrutura para olhar para essa dor e fazer as pérolas.
Beijos! E durma muito tranquila, pois seu trabalho é valioso demais, não tenha dúvida.
Malu
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