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Ontem passei o dia no Hopi Hari, parque de diversões aqui de São Paulo, com meu pequeno e meus amigos. Já tinha ido antes ao parque, mas nunca com o Samuel. Não conhecia bem as opções para crianças nem tinha certeza se o programa não seria cansativo demais para ele, mas foi ótimo e por isso venho hoje deixar algumas dicas pra quem quiser aproveitar o passeio com os pequenos. Dividi por tópicos para facilitar as explicações.
Alimentação
A primeira dica é a de levar na bolsa, de preferência uma bolsa térmica, algumas opções de lanchinhos para as crianças. Nas nossas mochilas levamos sanduiches caseiros, sucos de caixinha, barrinha de cereais, iogurte, frutas e biscoitos, isso tudo além de garrafinhas de água, claro. As opções de lanche no parque são muito fracas: só fast foods, muito caras e as lanchonetes estão sempre lotadas com filas imensas. Ruim demais! Em compensação há muitos bebedouros com água fresca onde é possível manter as garrafinhas sempre cheias.
Para a principal refeição do dia recomendo o Saloon na região de Wild West. Não é a melhor comida do mundo, mas dá pra comprar uma carne grelhada com arroz, franguinhos do tipo "nuggets" e cachorro quente. Impossível escapar das batatas fritas! Fique atenta aos horários de show no Saloon pois é possível almoçar acompanhando um show no estilo Velho Oeste que empolga as crianças e diverte os adultos, deixando o almoço bem mais agradável.
Brinquedos
A maior parte dos brinquedos é feito para crianças com pelo menos 1 metro de altura. Sugiro acessar o site do parque para verificar a altura recomendada de cada atração.
Como o parque estava muio cheio privilegiei levar o Sam nas atrações mais clássicas como roda gigante (Giranda Mundi), carrossel (Giranda Pokotó), carrinho de bate-bate (Vanbatê) e afins. A vista da roda gigante é maravilhosa, o carrossel é bem gostoso e o bate-bate uma diversão, ne?
Atenção com o Hotel mal assombrado. Apesar de estar classificado como "atração familiar" e de parecer bem bobinho para os adultos, o percurso de carrinho no escuro passando por fantasmas, vampiros e demônios pode assustar os menores. Samuel se empolgou muito pra ir, queria ver os fantasmas de todo jeito, mas morreu de medo lá dentro e eu me arrependi de ter concordado, rs.
Outras atrações
Samuel adorou os personagens que passeavam pelo parque. O tema de férias do Hopi Hari é Alice no País mais divertido do mundo, portanto a todo momento encontrávamos personagens do cenário Alice como o Coelho, o Gato, o Chapeleiro (que desejava a todos um "feliz desaniversário"), a Rainha Louca e a própria protagonista, claro. Todos muito bem caracterizados e muito simpáticos com as crianças e os adultos. Muito legal!
Não conseguimos nos organizar com os horários para acompanhar as apresentações teatrais nem a parada com os personagens, mas acho que essas também são boas opções para as crianças e vale a pena ficar atenta para não perder essas atividades.
O que mais levar
Pegamos uma chuva imensa que veio de repente e literalmente não tínhamos pra onde correr. Os lugares abrigados estavam distantes de onde estávamos e lotados de pessoas e as tendas não seguravam a água que caía com vontade. Ficamos encharcados.
Claro que eu tinha uma roupa pra trocar o Samuel, mas não tinha uma pra mim e fiquei molhada até o fim do dia. Sugiro levar uma mochila impermeável (mesmo que não chova, algumas atrações como o Rio Bravo e o Splashi molham pra valer), trocas de roupas para todos (roupa completa para os pequenos, e pelo menos uma camiseta para os adultos), sacolas plásticas para guardar as roupas molhadas, guarda chuva ou capas de chuva e uma toalha pequena (faz falta, acredite, rs). Um agasalho para o fim do dia pode fazer a diferença.
Se você pretende deixar a criança brincar no Chabum (é irresistível, acredite), é legal levar roupa de banho também, assim eles já entram de sunguinha ou de maiô no brinquedo e você não precisa se preocupar com roupas molhadas sem ser pela chuva.
Não esqueça também de levar protetor solar, óculos escuros, boné, máquina fotográfica e celular (é muito fácil se perder quando o grupo por algum motivo se divide e muito dificil de se encontrar depois).
Na entrada, vá preparada para abrir a mochila: eles revistam todo mundo. Ah, compre os ingressos pela internet. Os preços são melhores e você consegue evitar as filas imensas da bilheteria na porta. Crianças até 3 anos, 11 meses e 29 dias não pagam. (não esqueça os documentos da criança)
Última dica: se possível, vá de carro. O parque tem ônibus que fazem a viagem para São Paulo, mas o parque é imenso, o dia é cansativo para todos e nada melhor do que estar com seu próprio carro e não depender de condução na hora de ir embora. Ah, o estacionamento é pago: R$ 20. Preste atenção onde deixa o carro, pois o lugar é gigantesco.
Em resumo, vale muito a pena a visita. O lugar é muito agradável, bonito, (o mundo do Velho Oeste e a área destinada às crianças rendem fotos lindas), as crianças curtem, tem várias opções para os adultos que curtem atrações mais radicais (eu escolhi ficar mais com o Samuel enquanto meus amigos foram nos brinquedos mais "fortes"), e o passeio é uma delícia. Recomendadíssimo...
Serviço:
Hopi Hari
Rod. dos Bandeirantes, km 72 - Vinhedo - São Paulo. Telefone: 0300-7895566.
Passaporte com direito a usar todos s brinquedos: R$ 49,90 (antecipado) e R$ 59,90
Grátis para crianças até 4 anos e maiores de 65 anos. Informações sobre dias e horários de funcionamento: consulte o site.
Imagens: Arquivo pessoal
Eu não lidei muito bem com a notícia da gravidez em um primeiro momento. Como poderia, se cada pessoa que ficava sabendo parecia que havia descoberto que eu tinha um tumor maligno crescendo em meu ventre? Conto nos dedos de uma mão as felicitações sinceras que recebi, de pessoas iluminadas que encararam o fato como a benção que é, mas a grande maioria das pessoas que me cercam viam minha gravidez como um erro. Aliás, eu cheguei a ouvir isso diretamente: “Poxa, você é tão inteligente, como pôde vacilar desse jeito?” “Esse erro vai atrapalhar teu futuro”.
E olha que eu nem engravidei muito nova, não. São casos e mais casos de adolescentes grávidas, meninas de 13, 14 anos tendo filhos, enquanto eu, do alto dos meus 21 anos à época da gravidez seria considerada velha pra ter o primeiro filho no séc. XIX.
Hoje, filhos parecem ser um mimo reservado a quem pode criá-los, financeiramente falando. Hoje, filhos são um investimento, e um investimento alto se formos levar em consideração plano de saúde, enxoval, escola particular, inglês, natação... não acaba mais! Isso tudo para garantir que ele tenha dinheiro o suficiente para devolver o investimento quando estivermos decrépitos e incapazes de nos sustentar sozinhos...
Pra quem pensa desse jeito, meu filho foi um erro. Que sorte grande ele tirou por ter vindo para uma mãe que não liga a mínima pra essas coisas! Eu não posso comprar um carrinho cheio de apetrechos, mas levo meu filho juntinho de mim no sling. Eu não posso comprar a fórmula artificial mais cara da farmácia, mas meu peito está sempre a disposição do meu pequeno. E todo o meu amor é dado de graça pra ele, coisa que eu nunca vou cobrar de volta, porque é dele e somente dele.
Se eu fiquei triste por ter perdido a bolsa de estudos? Claro! Mas as fronteiras diplomáticas do Brasil não estão fechadas, o que me impede de tentar novamente?
Imagem: www.gettyimages.com.br
Assim que engravidei do meu primeiro filho, corri na internet para buscar informações sobre o parto. Eu sabia que todo mundo fazia cesárea, mas achava que bastava querer, e o parto normal seria possível com qualquer médico do convênio. Foi duro perceber que a realidade era outra, que as coisas não funcionam como a gente imagina. Na verdade, hoje em dia quem quer um parto normal tem uma longa estrada pela frente, e quem pensa que pesquisar, se informar, ir atrás de uma equipe humanizada é besteira, vai cair na faca sem dó nem frescura. É assim a realidade, nua e crua.
O que sempre escuto quando se fala em parto normal é a respeito da dor. Essa é a referencia que temos, tanto pelas historias trágicas que as pessoas insistem em falar para as grávidas, como as imagens de mulheres sofrendo horrores em novelas e jornais. Mas acreditem, o parto não precisa ser assim, ele não deve ser assim, ele pode ser uma experiência maravilhosa, transformadora. Muitas mulheres chegam a comparar os partos com orgasmos, e faz sentido, a enxurrada de hormônios que são liberados nesse momento deixam a gente fora de órbita, extasiada. É uma experiência enriquecedora, que só quem sentiu sabe como é.
No parto do Léo, eu entrei nas listas de discussão da internet, li livros, mas lá no fundo sempre que eu pensava na hora do parto, na dor... isso me apavorava. Mas ao invés de aceitar isso e tentar trabalhar esse medo, eu o negava. No parto do Léo, mais do que dor, senti pavor. Além disso, não havia entendido a importância de ter uma doula, então passei a madrugada sozinha, tentando lidar com as contrações, na verdade brigando com elas, e acredito que assim, lutando contra o meu corpo, o trabalho de parto estacionou. Aplicaram ocitocina, e depois anestesia.
Decidi que o parto da Bruna seria diferente. Então comecei a fazer yoga, a ir nas reuniões sobre parto, decidi vivenciar mais e descobrir o que tanto eu temia, até que em um determinado momento já não pensava mais na dor, eu aceitei e decidi me entregar em cada contração. E quando perdi o tampão, cada vez que vinha uma contração eu fechava os olhos e deixava ela vir. Eu, que tinha planejado um parto hospitalar quase tive um domiciliar porque não consegui perceber o momento que as contrações entraram no ritmo. Quando eu vi, já estava de 5 em 5 minutos e corri pro hospital, cheguei com 10 cm de dilatação, e em 20 minutos a Bruna nasceu. Ok, ok , ok, eu devia ter ficado em casa. Mas estava tudo tão tranqüilo que eu jurava que ainda ia demorar muitas horas.
A dor faz parte do processo. Tem mulheres que sentem mais, outras menos. Ela vem e dura no máximo um minuto, e depois disso ainda temos 5 minutos de descanso, não é algo interminável. É o seu corpo trabalhando, dilatando para receber seu filho. Com a Bruna, quando atingi a dilatação total a dor simplesmente sumiu, e eu perguntei... acabou??? Mas ela não nasceu... e minutos depois, veio a vontade de fazer força e pronto, terminou. Já não existia mais dor, só a felicidade de estar com ela nos braços.
Nosso corpo é muito inteligente. Se o deixarmos trabalhar naturalmente, é liberado um hormônio chamado endorfina, que funciona como um anestésico natural. Existem varias maneiras de atenuar a dor: massagens, florais, banheira, respiração, sentir-se seguro, amparado, ter alguém por perto que a gente confie, caminhar, respeitar o tempo da mulher, suas vontades.
O que eu aprendi é que o grande problema é o medo. E quando temos conhecimento do que vai acontecer, esse medo desaparece, por isso a informação é tão importante. É um momento único, especial tanto para mulher como para o bebê. Vamos vivê-lo com intensidade, curtir cada momento, estar inteira, consciente, passar por cada fase, e tenho certeza que será a melhor experiência de sua vida.
Permita-se, dê essa chance a você e ao seu bebê!
Imagem: http://www.hospedageminteligente.com/luzmaterna/