por: Kalu
Hoje vou falar de um tema que já ensaiei trazer para este blog e nunca tive coragem: o perigo do abuso sexual. Quando eu tinha 5 anos de idade um pedreiro idoso, amigo da família, ficou sozinho comigo e com a minha irmã um ano mais nova. Ele não nos molestou, mas mexeu em nossas partes íntimas, fato esse que ficou para sempre marcado na minha história.
Hoje vou falar de um tema que já ensaiei trazer para este blog e nunca tive coragem: o perigo do abuso sexual. Quando eu tinha 5 anos de idade um pedreiro idoso, amigo da família, ficou sozinho comigo e com a minha irmã um ano mais nova. Ele não nos molestou, mas mexeu em nossas partes íntimas, fato esse que ficou para sempre marcado na minha história.
Eu passei anos da minha vida com medo e vergonha da minha experiência sem nunca ter contado para meus pais.
Em terapia, conversas com amigas, descobri o quão comum isso é na vida das pessoas, principalmente entre as mulheres. E o mais alarmante é que, geralmente, tratam-se de pessoas próximas da família.
Acredito que desde de cedo podemos educar nossos filhos para evitar este tipo de violência. Aqui em casa, o Miguel tem innteresse em ver e muitas vezes tocar nossos órgãos sexuais durante o banho. Eu sempre explico, com naturalidade, que ele não pode tocar-nos e ninguém pode tocá-lo, apenas seus cuidadores, para limpar estas partes.
Outro ponto fundamental é nunca deixar as crianças com pessoas que não tenhamos plena confiança. Não é paranóia, só um cuidado necessário para evitar que nossos filhos passem por esta experiência tão traumática.
Ficar atento as brincadeiras, mudanças de comportamento. As crianças nos mostram sem palavras quando algo de errado aconteceu. E conversar, muito, sempre, com liberdade e abertura para despertar sempre essa confiança entre pais e filhos.
Acredito que desde de cedo podemos educar nossos filhos para evitar este tipo de violência. Aqui em casa, o Miguel tem innteresse em ver e muitas vezes tocar nossos órgãos sexuais durante o banho. Eu sempre explico, com naturalidade, que ele não pode tocar-nos e ninguém pode tocá-lo, apenas seus cuidadores, para limpar estas partes.
Outro ponto fundamental é nunca deixar as crianças com pessoas que não tenhamos plena confiança. Não é paranóia, só um cuidado necessário para evitar que nossos filhos passem por esta experiência tão traumática.
Ficar atento as brincadeiras, mudanças de comportamento. As crianças nos mostram sem palavras quando algo de errado aconteceu. E conversar, muito, sempre, com liberdade e abertura para despertar sempre essa confiança entre pais e filhos.
E quem passou por isso deveria buscar uma apoio por ser uma ferida dolorida que merce ser tratado em terapia. Muitos de nossos comportamentos são consequência de dores que deixamos de olhar de frente e tratar da raiz. As sombras crescem no escuro, onde os olhos não vêem, no silêncio dos ouvidos e na dor de quem cala.
E vocês, como este assunto é trabalhado com as crianças?
Imagem: http://www.gettyimages.com.br/
6 comentários:
Engraçado um assunto tão importante não ter um comentário sequer...
Talvez por ser um assunto pôlemico também, ou por mexer com muitos sentimentos de pessoas que já passaram por tal experiência.
Graças a deus nunca passei por algo assim, e espero poder conseguir que meu filho também não passe. Realmente deve ser horrível. Acho legal orientar a criança desde pequena, e sempre ser cautelosa com quem fica com ela. E também não acho que seja neura, acho que é simplesmente como dizem por aí "quem ama cuida!"
;)
Beijinhos,
Lívia (mamãe do Uriel-10 meses)
Acho que toda mãe tem uma preocupação com isso, mas é muito complicado porque nunca estaremos com nossos filhos o tempo todo e pode haver riscos.
Como protege-los?
Eu me lembro que minha mãe era muuuito preocupada com isso, a ponto de não me deixar nunca sozinha com meu meio-irmão - seis anos mais velho - e com meus primos.
Essa idéia da Kalu é muito interessante, explicar as coisas desde pequeno, sobre o toque, ajuda sim.
Pois é! Também me surpreendi com a au~sência de comentarios. Mas que bom que Livia e Craol falaram de suas experiências.
Eu sei bem do que vc está falando Kalu...
Olá, esse post me tocou profundamente e fiquei com lágrimas nos olhos, pois a mesma situação que aconteceu com você, aconteceu comigo. mas foi com um primo. Guardo essa angústia até hoje e não contei para absolutamente ninguém, pois o tal "primo" é uma pessoa que convive conosco até hoje e não quero causar polêmicas né, vou ter que começar uma terapia, não posso tratar desse tema com "pessoas em comum". Beijos - sou leitora assídua apesar de não ser ainda uma mamífera (mas quero muuuiito!)
Natália,
Quando a gente começa a compartilhar destas histórias descobre que, infelizmente, é mais comum do que a gente imagina ou gostaria. Enfim, essas coisas acontecem e a gente tem que com autela e sem neurose tentar evitar que isso aconteça com nossos filhos. Terapia é fundamental e denunciar também para que a impunidade não perdure.
Beijos solidários
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