por: Tata
Eu, como rata de literatura que sou (chequem minha descrição, na barra lateral), gosto muito de ler com minhas filhotas. Já falei disso aqui, várias vezes. Desde bem pequenininhas, é um momento que elas curtem muito, e eu também. São inúmeras as histórias que já nos divertiram, emocionaram, envolveram.
Agora, elas com 5 anos, crescendo a olhos vistos, virando cada vez mais pessoinhas cheias de personalidade, começam a aparecer muitas questões, e acho bem bacana quando encontramos um livro que trata de alguma delas com humor, delicadeza, simplicidade. Sem didatismo chato, sem ser exageradamente explicativo. Criando uma historinha bacana, que conquista, pra falar de um assunto que a criança vivencia em casa, e na vida de todos os dias.
Um desses livros, e um que aliás gosto bastante, é "Quando Mamãe Virou Um Monstro", de Joanna Harrison, editado pela Brinque-Book. O livro conta a história de uma mãe com dois filhotes que um belo dia, cercada de bagunças e coisas a fazer, e cada vez mais cansada por não dar conta de tudo enquanto os filhos, naturalmente, só querem saber de brincar e se divertir, passa por uma estranha transformação. Aos poucos, a mamãe vai ganhando orelhas pontudas, mãos cheias de pelos, com dedos grossos e unhas compridas, um enorme rabo verde, cabelos desgrenhados... a mamãe vira um monstro, que bufa e solta fogo pelas ventas!
Falando assim, parece assustador. Mas não se preocupe, o livro não vai traumatizar o seu pequeno(a). Eu e minhas meninas já lemos algumas vezes, e elas sempre se divertem muito. Vão apontando, eufóricas, cada pequeno detalhe da transformação da personagem, que vai aparecendo sutilmente nas ilustrações. E quando mamãe finalmente vira um enorme monstro verde... elas gargalham, divertidíssimas, constatando a um só tempo o imenso absurdo da situação, e o quanto ela se aproxima de coisas que vivemos em casa, de vez em quando.
Todas as mães ficam cansadas, irritadas, sem paciência, todas nós chegamos perto do limite de vez em quando. É natural, é humano. E eu acho bem bacana apresentar essa questão para as crianças de maneira lúdica, divertida, bem-humorada. Acompanhando a historinha, eles, que normalmente estão totalmente envolvidos com o lado de ser criança - porque é o que são! - , podem compreender o outro, perceber que há do lado de lá alguém que, ainda que seja adulto, crescido, é uma pessoa como eles, que também tem suas necessidades, sentimentos, e... limites.
Eu gosto especialmente da cena em que a mãe, exausta, já com pés, cabelos, nariz, rabo e pés de monstro, abandona-se na poltrona e se lamenta pelo ponto a que chegou. É o momento em que os filhos se solidarizam, aproximam-se da mãe, compreendem seus sentimentos, estendem-lhe a mão, oferecem carinho em forma de ajuda e empatia.
Depois que lemos esse livro pela primeira vez, não foram poucas as vezes que ouvi das filhotas: "ihhh, acho que a mamãe tá virando monstro!!", quando percebem que estou irritada com alguma coisa. E como as crianças do livro, elas maneiram na bagunça, esforçam-se para me ajudar do jeito que podem, e assim posso deixar de ser monstro, e voltar a ser uma 'mamãe bem legal'.
E eu também aproveito, entro na brincadeira, e quando a situação está ficando complicada, uso a história como artifício: 'ih, eu acho que a mamãe vai virar monstro já já...'. Longe de se sentirem ameaçadas, elas riem, me dão um abraço gostoso que nenhum monstro jamais mereceria, e todas podemos continuar o que estávamos fazendo, de um jeito mais leve, com a colaboração geral.
Então, fica aí a dica. A recomendação do site da Brinque-Book é para crianças maiores de 6 anos, mas as minhas começaram a demonstrar curtir e entender a história quando tinham pouco mais de 4. Pra quem quiser saber mais sobre o livro, é só dar uma olhadinha aqui.
E vocês, já viraram monstro alguma vez??
Agora, elas com 5 anos, crescendo a olhos vistos, virando cada vez mais pessoinhas cheias de personalidade, começam a aparecer muitas questões, e acho bem bacana quando encontramos um livro que trata de alguma delas com humor, delicadeza, simplicidade. Sem didatismo chato, sem ser exageradamente explicativo. Criando uma historinha bacana, que conquista, pra falar de um assunto que a criança vivencia em casa, e na vida de todos os dias.
Um desses livros, e um que aliás gosto bastante, é "Quando Mamãe Virou Um Monstro", de Joanna Harrison, editado pela Brinque-Book. O livro conta a história de uma mãe com dois filhotes que um belo dia, cercada de bagunças e coisas a fazer, e cada vez mais cansada por não dar conta de tudo enquanto os filhos, naturalmente, só querem saber de brincar e se divertir, passa por uma estranha transformação. Aos poucos, a mamãe vai ganhando orelhas pontudas, mãos cheias de pelos, com dedos grossos e unhas compridas, um enorme rabo verde, cabelos desgrenhados... a mamãe vira um monstro, que bufa e solta fogo pelas ventas!
Falando assim, parece assustador. Mas não se preocupe, o livro não vai traumatizar o seu pequeno(a). Eu e minhas meninas já lemos algumas vezes, e elas sempre se divertem muito. Vão apontando, eufóricas, cada pequeno detalhe da transformação da personagem, que vai aparecendo sutilmente nas ilustrações. E quando mamãe finalmente vira um enorme monstro verde... elas gargalham, divertidíssimas, constatando a um só tempo o imenso absurdo da situação, e o quanto ela se aproxima de coisas que vivemos em casa, de vez em quando.
Todas as mães ficam cansadas, irritadas, sem paciência, todas nós chegamos perto do limite de vez em quando. É natural, é humano. E eu acho bem bacana apresentar essa questão para as crianças de maneira lúdica, divertida, bem-humorada. Acompanhando a historinha, eles, que normalmente estão totalmente envolvidos com o lado de ser criança - porque é o que são! - , podem compreender o outro, perceber que há do lado de lá alguém que, ainda que seja adulto, crescido, é uma pessoa como eles, que também tem suas necessidades, sentimentos, e... limites.
Eu gosto especialmente da cena em que a mãe, exausta, já com pés, cabelos, nariz, rabo e pés de monstro, abandona-se na poltrona e se lamenta pelo ponto a que chegou. É o momento em que os filhos se solidarizam, aproximam-se da mãe, compreendem seus sentimentos, estendem-lhe a mão, oferecem carinho em forma de ajuda e empatia.
Depois que lemos esse livro pela primeira vez, não foram poucas as vezes que ouvi das filhotas: "ihhh, acho que a mamãe tá virando monstro!!", quando percebem que estou irritada com alguma coisa. E como as crianças do livro, elas maneiram na bagunça, esforçam-se para me ajudar do jeito que podem, e assim posso deixar de ser monstro, e voltar a ser uma 'mamãe bem legal'.
E eu também aproveito, entro na brincadeira, e quando a situação está ficando complicada, uso a história como artifício: 'ih, eu acho que a mamãe vai virar monstro já já...'. Longe de se sentirem ameaçadas, elas riem, me dão um abraço gostoso que nenhum monstro jamais mereceria, e todas podemos continuar o que estávamos fazendo, de um jeito mais leve, com a colaboração geral.
Então, fica aí a dica. A recomendação do site da Brinque-Book é para crianças maiores de 6 anos, mas as minhas começaram a demonstrar curtir e entender a história quando tinham pouco mais de 4. Pra quem quiser saber mais sobre o livro, é só dar uma olhadinha aqui.
E vocês, já viraram monstro alguma vez??
Imagem: www.brinquebook.com.br
8 comentários:
Tata, eu ACABEI de comprar esse livro! Hahahaha... Tem tipo, 1 hora que eu recebi uma promoção por e-mail da brinquebook e comprei o livro por um preço bem abaixo do normal, comprei para meu sobrinho, porque a mãe dele perde sempre a paciência e vira "monstro", achei que seria uma maneira bacana dele lidar com isso. Agora tenho certeza que é!
Beijos
Oi, há poucos dias além de virar monstra, fui chamada de diabinha, idiota e bruxa pela minha pequena de 6 anos, o que me levou a postar sobre o papel dos pais nos contos de fada... Geralmente bundas-moles e mães praticamente inexistentes, né, já que as madrastas têm mais poder e até glamour...
Tem dias que penso que estou me transformando na Malévola da Bela Adormecida da Disney... Mas justo nesses gostaria de ser a Fada Azul que não se altera e continua paciente e falando baixo com o Pinóquio contando mentiras rasgadas...
Hoje é um desses dias, me sinto acabada infelizmente e, embora conheça esse livro de longa data, tua dica me fez lembrar de voltar a ler com a Larissa.
Obrigada, beijão!
Ingrid
Adorei. Vou comprar!
Minha filha já me viu estressada, claro! E quando isso acontece digo que é o meu lado bruxa-má tomando conta de mim, e por isso grito, fico brava! Ela acha engraçado e até brinca: - papai não irrita mamãe que ela vira bruxa-má, viu? - didaticamente...
Abraços,
Mariana
Você bem sabe que gêmeos exigem paciência em dobro, né? Aqui em casa, na maioria das vezes funciona dizer que a mamãe tá muito triste porque estão fazendo bagunça ou porque estão brigando. Na hora eles começam a me dizer, "fica feliz, mamãe. Dicupa, tá bom?". Em seguida, me abraçam e me beijam.
Mas as vezes não dá pra controlar mesmo, principalmente com as famosas birras e acabo me transformando em mamãe monstra e louca(risos).
Quando tiverem mais idade vou ler o livro com eles. Valeu a dica, Tata.
Beijo,
Tassiana
Oi Tata,
Valeu mais esta dica, fui no site e me deliciei com as opções, fiz até uma listinha dos livros que servem para 2 anos, idade das minhas meninas. Este da mãe-monstro já dei de presente para filha de uma amiga e na época certa também vou ler para as minhas, pois qual a mãe que não vira monstro de vez em quando? Se tiver gêmeos, então, rsrsrs.
Beijos
Ainda não virei mãe monstra com o Gui porque ele tem só seis meses mas já virei esposa monstro inúmeras vezes assim como funcionária monstro, filha monstro!!! Gostei da dica do livro vou procurar
Adorei a dica!!
É engraçado que quando estou no processo de mutação, o Gabriel, na sabedoria dos seus 7 anos, sugere umas das técnicas aprendidas em suas aulas de ioga na escola:
-Mãe, tõ vendo que vc tá meio estressada, sabe o quê!?
Cheira a flor e assopra a vela umas 3 vezes!! kkkk
Acho essa ótima!!
Obrigada pela dica do livro e do site. Bom ler os comentários e ver que perder a cabeça de vez em quando é normal... apesar de arrasador... eu fico devastada e acontece bem mais do que eu gostaria.
Acho super importante mesmo nossos pequenos aprenderem que somos humanas, temos nossos limites tb. Evita o endeusamento excessivo dos pais, né?
[]'s
Postar um comentário