por: Kathy
Outro dia me pediram um post sobre ser "mãe solteira", rs. É engraçado esse termo, não me dá exatamente uma boa impressão ouví-lo, quase chego a sentir pena da expressão e, por tabela, da coitadinha da moça que é descrita por ela. Eita, mas pera aí! Essa moça sou eu! rs...
Não é fácil ser a tal da mãe solteira aí em cima. Acho que o principal problema é não ter com quem dividir tudo: partes boas e ruins. Eu falo do dia-a-dia mesmo, porque nem mesmo o mais perfeito de todos os pais do mundo consegue estar presente o tempo todo sem morar com os filhos. É impossível e há, certamente, grandes perdas nisso, pra todos os envolvidos.
Por outro lado, é gostosa a tal da autonomia, ser mãe autônoma, como gosto de dizer. Claro que muitas coisas são discutidas junto com o pai do Sam, mas como ele não está com a gente o tempo todo, eu acabo tendo que tomar a frente e "decidir" por nós, mesmo porque não dá pra telefonar pra consultar o pai sempre que tenho que escolher algo para o Samuel ou mesmo responder a alguma coisa que ele me questiona, por exemplo. No geral, portanto, as coisas acabam sendo feitas "do meu jeito".
Uma coisa que acho interessante é que o Sam tem a oportunidade de conviver com várias "referências" masculinas: o pai dele, o meu pai, com quem a gente mora, e meu namorado, com quem ele acaba convivendo por mais tempo do que com o próprio pai, muitas vezes. Ele tem uma ligação muito forte, amorosa e legal com o meu pai, também tem um carinho imenso e uma forma toda especial de conviver e se relacionar com meu namorado, isso além do imensurável amor e carinho com o pai dele. Acho importante essa convivência com esses três homens diferentes e noto no Samuel os reflexos do convívio com cada um deles, nas suas diferentes visões de mundo.
Já falei antes sobre isso aqui, mas vamos novamente: acho importante que o Sam me veja feliz, assim como vê o pai dele feliz. Nós nos damos bem, temos um convívio tranquilo e pro Samuel isso é importante. Me lembro de ver algumas vezes meus pais brigando e discutindo e de como era ruim a sensação de vê-los daquela forma, de sentir o ambiente de casa pesado, aquele mal estar que pairava por dias. Aqui em casa, definitivamente, isso não acontece. Temos nossas diferenças sim, mas diante do Samuel a convivência sempre foi pacífica, tranquila, divertida até, já que eu e o pai dele nos conhecemos super bem e gostamos de brincar um com o outro, de deixar o convívio leve e divertido.
Tenho quase certeza de que não conseguiríamos manter um convívio tão tranquilo e saudável estando casados, por exemplo. Não sei se conseguiríamos evitar as brigas diante do Sam e certamente isso não seria nada legal pra ele. Tenho orgulho de dizer que meu filho nunca presenciou discussão ou bate-boca de qualquer tipo aqui em casa, seja entre eu e o pai dele, ou entre eu e qualquer pessoa, ou seja, a casa pra ele certamente é uma referência de um lugar tranquilo, sem violência, sem agressão, sem brigas, como tem que ser.
E aqui vai uma opinião que não está diretamente ligada à maternidade, mas que reflete no meu estado de espírito e, portanto, no meu relacionamento com meu filho: Claro que estar casada tem muitos lados legais, mas acho interessantíssimo estar solteira também. Ter namorado, convenhamos, é muito diferente do que ter marido. Lidar com a rotina de um casamento, com os problemas, com a convivência diária é muito mais estressante do que lidar com a rotina de um namoro.
Claro que às vezes eu sinto falta de ter alguém dormindo do meu lado na cama todos os dias, de dividir tudo, mas querem saber? Em outras dessas noites eu penso que é bom demais poder continuar a dormir sozinha, rs. Por enquanto estou longe da idéia de casar de novo, certamente ainda vou querer curtir minha autonomia em mais alguns anos de solteirice.
É isso, meninas, não sei exatamente quantas de vocês também são ou já foram uma dessas "mães solteiras" como eu, mas gostaria muito de saber de vocês os lados bons e ruins da solteirice. E então, quem começa a falar?
8 comentários:
Ah, eu sei bem como é ser mãe "autônoma"... fui por 10 anos...
Olha eu já estou me pós-graduando na missão de ser mãe autonoma. Mesmo quando vivia com o pai da minha filha, sempre fui eu que tomei todas as decisões e a frente da educação dela. Ele nunca foi de participar muito, apesar do meu esforço.
Hoje em dia estou namorando com ele, mas assim, cada um no seu canto. No dia-a-dia mesmo sou só eu e minha filha (e será assim com o próximo que virá também), e sinceramente eu prefiro assim! O casamento pra mim sempre foi muito mais estressante do que o namoro ou a solteirice. Sempre me questionam se não é complicado cuidar de 1 criança (ou 2 agora) sozinha, mas pra mim ter o marido em casa era como ter uma criança a mais. Era muito mais trabalho e estress pra mim que acabava tendo que dar conta dessa galera toda sozinha hahaha
viva a autonomia!
Beijos!
Fácil, sem dúvida, não é o melhor verbo para ser conjugado nesta missão de ser "mãe solteira", ou mãe autônoma como vc bem disse.
Quando engravidei da Clarice já estava separada do pai dela, então desde sempre foi tudo comigo mesmo, e só comigo. Quando ela nasceu o pai se mostrou super presente, participativo, mas depois dos 40 dias de "resguardo", as visitas foram rareando, e hoje, por exemplo, ele está de férias e viajando. A Clarice o vê como uma visita, como se fosse o padrinho dela, por exemplo.
Todas as decisões, cuidados e responsabilidades são minhas, incluindo as financeiras. Tudo parece que tem o dobro da dificuldade e, sinceramente, não sei dizer o quanto disso é positivo ou negativo pra Clarice, que aliás, está com 10 meses de idade.
Sempre acreditei que seria muito melhor pra ela ver o pais separados, mas felizes, do que junto e se odiando. E é assim que espero que ela cresça, com a referência de não precisamos nos amar para amar a ela.
Kathy ameii esse termo Mãe autônoma!!! Rsssss... Tb não acho que Mãe solteira seja um termo legal de usar!!! Me separei quando meu filho tinha 2 anos... Sei que os filhos são mais felizes qd nos vêem felizes e concordo plenamente com isso!
Mas acho que todo casal briga, toda família tem discussões, tem desavenças e acho que mostrar isso pros nossos filhos é saudável, claro que uma briga de ponto de vistas e não de agressões (nem físicas, nem verbais...)... Entendes???
Existem mães solteiras, existem mães autônomas. Eu era praticamente uma mãe solteira, mesmo estando casada kkk... Agora sou uma mãe autônoma e descasada!!
Às vezes é difícil, naquele febrão no meio da madrugada é mto bom ter alguém pra dividir a responsabilidade. Mas às vezes é bem mais fácil não ter de lidar com os humores do pai diariamente...
Acho q no fim, o importante é mesmo mostrar para a criança q ela é amada, e pronto.
Aurea querida, super interessante esse post! eu não sou mãe autônoma, mas vou palpitar... rs. eu ia dizer exatamente o que a Ana Carolina disse aí em cima. acho q discussões, uma briguinha de vez em qdo, faz parte da rotina de um casal. acho difícil uma convivência de verdade sem um desentendimento de vez em quando. e não vejo mal q os filhos saibam q isso existe. claro q desde q não ultrapasse a barreira do respeito mútuo, q não haja agressão... mas é saudável a criança ver que nem tudo são flores. eu acho. senão qdo essa criança crescer e for ter um relacionamento, na primeira briga/discussão/desentendimento com o parceiro, vai achar q o mundo acabou...
bjo
Oi meninas!
Só explicando essa questão das brigas e discussões, acho que não ficou muito claro, mas eu me referia mesmo àquelas discussões que envolvem desrespeito mesmo, aquelas discussões onde rolam ofensas, gritaria, em que as pessoas realmente se descontrolam, esse tipo de coisa.... Não desentendimentos normais do dia-a-dia, ok??
Beijocas!
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