por: Tata
Minhas filhas são apaixonadas por livrinhos. Se estão as duas em silêncio, é só chegar pé ante pé, e é batata: lá estão sentadinhas no sofá ou na poltrona, cada qual com seu livrinho apoiado no colo, folheando com cuidado e solenidade, quase como quem está prestes a desvendar todo um novo universo - e não é que estão mesmo?
Eu, que sou rata de leitura e vivo com um livro de baixo do braço pra lá e pra cá, acho que naturalmente passei essa paixão pra elas, já que desde que elas eram bem pequeninhas já tinham seus livrinhos, nessa época cheios de cores e formas, texturas e outras características que atraem os pequeninos bem pequeninos. Sempre levamos elas a livrarias (e hoje em dia é bacana, porque todas as grandes livrarias têm um espaço para os pequenos, almofadões pra você sentar e ler junto com a criança, muitas vezes até contação de estórias e outras atividades bem interessantes), sempre curtimos sentar em casa e 'ler' junto com elas. Nunca vi isso como uma "intelectualização precoce", pelo contrário. Era um momento de pura ludicidade, de pura troca, era dividir com elas algo que me fascina e apaixona desde que entendo por gente.
Hoje, é a gente chegar perto e elas já vem com um livrinho na mão, decididas: "lê!!". É o maior barato. E já memorizam as estórias, muitas vezes completam as frases, fazem comentários, interagem, não é uma coisa passiva.
Eu acho que a leitura, mesmo quando ela é ainda mais uma atividade de interação do que qualquer outra coisa, é importantíssima para o desenvolvimento da criança. Assim como a contação de estórias. É uma oportunidade da criança exercitar sua imaginação, sua capacidade de abstração, é uma porta aberta para a fantasia, para transportar-se a outros mundos, coisas tão bacanas e fundamentais na vida de um serzinho tão aberto, uma pessoinha em desenvolvimento, tão desejosa de descobrir, apalpar, conhecer.
Eu me lembro com muito carinho dos livrinhos da minha infância. Eu, como uma criança extremamente imaginativa e sonhadora que fui, 'viajava' junto com as estórias, ia longe, a fantasia era pra mim um prazer imenso. Lembro-me de forma muito vívida de um livrinho que tive - devia ter aí pelos meus sete, oito anos - em que a personagem principal fechava os olhos e começava uma viagem pelo espaço. Lembro-me igualmente da sensação mágica de enfiar-me debaixo da cama, fechar os olhos e flutuar pelo meu espaço imaginário. São experiências que não têm preço, e que a gente guarda pra sempre aconchegadinho, bem no fundo do peito. E a gente aprende demais com elas, porque fantasiar é mergulhar dentro de si, escarafunchar nos seus cantinhos buscando matéria-prima para o sonho.
Eu espero que as minhas meninas guardem muito boas lembranças dos nossos momentos de leitura. Tento sempre passar pra elas o prazer de embarcar na fantasia, faço vozes, interpreto, não economizo, embarco na estória. É uma entre tantas oportunidades que minhas pequenas me oferecem de voltar a ser criança, e ver o mundo através dos seus olhos, tão inocentes, tão disponíveis, tão cheios de poesia.
É que no fundo, bem lá no fundo, eu continuo sendo aquela menina enfiada debaixo da cama, fechando os olhos para flutuar pelo espaço.
A diferença é que agora eu tenho duas lindas menininhas, flutuando de mãos dadas comigo.
Eu, que sou rata de leitura e vivo com um livro de baixo do braço pra lá e pra cá, acho que naturalmente passei essa paixão pra elas, já que desde que elas eram bem pequeninhas já tinham seus livrinhos, nessa época cheios de cores e formas, texturas e outras características que atraem os pequeninos bem pequeninos. Sempre levamos elas a livrarias (e hoje em dia é bacana, porque todas as grandes livrarias têm um espaço para os pequenos, almofadões pra você sentar e ler junto com a criança, muitas vezes até contação de estórias e outras atividades bem interessantes), sempre curtimos sentar em casa e 'ler' junto com elas. Nunca vi isso como uma "intelectualização precoce", pelo contrário. Era um momento de pura ludicidade, de pura troca, era dividir com elas algo que me fascina e apaixona desde que entendo por gente.
Hoje, é a gente chegar perto e elas já vem com um livrinho na mão, decididas: "lê!!". É o maior barato. E já memorizam as estórias, muitas vezes completam as frases, fazem comentários, interagem, não é uma coisa passiva.
Eu acho que a leitura, mesmo quando ela é ainda mais uma atividade de interação do que qualquer outra coisa, é importantíssima para o desenvolvimento da criança. Assim como a contação de estórias. É uma oportunidade da criança exercitar sua imaginação, sua capacidade de abstração, é uma porta aberta para a fantasia, para transportar-se a outros mundos, coisas tão bacanas e fundamentais na vida de um serzinho tão aberto, uma pessoinha em desenvolvimento, tão desejosa de descobrir, apalpar, conhecer.
Eu me lembro com muito carinho dos livrinhos da minha infância. Eu, como uma criança extremamente imaginativa e sonhadora que fui, 'viajava' junto com as estórias, ia longe, a fantasia era pra mim um prazer imenso. Lembro-me de forma muito vívida de um livrinho que tive - devia ter aí pelos meus sete, oito anos - em que a personagem principal fechava os olhos e começava uma viagem pelo espaço. Lembro-me igualmente da sensação mágica de enfiar-me debaixo da cama, fechar os olhos e flutuar pelo meu espaço imaginário. São experiências que não têm preço, e que a gente guarda pra sempre aconchegadinho, bem no fundo do peito. E a gente aprende demais com elas, porque fantasiar é mergulhar dentro de si, escarafunchar nos seus cantinhos buscando matéria-prima para o sonho.
Eu espero que as minhas meninas guardem muito boas lembranças dos nossos momentos de leitura. Tento sempre passar pra elas o prazer de embarcar na fantasia, faço vozes, interpreto, não economizo, embarco na estória. É uma entre tantas oportunidades que minhas pequenas me oferecem de voltar a ser criança, e ver o mundo através dos seus olhos, tão inocentes, tão disponíveis, tão cheios de poesia.
É que no fundo, bem lá no fundo, eu continuo sendo aquela menina enfiada debaixo da cama, fechando os olhos para flutuar pelo espaço.
A diferença é que agora eu tenho duas lindas menininhas, flutuando de mãos dadas comigo.
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Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
2 comentários:
Eu também amo ler, e espero algum dia quando tiver filhos (se Deus me der esse dom), poder passar para eles o amor pela leitura. Porque quem começa a ler cedo e aprende a gostar de ler, quando cresce se interessa também mais pelo estudo, pelo saber. E acaba tendo o caminho estudantil muito facilitado.
Parabéns pelas suas meninas, são lindas!
Ola !
Meu filho Matheus tambem faz a mesma coisa! Quando a casa esta em silencio e eu vou procura-lo esta la ele sentado com um livrinho na mao! Aqui onde moro as bibliotecas publicas tem a hora da leitura e as criancas tem seu proprio cartao da biblioteca. Acho o maximo! Pena que no Brasil livros sao bem caros e os infantis nem se fala. Mas eh assim mesmo , como sempre, nos temos que superar os obstaculos para poder dar algo melhor para nossos filhos.
adorei o blog Parabens!
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