Sempre ouço esta máxima: não sou menos mãe porque não tive meu parto normal, porque não amamentei meu filho, porque não tive leite, porque deixei chorar, porque contratei uma babá para cuidar dele etc.
Este tipo de comentário me parece uma defesa para algo que ainda tem uma cicatriz ou estranhamento de confronto com uma realidade absolutamente diferente. No mundão de meu Deus, a boiada não questiona os motivos das cesáreas e algumas até preferem "se livrar" da dor.
Não se informam e, de fato, não faz diferença para elas o modo como os filhos chegarão ao mundo, se vão ou não ficar em alojamento conjunto, se tomarão ou não vitamina k, nitrato de prata e mil outras intervenções. Bem da verdade é que elas nem sabem o que acontece, se são procedimentos necessários ou não. O diferencial está nos enxovais e carrinhos, entre outras coisas que se pode comprar rapidamente na esquina. Afinal, todo mundo sobrebiveu com isso, para que tentar o diferente?
São mulheres que não buscam informações para amamentarem seus filhos e na dor da amamentação "a tal pega errada" desistem e dão uma mamadeira. Ou nem amamentam para o peito não cair. Se orgulham que os filhos dormem a noite toda sozinhos. Encontram profissionais afim com suas mentalidades: meu filho não estava engordando por isso demos NAN. Não buscam uma segunda opinião. Outras ainda contratam uma babá/enfermeira para passar a noite com o bebê para que possam ter uma boa noite de sono. A maioria nem sabe que NAN é leite de vaca.
A grande maioria educa com tapas e gritos e acha que ninguém morreu com isso, que trauma todo mundo passa.
Estas mulheres realmente não são menos mães. Elas oferecem o que tem para oferecer. Elas não se permitem questionar o que está estabelecido na sociedade e dentro de si mesmas. Seguem um passo de uma boiada que caminha na mesma direção seguindo os desejos de um mundo capitalista.
Conheço histórias lindas de mulheres que depois de uma ou duas cesáreas conseguem seu parto normal humanizado. Mulheres que peitam a família e no segundo filho trocam de pediatra porque aquele outro mandou dar chazinho e papinha com 3/4 meses. Elas sabem da importância do aleitamento exclusivo até 6 meses e prolongada até quando "quiserem" e superam a si mesmas. Muitas mães trabalham o dia todo, gastam tempo a tirar leite no trabalho para que seus pequenos não precisem beber leite de outro animal. Mulheres que mesmo cansadas, com mais filhos, não acham que é normal deixar o bebê chorar para aprender a consolar-se. Mulheres que repensam suas vidas e abrem mão de um trabalho das 8h às 18h, para ficar mais tempo com a criança, valorizando o que é essencial: a presença.
Definitivamente me sinto caminhando em direção contrária, como muitas de vocês. Não sou mais mãe porque pari meu filho em casa, porque o amamento até hoje com 2 anos e meio ou porque nunca o deixei chorando a noite para conquistar a minha noite de sono. Mas sou melhor do que eu mesma, porque sei que estas conquistas são fruto de uma dedicação intensa e transformadora.
Só eu sei como tive que enfrentar os fantasmas de nunca mais conseguir trabalhar, ou os monstros de que algo acontecesse de errado no parto em casa. Só eu sei o quanto me superei quando não ouvi a voz do diabinho dizendo: dá uma chupeta para ele não chorar? que tal uma mamadeira para ele dormir mais? E hoje sei que sou melhor do que eu era, porque segui minha intuição, destrui todas as referências comuns de maternagem para buscar a minha própria, mais humana e natural.
Sempre lido com olhares reprovadores quando saco o peito e amamento uma criança que anda e fala ou quando defendo o não uso da chupeta, a importância da febre. São as informações e a minha intuição que me fortalecem para seguir contra a boiada, a vir aqui dar a cara a tapa para defender o que eu acredito com a profundidade do meu ser. Não é fácil se sentir uma ET a maior parte do tempo, mas vale a pena.
Eu nunca pensei em ser mãe, mas quando Deus me concedeu a dádiva desta tarefa, eu busquei o melhor que tinha para oferecer, que é parte da construção do meu ser. E acredito que cada mâe faça o mesmo.
Para a grande maioria seguir o que se tem de referência é o único caminho e quando se defrontam com uma realidade diferente, se defendem. E sempre com a mesma frase: não sou menos mãe... E a história recomeça.
Foto: Paula Lyn
26 comentários:
Muito obrigada, Paula, senti-me fortalecida por meio de seu texto para andar no contra-fluxo e quebrar referências, crenças, etc. Tem sido difícil às vezes para mim não contar com a compreensão de algumas opções que fiz: não deixar assistir televisão e preferir atividades em que estejamos juntas (eu e a minha filha, Maria Eduarda); levá-la para a minha cama à noite quando acorda para que se sinta acalentada, aconchegada; não contratar folguista aos domingos, etc Todas essas escolhas não me fazem mais mãe, mas, com certeza, tornam-me mais pessoas. Gostaria de ouvir sobre a febre e a importância de respeitá-la. Fica aí a idéia.
Carinho,
CM
Superverdade! Tem dias em que a gente quase endoida de tanto ver absurdos, tipo, gente que dá tylenol p/ criança ir dormindo numa viagem :O e por aí vai... mas o bom é saber que não estamos sozinhas nessa! Belo texto!
Oi Kalu!
Realmente não é fácil ser uma mãe diferente da boiada nesse mundo atual. Como a Tata disse há alguns posts atrás, existem tantos palpiteiros de plantão que se a gente não está se auto-observando e realmente escutando nosso ser vamos com "Raimundo e todo mundo"... é complicado nadar contra essa maré de equívocos, mas se a gente tem esse firme propósito a gente consegue.
Achei linda uma frase de uma moça num comentário aqui no blog, num post sobre o não respeito com as crianças, dizia mais ou menos assim: "vamos começar a tratar a pessoa que mais amamos como a pessoa que mais amamos!".
Se há amor, há dedicação... quem ama cuida! ;)
Beijinhos,
Lívia mamãe do anjo Uriel (13 meses)
Oi Kalu! Belo texto!
Mas eu não, sabe. Eu não consigo "consolar erro". Eu não consigo dizer pra uma mãe, que sabe que poderia fazer diferente, que ela não é menos mãe, e que pode ficar tranquila.
Se errou até agora, então agora que já sabe deixou de ser inocente, mude!
Pois sabe aquela frase: Errar é humano, mas assim já é burrice? Então!
Cada mulher tem 2 opções: acertar ou errar (certos fatores vistos como normais até um tempo atrás, hoje compromete não só a vida do filho dela, mas tbm do meu. Talvez por isso minha revolta).
É uma pena (antes eu não tivesse chegado neste nível. Sim. Porque eu sofro) mas SIM EU SOU ECOCHATA BIODESAGRADÁVEL!
Olha, EU ACHO que a mulher não deixa de ser mãe, claro, nunca!
Mas que ela deixa de ser MAIS mãe, SIM! Quando ela faz qker uma das coisas citadas no começo desta postagem. Entre outras diversas coisas. A lista pode ser imensa!
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A lógica é bem simples:
Uma mãe que opta, por exemplo, por uma babá. Está deixando o filho para outra pessoa ter preocupação. Logo, ela não vai se preocupar mais tanto com a criança, lógico!
A mãe que dá chupeta, não vai ter o trabalho de amamentar. Não vai ter que acordar de madrugada pra amamentar, visto que o leite materno é super leve e a digestão é rapidíssima. Lógico!
Se não tiver parto natural e não sofrer todas as dores (relativo). Não vai saber o que é ter que driblar, caminhar, ter paciência para esperar nascer, sentir o cheiro da cria ainda fresca...
E pra aquelas que vão lá e, tão simplesmente, marcam a cesárea. Mais é lógico que vai ser MENOS MÃE! São pontinhos bem pequenos que vão contando. Isto não é grave! Mas veja bem: O que dizemos das nossas avós que tiveram todos os filhos em casa, ao natural? Se dedicaram integralmente para cuidar das crias?
Que eram GRANDES MÃES, GRANDES MULHERES!
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Isto não machismo! É lógica!
Eu não tive o parto normal que citei acima. Mas passei por metade dele e então fui obrigada a fazer uma cesárea, que já munida de poderosas informações, pedi uma HUMANIZADA! Bom pra mim, procurei saber qndo ainda grávida!
Mas é a mesma coisa? Não, é lógico que não é!
E eu não sou nem otária de dizer que NÃO FUI MENOS MÃE!!! SIM! EU FUI MENOS MÃE!
Não pude cuidar da própria cria, e não pude amamentar de primeiro momento. Estava debilitada, lógico!
Perdi pontos (mais mãe) na certa!
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Mas quero consertar cada erro dia-após-dia! Quero fazer o possível para ser uma boa mãe! MAIS MÃE!
Se alguém me fala que estou fazendo errado... então perai... vamos lá consertar já! Quero aprender! Quero saber onde está a lógica pra eu conseguir consertar (?)!
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Poderia estar trabalhando fora? Poderia! Mas agora optei por ter menos dinheiro, em compensação eu sei que estou criando uma criança segura, feliz e tranquila (não vendi, não emprestei o meu papel)... para qndo entrar na escolinha (6 anos, pois até esta idade seria ótimo se as próprias mães pudessem educar os filhos) a criança já estará pronta para enfrentar tudo que ensinei! É o papel da mãe (senão sobra pra outra)!
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Conheço diversas pessoas que dizem: Ai mais eu tbm queria ficar em casa pra cuidar dos meus filhos... mas eu não posso...
Eu TENHO que dizer:
Então por quê não fica, PORRA!
Não pode por quê?????
Tem coisa que eu não entendo... Qué, vai lá e faz, ué! Simples assim!
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Tbm tem uma outra questão:
Eu fico perplexa com a mulher que acha que dá pra dar conta de tudo, e ainda trabalhar fora. Com fraldas descartáveis (MAIS LIXO), papinhas compradas (MAIS LIXO), infância de plástico (MAIS LIXO). Eu tbm consigo!
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Cada MÃE tem que pensar "quantos pontinhos quer fazer" pra ser MAIS MÃE(?)! rsss
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Ai KaLu!
Acabei falando muito! Desculpe!
Ando revoltada mulher... rs
Bjs
É tão bom ouvir palavras assim! ás vezes sinto-me sozinha e parece que todos me acham louca com algumas decisões que tomo com a minha filhota como o dormir na nossa cama e consolar sempre que chora. Acho que vou no bom caminho! Quando ela nasceu aceitei muitas opiniões que foram contra meu 6º sentido mas agora nunca mais! tenho muita pena de não ter amamentado em exclusivo até aos 6 meses e sei que ambas perdemos com isso mas a vida é feita de aprendizagens e o próximo filho muita coisa vai ser diferente.
Obrigada pelas palavras!
Um beijo de Portugal!
Raquel
Oi Kalu...
O que dizer... Seu texto alcançou o que eu jamais consegui no tema "menos mãe".
Fico feliz em saber que sou uma mae como vc. Que desconstruiu o que a sociedade impõs, que se reformulou, se reinventou...
Tb nao imaginava ser mãe, mas qd aconteceu, quis que fosse intenso. Tento lidar com essa tarefa de forma sábia, romantica e informada.
Nao me abala mais o que dizem... Aprendi que as vezes a aprovaçao da sociedade é um sinal de atençao para mim, pq eu e ela nao temos os mesmos objetivos.
Cada vez masi vejo como nos parecemos.
Claro, vc com mto mais classe!...
Bjks
Todas temos direito a opiniões divergentes!!! Sou mãe à 17 meses... o parto da minha princesa foi por cesariana com anestesia geral... tenho muita pena de não ter sentido a minha filha sair de dentro de mim e de não a ter pegado imediatamente a seguir... mas não me considero menos mãe por isso!!! Amamentei até aos 12 meses da minha filha... até já não correr gota de leite do meu peito... mas conheço quem nem o colostro tenha tido... e não a considero menos mãe por isso... muito pelo contrário!!! Aos 12 meses deixei a minha filha ao cuidado da minha mãe e vim trabalhar... não me considero menos mãe por isso... pelo contrário... estou simplesmente a tentar dar-lhe um lar só nosso e tudo o resto que lhe faça falta... Deixo-a chorar quando ela faz birra... deixo... e não me considero menos mãe por isso... cedi apenas algumas vezes quando ela acordava de noite e coloquei-a na nossa cama... claro que adorou e voltou a repetir a proeza quando antes dormia a noite completa na cama dela, deixei de ceder... não me considero menos mãe por isso... ralho com ela quando a vejo fazer asneiras principalmente quando estas implicam que se venha a magoar... e não me sinto menos mãe por isso... sou apologista que uma palmada na altura certa pode ajudar a controlar certas situações... e não me sinto menos mãe por isso!! Sento-a no ovo a ver desenhos para me poder vestir... e não me sinto menos mãe por isso... deixo-a de vez em quando com a minha mãe para poder estar com o meu marido e mantermos acesa a nossa relação...e não me considero menos mãe por isso. Aliás por eu não ser uma mãe inferior é que a minha filha é das crianças mais sorridentes e simpáticas que conheço... extremamente desenvolvida para a idade... e com uma energia fora de série... e apesar de me levantar cedo e chegar ao fim do dia cansada... adoro o abraço e os beijinhos que ela me dá quando a vou buscar...adoro as cantigas que cantamos no caminho para casa... adoro as brincadeiras que fazemos durante o jantar... adoro mais ainda as que fazemos depois de jantar... adoro quando ela se começa a aninhar no meu colo para dormir... adoro os dias que tiro de folga e passeamos até à exaustão... acho que o facto de termos pouco tempo faz com que o aproveitemos melhor, ter e dedicar muito tempo não quer dizer que seja tempo de qualidade que é o que eu tenho com a minha filha... gostava de a acompanhar mais... mas acompanho todo o tempo que posso... tenho pena que o meu marido, que ainda não terminou o curso, ou os meus pais não sejam ricos para eu poder dar-me ao luxo de ficar em casa 24 horas por dia com ela... fi-lo durante um ano... foi muito bom... mas não me chega ser boa mãe... quero ser boa esposa... boa profissional... não é por ser mãe que deixei de ser mulher e ser social, de ter gostos, desejos, ambições, sonhos... apenas sofreram algumas adaptações... porque agora incluem mais uma vida... e não considero que estou a remar a favor da maré... que me podem rotular de "menos mãe" porque decidi ter vida própria além de ser mãe... para mim é a mesma coisa que me estarem a comparar com as mães que abandonam os filhos nos caixotes do lixo após o nascimento... isso sim é ser menos mãe... mas lá está vivemos numa sociedade minimamente democrática e por isso acho que quem pode e toma a decisão de se dedicar aos filhos 24 horas por dia tem todo o direito de o fazer... mas tal como eu não critico essa decisão também não devem criticar a decisão das mães que pensam e têm de reger a sua vida de maneira diferente...
Não sei porque mas parece que o Mamíferas tomou um rumo completamente diferente.
Eu que sempre me senti parte daqui parece que perdi a carteirinha. Quer dizer, parece que agora tem uma carteirinha. Tem que ter feito isso ou aquilo pra ser mamífera, pra ser mãe.
A amiga revoltada aí em cima (não consegui entender o nick), pergunta porque as mulheres que gostariam de ficar em casa com os filhos não ficam. Eu te respondo, nem todo mundo tem dinheiro e/ou marido que sustente. Eu moro sozinha com a minha filha e se eu optar por ficar em casa, morreríamos de fome.
A minha filha é única, e de novo moramos sozinha. Eu além de trabalhar fora de segunda a sexta sou fotógrafa, muitas vezes preciso trabalhar também em casa, ela assiste tv enquanto isso. Porque você quer saber? Porque eu PRECISO trabalhar, e não é pra ter vida de luxo não, é pra sobreviver!
Eu sempre avalio e não a deixo assistir qualquer coisa, muito menos o dia inteiro, mas por não ter sequer alguém que me ajude tenho que recorrer a tv.
Você diz também que antigamente as mulheres dedicavam-se a ficar exclusivamente em casa cuidando dos filhos e eram grandes mães e grandes mulheres. Eu tenho 2 avós, uma teve 12 filhos e a outra 18, ambas batiam muitos nos filhos, xingavam, gritavam, ambas não sabiam dar carinho, ambas sentiam-se frustradas por viver aquela vida e resultou em filhos cheios de traumas. A mãe do meu padrasto era do mesmo jeito. Não sei se isso é realmente ser uma grande mãe e grande mulher, pariam em casa porque não tinha jeito. As minhas duas avós pedem pra que eu marque a cesárea o quanto antes e não passe pelo que elas passaram. Pedem que eu dê uns tapas na minha filha, coisa que eu nunca fiz. É romântico né? Mas não é funcional. A cabeça delas não mudou por isso.
Acho que vale ter mais cuidado quando se trata da vida dos outros, dos sentimentos dos outros. Nem todo mundo tem dinheiro pra pagar parteira, doula, e etc, nem todo mundo pode se dar ao luxo de não trabalhar, nem todo mundo está preparado pra serem HIPER mães como vocês e dependendo de como isso é abordado aqui, magoa e machuca. MUITO! Porque nenhuma mãe gosta de se sentir rebaixada, e o ar de superioridade de algumas de vocês faz isso.
Beijos
Paula Oliveira
se vc não é menos mãe, o texto não é para vc, com o tempo a gente aprende que ninguém veste carapuça em nós, nós é que a vestimos ou não
mulher que abandona filho no lixo, teve ter justificativa deve ter alguma explicação, mas não é mãe, nem muito mãe nem menos mãe, não se compare a isso, o texto em nenhum momento reduz a este extremo, vc é que está se reduzindo a este extremo de comparação, e nesse caso, vc é uma supermãe.
Bom, eu estou experimentando a partir deste mês, ficar só em um trabalho, só meio período, e não sair matando cachorro a grito para arrumar um segundo trabalho, pois depois de 5 anos, venho sacando cotidianamente, que minha filha a gente não aguenta mais estar com tantas outras pessoas que não seja eu, é fulano, beltrano, sicrano, tudo gente a melhor qualidade profissional, mas não sou EU, e eu, quem eu sou? eu sou a mãe dela, a pessoa que atualmente mais a ama na vida, mais tem paciência com as perfeiçoes e imperfeicoes inerentes a ela, assim como a qq um.
Sempre que ela pode, ela me pede, mesmo sabendo que nunca é atendida, mãe não quero ir para a escola hoje, mãe quero ficar com vc hj, mãe quero ir para o seu trabalho.
Eu firmemente faço o que " tenho que fazer", levo-a para a escola e vou para o trabalho, mas eu fui criança, eu sou pessoa, eu sou mulher, tudo isso é circunstância esolhida por mim, quem a pode mudar sou eu...hj eu entendo as mulheres sejam ricas ou pobres (será que a Kathy é rica ou mais pobre que vc Paula Oliveira?) que escolhem ficar com os filhos enquanto for necessário (veja necessário!), eu não consigo, outras coisas foram mais importantes para mim, mas hj eu tenho clareza que outros ganhos psicossociais tanto eu quanto minhas filhas teriam tido se eu soubesse compreender as tais mães que me explicavam sobre a importância de qualidade e quantidade de tempo com nossos filhos.
Vc acha mesmo que o tempo que a Kathy fica com o filho é sem qualidade?
Vc ficaria algum momento com sua filha sem qualidade? pouco ou muito tempo que vc fica com sua filha, com certeza, é qualidade, a não ser que vc não esteja tão certa da pessoa que vc mesma é? ou vc escorrega muito com sua filha?
Eu escorrego mitas vezes, peço desculpa, e vou aprendendo mais e mais, por exemplo, de tanto ler e ouvir práticas de mães que não enfiam a palmada nos filhos, eu já pude experimentar no meu cotidiano com minhas filhas mais ludicidade ao invés de tapas, e cara, funciona, amor funciona muito mais rápido do que repressão e autoritarismo, elas compreendem e ainda me abraçam e me dizem que me amam.
Mas, quando não acerto, também não tem grilo, pois eu sei que sou um ser em evolução constante, terei sempre algo melhor a aprender, como mãe, como mulher, como pessoa, o lance também Paula Oliveira, para mim é não entrar em tristeza por me perceber imperfeita, pois eu também tenho coisas que sou eu sei ser, fazer, poder, apesar das muitas outras que eu ainda aprenderei...
beijos e paciência, toda hora a vida traz uma coisa nova para nos avassalar
Alexandra
Não entra nessa Cacau, tem as duas coisas, tem histórias ruins de mães antigas e também tem histórias boas.
Assim como tem rica com parteira, também tem pobre.
E se pergunte porque o texto de alguém te parece passar superioridade, tem muito de como a gente interpreta.... e a interpretação não é restrita a escrita, vem junto a vivência que cada frase palavra nos resgata diferentes sentimentos por situações adversas vividas.
eu tenho duas filhas, mãe solteira, TENHO QUE TRABALHAR, no momento, então, minha situação é crítica, estou na casa da avó paterna das meninas pq não estou conseguindo pagar aluguel
Mas, depois de duas filhas, a mais velha tem 5 anos, tem tanta coisa que já revejo, tem tanta coisa que já considero de forma diferente.
Vc encontrará as suas, já encontra, já dá nó em pingo d'água,
se o texto da "revoltada acima" te instigou, se pergunte porque? se não encontrar resposta agora? toca pra frente, mas será que a revoltada é mais rica ou mais pobre do que vc? vai que ela é mais fudida do que nós duas? então ela pode ser "du caralho" mesmo, né, aliás, "da buceta", imagina por esse lado? Hummm
Eu consegui os meus partos em casa, fui atrás de uma parteira, expliquei para ela que eu não concebia outra forma de parir, mas alertei, sou fudidaça, vc aceita fazer pelo pouco que tenho?
Acho que minha certeza era tamanha, que deve ter sido por isso que ela me deu sua companhia.
Quando a gente quer a gente consegue..
ò quantas coisas vc já conseguiu e só vc sabe, né, então que papo é esse de se sentir inferior?
Vai, que tu consegue tudo o que quer sim, bicha. Força.
bjs
Alexandra
Cacau querida,
Já te vi comentando várias vezes aqui no mamíferas, e vi tb os comentários sobre cessárea.
Querida, os textos e comentários nos fazem pensar, refletir sobre nossa conduta diária, o tratamento com os filhos. Nos ajuda a rever nossos erros e o "buraco em que nos enfiamos". Toda vez que nos questionamos e pensamos, "puxa, poderia ter sido diferente!", dói.
É fato, principalmente com questões como essa, ser mãe.
Eu gosto daqui por isso, pq eu aprendo e posso me entender.
A culpa afinal é sempre minha mesmo.
E da próxima, com mais conhecimento, tento fazer melhor, dentro das minhas possibilidades é claro.
Seu lugar é aqui sim.
Sobre o seu parto, minha opinião pessoal é que você me parece uma mamífera e tanto, e conseguiria tranquilamente ter um bem natural, inclusive em casa, se quiser, basta se programar e se fortalecer.....
Beijos!
Kalu,
Gostei muito do texto.
Penso que fala das ESCOLHAS que cada mulher faz para maternar seus filhos e nesse blog, só poderia falar das escolhas que nos aproximam no sentido de uma identidade "materna", de um saber adquirido e ao mesmo tempo intuitivo.
Já estive imensamente imersa na matrix e hj revi muitas posições que tinha. A abertura para o novo é essencial. Realmente, o mérito não é ser mais ou menos mãe, mas que mãe queremos ser.
Paula, acho que vale um exame cuidadoso do pq o texto te afrontou tanto. Lendo seu comentário senti uma pontada de algo machucado, precisando de atenção. Mas é uma questão (ou não) tua. Mas porque se defender tanto? Porque não ler o texto e fechar o blog se não lhe aflige?
Leio milhões de coisas que não têm identificação com meu universo materno e simplesmente clico no X no canto superior direito e durmo em paz com minhas escolhas.
Também não entendo como uma mudança de rumos aqui no mamíferas, entendo como um amadurecimento. E cá pra nós, amadurecer idéias e posicionamentos exige postura e atitude, exige pronunciar-se.
Me orgulho das três mamíferas que são hj porta-voz desse movimento que compreendo como a maternidade ativa.
Para quem está chegando, já chegou ou vai chegar: flexibilidade e abertura ao novo.
Quando cheguei ao maternas_sp achava que pra comer orgânicos, para amamentar exclusivo, para ter parteira, para trabalhar meio período era preciso ter muita grana, muito luxo. Não é. É preciso se dispor a isso, a rebolar (SIM) financeiramente, a optar, a fazer escolhas cotidianas que não são fáceis.Escolher um implica em perder outro.
Até que ponto nós mulheres, mamíferas escolhemos abrir mão da maternagem para encarar o mercado de trabalho? Ou foi mais uma imposição histórica (vale ver a entrada das mulheres no mercado de trabalho pós guerra).
Enfim, criticidade para o que a sociedade dita e irreverência.
Mas acima de tudo, coerência.
Depois que algumas coisas são desveladas, é caminho sem volta.
Ou a gente sai xingando quem tpeita essa história toda e se remói por dentro ou a gente vai de peito, literalmente, aberto encarar os desafios que o desconhecido nos trás.
Beijos fraternos à todas.
Ps. Vamos manter um diálogo qualificado, fazer auto-defesa me parece infantilizar um debate tão rico por ora...
Oi conceição, obrigada por seu comentário. Eu também me sinto feliz por fazer parte de um mundo com mães que pensam e agem como eu. Sobre a febre, tem vários posts que já fizemos sobre o tema. Abaixo vc encontra palavras chaves. Clique em febre. Qualquer coisa nos avise que retomamos o tema.
Taisinha, obrigada por seu comentário. É bom saber que há mais de nós por aí.
Lívia, seus comentários são sempre fantásticos. Amei esta frase: "vamos começar a tratar a pessoa que mais amamos como a pessoa que mais amamos!".
Franci (Tb não consegui ler seu Nick), quando a gente acha que tudo está certo, não nos permitimos mudar. Por isso disse que cada mãe dá seu melhor para seus filhos. A grande maioria das pessoas nem sabe que um outro tipo de maternagem é possível. Já ouvi de muitas pessoas: esperava mais de você; deixar a vida para cuidar de filho é aceitar muito pouco. Eu acredito que temos uma responsabilidade de deixar filhos bem criados para este planeta. E dentro de nossas possibilidades equilibramos nossos ideais com as nossas possibilidades. Parabéns por defender tão lindamente pontos importantes para a formação de uma criança. Como disse, cada passo que tomamos em direção contrária, nos tornamos melhores do que nós mesmas.
Raquel, a gente se transforma muito em cada escolha e depois. Lá na frente podemos tomar outro rumo. Acho maravilhoso isso. Que bom saber que há uma mamífera que nos lê em Terras Portuguesas.
Dydy, amei “aprendi que as vezes a aprovação da sociedade é um sinal de atenção para mim, pq eu e ela nao temos os mesmos objetivos”! Sou sua fã. Beijos nos pés.
Paula e Cacau, nunca disse que é preciso fazer isso ou aquilo para ser mais mãe. O que disse é que precisamos questionar certos comportamentos que a sociedade considera “normal”, “ideal”. Um dia em uma festa várias mulheres começaram a me dizer que meu filho estava fazendo meu peito de chupeta, que ia cair, que deixaram de amamentar para poder deixar a criança com outros para ter liberdade, que contrataram babá pq não aguentavam cuidar dos filhos. Mulheres com dinheiro, que não trabalham. É dessas que eu falo. De todos os pontos que você abordou acho que vc é uma mãe super dedicada. As vezes não podemos fazer o que queremos e sim o que precisamos. Mas quanto ao tapa, acho isso sim IMPRATICÁVEL! Você poderia me dizer como as palmadas “educam” sua filha? Ou apenas condicionam com violência?
Cacau, adoro você e respeito seus pontos de vista. Em nenhum momento quis dizer que para ser mamífera é preciso fazer isso ou aquilo. Assino abaixo do que disse a Alessandra: estamos aqui para apontar e construir juntas uma nova forma de maternar. Estamos aqui para questionar. Vc faz parte do clube sim e sempre fará. Beijos nos pés.
Alexandra, suas colocações foram perfeitas! Muito obrigada.
Carol, seu depoimento foi maravilhoso. Fiquei emocionada.
Pérola, obrigada por palavras sábias. Queria deixar claro que cada texto aqui é uma verdade do meu Universo de maternidade e não uma verdade absoluta. Entre nós, mamíferas, temos idéias diferentes e isso enriquece as experiências.
Franciely (hehe) disse...
Eu acho que meu texto acima pode ter sido mal interpretado. Bom, então vamos lá:
Desrespeitar (no sentido de não compreensão, julgamento ou qker coisa que lhe pareça ruim e preconceituosa) NUNCA!
A minha revolta não é com uma mãe qualquer. E sim com aquela que não aceita mudança. Com a precomceituosa que acha que tudo que do jeito que ela faz é o certo, sem olhar para a lógica da coisa.
Mesmo assim, a minha revolta se resumi em: GUARDAR UM SOFRIMENTO DENTRO DE MIM! E NUNCA algo diferente disto! O resto leia-se força de expressão. Meu jeito (tosco) de tentar explicar a maneira a qual penso e ACHO coisas.
Confesso que o PORRA eu nunca havia usado. Mas vi em algum lugar, que me soou um desabafo sincero, então resolvi usar. Mas pelo jeito num dá certo é nada. Faz as outras pessoas usarem e abusarem de palavrões, isto sim. E isto acaba ficando embaraçoso.
Pronto! Mais um aprendizado aqui!
Bom, eu não poderia explicar tão bem como a (a disse... a interpretação não é restrita a escrita, vem junto a vivência que cada frase palavra nos resgata diferentes sentimentos por situações adversas vividas...). Então pronto. Tá í! Tudo que eu escrevo se resume a isto! tudo é uma questão de interpretação, de vivência!
Mas além de tudo. Tudo pra mim é uma questão de lógica. Pra entenderem-me mais um pouco:
Eu trabalho sim! Em casa. Felizmente ganho muito dinheiro sim, ou melhor, ganhava. Estou deixando meu segundo país (Japão) para voltar ao meu primeiro (Brasil). E por ter um filhinho de apenas 1 ano e nem meio, e por decidir muitas mudanças, eu agora já posso cuidar somente dele e investir em outras maternidades (digo minha e tbm ajudar outras mamães com meus trabalhos de humanização).
Qndo falamos de MENOS MÃE. Creio eu que estamos falando só disto. E então SIM! Existe a hora que a mãe é mais mãe. E existe a hora que a mãe é menos mãe. isto é lógico!
Mas olha, eu não vejo problema nisto e admito (tenho uma lista, quer?) de erros meu. Aí já é outra história. Aquela de que TODO SER É IMPERFEITO! Lembra?
Mas outra questão importante que poucas mulheres sabem. Ou, tem informação. Ou ainda, QUEREM saber.
É a questão sobrevivência. Inclusive é aí que entra meu trabalho de ajudar ao próximo.
Pra mim esta questão é sUuuuper visionária. Uma vez que vc tem que ficar vendo a lógica em tudo.
continua...
Pois saibam:
Eu não uso qker shampoo (uso só os ecológicos e corretos, que não agridem a natureza, nem meu bolso, nem dá câncer em ninguém. Pois é! O objetivo não é só limpar a cabeça?).
Eu não uso amaciantes (uso só o vinagre, que dispensa comentários. Só é preciso compensar no sabão em pó que deve ser cheiroso. E acredite, o Amazon h2O, que se desfaz na natureza em 20 dias, custa só 3 reais o kilo.).
Eu não uso perfume (uso só destilação de rosa caseira. Além de não agredir ninguém 'porque isto é o certo, né?!', eu tbm não tenho que esquentar minha cabeça com escolhas e preços. Gosto é gosto, né?! Não se discute, se lamenta! Pois é! O meu já achei, é rosas! Mas não é nada lamentável pra ninguém, já que na destilação natural o cheiro só funciona mesmo com o próprio suor e só quem me beija senti, bom pra todos!).
Eu não uso muuuitos tipos de cremes (mas nem por isso não faço banho de cremes, não se engane!).
Enfim, a lista é imensa.
Agora dá pra entender onde o dinheiro tá sobrando, né?! E mais, o por que dá pra ficar em casa e cuidar do(s) filho(s). Já que com a grana que ganhei, usando a lógica, tentei sair do sistema que me domina (governamental) investindo numa casinha no mato, com recursos naturais (poço, teto solar, fogão a lenha econômico e horta).
Porque vamos ser sinceros. Deseja pedras é derrubar árvores! (só um exemplo, O Dubai é bonito (Emirados Árabes Unidos) mas nem se discute quando se tratando de Musha Cay (Resort de David Copperfield, não tem quem não concorde! Ainda não encontrei 1! rsss)
E ah! Eu sou vegetariana. Então tbm não preciso ajudar na matança de ninguém, e o que me sobra comprar (sim eu tenho marido, se nw tivesse ía precisar continuar trabalhando meio período em casa, pq o que fazia dava pra fazer em casa e se não desse arranjava um que desse)é pouco.
Felizmente eu consegui mudar minha situação brevemente. Mas vc quer a lista de erros (brutais) que eu já cometi? Quer saber que eu já não gostei de crianças? Pois é! Como a gente muda né?! Qker um que quer pode mudar. E qndo se trata para melhor entw, ôôô!!!
Então por isso eu acredito sim em pessoa MAIS HUMANA e MENOS HUMANA! Mas qndo se trata em ser MAIS MÃE ou MENOS MÃE. Não podemos confundir com mães que jogam o filho no lixo, não! Pois vc há de concordar que uma mãe passa o dia todo olhando pra cara da criança (sem falar em tempo de qualidade, qndo digo uma coisa é só dela) e outra que passa algumas horas com a criança. Quem está aguentando mais??? (vamos supor o correto: mães amáveis e sem estresse, que se dedicam).
Pela lógica, é claro que uma está sendo MAIS presente que a outra!
Eu, sinceramente, não vejo gravidade nenhuma nisso! É uma questão de escolha. Tudo é! Ter mais dinheiro sempre será TER MENOS TEMPO!
E o que eu vejo são mães que não querem admitir isto (ser ou não MENOS... Eu já fui e mudo a cada dia, qual é o problema? Eu admito!)!
continua... (hehe)
Ok! ...final agora! haha
Mãe que abandona filho, pela lógica ela não foi é mãe (não estava preparada)! (é bobo mas preciso citar. É a mesma lógica que sogra não é parente. No fator jurídico da coisa, ela é parente por afinidade.)
Pra mim, falar que a mãe que faz uma série de coisas erradas não está sendo menos mãe. É só se for para agradá-la.
Mas a questão importante é: Errar é humano! Se a mãe sabe que poderia fazer melhor. Então vai lá e faça! Tente!
E se não dá agora... vai buscando que uma hora dá! O Mundo é de todos e para todos! Pra tudo existe uma solução. Só não tem solução pra morte. Na morte não há maternidade! Mas tem pessoa que só pensa em mudar qndo tá com o pé na morte, daí não dá!
Nossas atitudes hoje influencia o mundo todo, todo dia, e pra vida toda!
Eu acredito: mesmo achando que não dá, que não tem espaço. DÁ! Sou prova viva!
O mudar pra deixar o mundo melhor só depende da gente!
Espero que tenham entendido o meu objetivo agora: Nada de egoísmo mais. Agora eu vivo pelos outros ( e nem por isso com uma vida menos significativa. Ser dona do lar inclui ser uma boa profissional sim, já que precisei de cursos para bordados, hortículas, compostagem, culinária, etc...).
E se sintam a vontade em conhecer meus blogs e meus trabalhos. Apredermos mais:
www.franpage.blogspot.com
www.franpagedois.blogspot.com
www.a-biblia.blogspot.com
Grande Abraço!
Fran com carinho
OBS: Desculpem, é que trabalho com computador. Tem dia que mais de 30 ao mesmo tempo, entw sou boa pra escrever muito...rsss)
Numa coisa têm razão... se não gostei do que tinha lido tinha mais era que desligar o blog e seguir em frente... mas não tenho sangue de barata e não consegui ficar indiferente... quando rotulam dessa maneira... acho-me uma supermãe... e vou continuar a achar... óbvio que aprendemos todos os dias... e todos os dias tenho a certeza que ainda vou melhorar mais... porque a minha filha e a sociedade em que vivo têm muito para me ensinar!! Não volto a comentar porque já vi que opiniões divergentes não são bem vindas... e não tenho necessidade nenhuma de incomodar ninguém com a minha linha de pensamento!!!
Oie! Eu sou mais uma das "ET"s que largaram o emprego em meio à crise mundial para cuidar da minha neném. A vida é muito curta, e acho devemos priorizar o que realmente tem importância. Também respeito aquelas que pensam diferente, mas me sinto muito realizada por seguir a minha cabeça. Parabéns!
Depois de ler todos os comentário não posso deixar de dar a minha opinião.
O meu 1º filho nasceu com ajuda de ventosa, tive sempre deitada e não o puseram imediatamente ao peito.. ou seja, segundo as "leis" das mamiferas, terei sido menos mãe nessa altura...
O meu segundo filho foi parto normal, mas como foi no hospital, secalhar também terei sido menos mãe por isso..
O terceiro também nascerá no hospital.. já que a minha casa fica a 100 km do hospital mais proximo..
Nem tudo na vida são escolhas.. existe quem não tenhs "outro remédio".. e nesses casos será que podia ter sido melhor? Penso que não.
A qualidade de vida de um bébe não é somente o dar de mamar ou o nascer de parto normal em casa ou o acordar de noite quantas vezes for preciso.. A qualidade de vida é continuarmos a viver mesmo depois de ser mãe.. Os meus filhos são felizes e eu não prescindi da minha vida para isso!! Apenas lhes dei amor!
Mãe de 3 (desculpe, não sei seu nome), acho que cada mãe dá o melhor com aquilo que acredita e é possível oferecer. Sem dúvida o amor é fundamental. E cada mãe é a melhor para seu filho.
Paula, respostas contrárias são sempre bem-vindas. Elas enriquecem o debate. Por isso convido você a voltar aqui e opinar sempre.
Olha... Eu sou uma ame que trabalha e nao consegui ver todo esse "preconceito" que a Kalu tem com mães que trabalham por necessidade.
Eu tb dfevo ser mto ingenua pq o que entendi foi que justamente ela nao quis dizer que as mulheres sao menos mae por isso ou aquilo.
Se vc so pode dar 1h por dia de qualidade ao seu filho, dê com a consciencia tranquila ué!
Acho que este texto foi tao perturbador pq nem todas nós maes temos a segurança e a certeza de que fazemos tudo o que poderiamos fazer... E ca pra nós, gnt, ninguem consegue. Sempre vai restar um pouco de culpa.
Mas a questao é... Se as mulheres tivesse opçao, deixariam seus empregos? Eu acho que a maioria nao. Conheço crianças que tratam a avó como mae e a mae como irmão ou tia.
Nao estou dizendo que este é o caso de vcs, eu nem conheço vcs. Mas nao sei pq chegam a se comparar com mães ruins (uma ate comparou com maes que jogam bebês no lixo). Se vcs nao sao essas mães, por que tanta revolta?
O mamiferas esta tomando o rumo da autoconsciencia e da responsabilidade pessoal de ser mae para a construçao do mundo que almejamos... E nao é assim que deveria ser?
Kalu...
Ouse cada vez mais. vc tem o dom de fzr pensar.
Bjks
Kalu,
obrigada pelo maravilhoso post... Veio a calhar no atual momento da minha vida.
Sou uma mãe feliz com minhas escolhas maternas. Tenho um filhote de 19 meses, nascido em um lindo parto domiciliar e que ainda mama. Tenho um trabalho que me paga pouco, pero me dá disponibilidade total para estar com o pequeno. Começo a sentir vontade de re-incorporar no mundo laboral, de verdade... já comecei a mandar curriculuns e de repente me sinto totalmente um peixe fora d´agua.
Tento não ter pressa, tento não ser influenciada com comentários alheios... As vezes é dificil... mas ler um post como este, me faz uma vez mais ter orgulho das minhas escolhas... Mais uma vez obrigada.
Flavia
É, eu só quero desejar que um banho de LUZ se derrame sempre por sobre minha cabeça, principalmente quando eu estiver absurdamente equivocada e insista em não querer ver a LUZ no fim do túnel, que desabe sobre minha cabeça como uma cachoeira violenta e me tire toda cegueira que me abale quando insisto em não enxergar meus erros.
Ai jesuscristinho tenha piedade de mim, as vezes, eu faço tanta merda que não tem buraco que esconda minha vergonha.
ai, bom, pelo menos EUMEAMO se não não me aguentaria...hahahaha
beijos meninas, bom final de semana
FAÇAMOS AMOR, NÃO FAÇAMOS GUERRA
Alexandra
Filme é recorte da interpretação de algumas pessoas ou apenas uma (diretor, etc) sobre alguma coisa, algum evento, etc, coisa assim não é?
Então tentem imaginar esta situação que eu vive como um filme que vos apresento:
Estava euzinha num evento social (bom, se é evento só pode ser social, né, não tem evento de uma pessoa só...) não tem planeta de uma pessoa só...não tem verdade de uma pessoa só, tudo é constituído por um coletivo, né...? Bom, divagações, voltemos ao meu filme:
Estava euzinha num evento, daí chegou duas mulheres e um BB, uma estava toda de branco e gravidíssima (dou 2 dedos mãos à fogueira se ela não estivesse com 7 meses de gravidez...) e a outra estava num estilo casual. Com o passar dos minutos, percebi que a toda de branco gravidíssima era a BABÁ e a casual era a mãe do BB. Num determinado momento, quando a mãe casual estava muito compenetrada no evento a BABÁ barriguda que teve que se levantar com o BBZÃO de 09 meses para niná-lo no colo!?!?
Quem é mais mãe? Eu tenho a minha opinião, mas o que mais me estarreceu foi a condição MAIS HUMANA e MENOS HUMANA entre estas duas mulheres, ou mais fêmea/feminina entre estas duas mulheres.
Então, concordo com sua lógica Franci, há uma lógica sim, vê quem quer, quem não quer ver Franci, eu tenho a seguinte energia que jogo para o Universo, a Natureza faz uma seleção entre o Amor e o Desamor, quem não se abrir para o Amor vai ser varrido deste planeta, pois nele não cabe quem não o ame...
Por isso, eu hoje sou feliz para a eternidade, porque ou toda a espécie humana será varrida deste planeta, e isso muito me alegra, ou sobrarão apenas os que se abrem ao Amor - porque eu trabalho todos os dias pelo Amor, sem fechar nem dos olhos mesmo quando estou dormindo, já descobri que vc também e tem muitos outros além de nós, e vc sabe que o Amor é poderoso, nada nada nada é acima do Amor - então, ai vivamos que viver é bão demais, ousemos porque disso o Amor precise.
Voe Kalu, continua a voar, estou daqui assoprando suas asas.
A R R A S O U esta semana.
Alexandra
Sou da mesma opinião da Mamãe Dydy: Não consigo ver todo este preconceito nas palavras da Kalu. Acho sim que incomoda ter nossas inseguranças e medos tão expostos como lemos algo assim. Nos faz pensar e pensar profundamente sobre assuntos tão complexos é sempre muito difícil e pertubador.
Cada mãe sabe o que tem que fazer para manter a vida, do ponto de vida prático, em adamento: trabalho, estudos, atividades extras, namoro, etc, etc, etc e eu não me sinto incomodada nem discriminada quando vejo muitas mulheres tomarem rumos diferentes dos meus.
Eu admiro as diferenças, ela me dão forças, me mostram que todas tem inseguranças e certezas, e muitas das vezes eu vejo uma forma diferente e melhor de fazer minha vida e a vida da minha família mais feliz!
Viva as diferenças!
Kalu, obrigada pelas palavras.
Carol (da Luna)
Alexandra, te convido a conhecer meu blog.
sei q vc esta falando de transiçao planetaria e tb acredito q, ou a humanidade acaba ou nasce uma nova humanidade, entao sem trancas nas portas, sem "eu meu". Todas q restarem serão MAIS maes neste mundo.
www.outralogica.blogspot.com
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