No fim do ano passado resolvi passar umas férias em família. Essa situação me fez refletir bastante sobre as diferenças ideológicas entre mim e minha família. Isso me deixa bastante incomodada e sinceramente não sei que decisão tomar. Não me chamem de chata, também estou aprendendo com a maternidade ativa.
Como vocês acompanham aqui no blog, procuro oferecer ao Miguel muito contato com a natureza, brinquedos e objetos naturais, ecológicos e educativos; música clássica ou mantras; mínimo de televisão possível; dedicação de tempo em atividades lúdicas como pintar, cozinhar, prática de yoga, música, entre outras; uma alimentação saudável, apenas com carne branca orgânica, com muita fruta, legumes e sucos.
Por outro lado, na minha família (pai, mãe, irmã, cunhado, tio, tia, primos de 12 e 9 anos), que passam férias juntos, impera a vida televisiva, oras em programas de péssima qualidade (cheios de violência), oras em jogos bastante violentos e música de trincar os tímpanos. A alimentação é um caso a parte, apenas com salgadinhos, frituras, refrigerantes e churrasco. Eu tinha que preparar nossas refeições diferenciadas, causando comentários e “olhos-tortos”.
Neste ano, Miguel tinha quase 2 anos e não se interessou pelo videogame ou a alimentação péssima, principalmente de meus primos, que acordam e tomam coca-cola, comem pirulito, assistindo desenhos japonês violentos (ou videogame).
Mas percebi, por exemplo, que a televisão ligada levava-o a dormir muito tarde pelo excesso de estímulo do ambiente, algo que considero bastante prejudicial. Ano que vem ele terá quase 3 anos, um nível de compreensão bem maior, o que me faz ficar bastante apreensiva. Por um lado acho importante essa convivência com a família, uma vez que moramos muito longe e estamos juntos em raras ocasiões. Por outro penso que essa diferença tão brusca possa criar conflitos entre o que ele tem em casa e o que vive nas férias.
Já tentei conversar, numa boa, sugerindo mudanças como só assistir TV no quarto, de não oferecerem alimentos que ele não costuma comer. Mas nem isso foi respeitado. Em um determinado momento cansei de posar de chata e soltei as rédeas minimamente, deixando-o comer sorvete ou experimentar esses salgadinhos, uma vez que todos sempre ofereceriam a ele.
Torço imensamente para que a situação financeira melhore em casa para que possamos fazer uma viagem bacana como procuramos fazer todos os anos.
Diante dessa situação, o que vocês acham: devo incentivar esse convívio com a família ou realmente isolar-me em meus ideais mamíferos?
Como vocês acompanham aqui no blog, procuro oferecer ao Miguel muito contato com a natureza, brinquedos e objetos naturais, ecológicos e educativos; música clássica ou mantras; mínimo de televisão possível; dedicação de tempo em atividades lúdicas como pintar, cozinhar, prática de yoga, música, entre outras; uma alimentação saudável, apenas com carne branca orgânica, com muita fruta, legumes e sucos.
Por outro lado, na minha família (pai, mãe, irmã, cunhado, tio, tia, primos de 12 e 9 anos), que passam férias juntos, impera a vida televisiva, oras em programas de péssima qualidade (cheios de violência), oras em jogos bastante violentos e música de trincar os tímpanos. A alimentação é um caso a parte, apenas com salgadinhos, frituras, refrigerantes e churrasco. Eu tinha que preparar nossas refeições diferenciadas, causando comentários e “olhos-tortos”.
Neste ano, Miguel tinha quase 2 anos e não se interessou pelo videogame ou a alimentação péssima, principalmente de meus primos, que acordam e tomam coca-cola, comem pirulito, assistindo desenhos japonês violentos (ou videogame).
Mas percebi, por exemplo, que a televisão ligada levava-o a dormir muito tarde pelo excesso de estímulo do ambiente, algo que considero bastante prejudicial. Ano que vem ele terá quase 3 anos, um nível de compreensão bem maior, o que me faz ficar bastante apreensiva. Por um lado acho importante essa convivência com a família, uma vez que moramos muito longe e estamos juntos em raras ocasiões. Por outro penso que essa diferença tão brusca possa criar conflitos entre o que ele tem em casa e o que vive nas férias.
Já tentei conversar, numa boa, sugerindo mudanças como só assistir TV no quarto, de não oferecerem alimentos que ele não costuma comer. Mas nem isso foi respeitado. Em um determinado momento cansei de posar de chata e soltei as rédeas minimamente, deixando-o comer sorvete ou experimentar esses salgadinhos, uma vez que todos sempre ofereceriam a ele.
Torço imensamente para que a situação financeira melhore em casa para que possamos fazer uma viagem bacana como procuramos fazer todos os anos.
Diante dessa situação, o que vocês acham: devo incentivar esse convívio com a família ou realmente isolar-me em meus ideais mamíferos?
12 comentários:
Eu PADEÇO desse mal...
Em casa da minha sogra, meus preceitos são "esquecidos"...
TV passa a ser babá eletrônica, e todos os itens que citas aqui, qto a alimetação et all, aparecem em mãos da minha cria...
O que rende conflitos com meu marido, ele defende nossa postura, mas é a mãe dele...
Mas eu peno!
Kalu querida, você acha que realmente vale a pena estar com a sua família dessa forma? Você mais está se estressando do que confraternizando... Das duas uma: ou você tenta relaxar e bancar a escolha de conviver com eles e suas diferenças nesse período ou então o melhor seria evitar essas viagens familiares e buscar um meio termo, como visitas mais rápidas, sem privar o Miguel da convivência com a família mas também sm te que se estressar a cada encontro... beijão
É sempre pior evitar, essa é a família do Miguel, a história dele, cedo ou tarde ele vai vivenciar essas coisas todas. Melhor vc conviver sim, mas explicar sempre o que é melhor para o corpo dele, para a mente dele, para que ele mesmo compreenda e tome a decisão sozinho. Ele é muito novinho é verdade, mas esse mundo existe e está aí para ele, que terá que fazer escolhas um dia. Isolar sua família só vai retardar o momento e ainda provocar outros traumas. A gente não pode proteger nossos filhotes para sempre, mas pode agora e por isso desde já é importante mostrá-lo que existe um mundo muito maior do que o da nossa casa.
A melhor maneira de protege-los é armá-los com suas póprias defesas.
concordo q deve ser difícil, mas tenho certeza d q vc vai encontrar uma forma de conciliar seus ideais com o convívio familiar... ainda ñ passei por esse tipo d experiencia, mas ja estou prevendo mta dor d cabeça pela frente! adorei o termo lido aqui, de q mãe tem q saber "fazer cara d paisagem"! Só pra descontrair: até mais d 1 ano d idade, meus pais ñ me dava NADA d açucar, nem na limonada. o dia q eu fui à uma festinha, antes do parabéns eu ja tinha feito uma trilha ao redor da mesa d docinhos, comi tudo o q minhas maozinhas puderam alcançar. eles esperavam q eu ñ me interessasse mto por doces depois q eu crecesse, mas acho q o efeito foi contrário, pois até hj sou uma formiga! concordo q o diálogo é sempre a melhor saída pra tudo, mas se as coisas ñ saírem exatamente como planejou, faça cara d paisagem, e lembre q vc fez mais do q o melhor!! boa sorte!
Eu acho que temos que ensinar aos filhos a conviver com a diversidade tb. Féria é férias, não vão "estragar" ninguém, e a convivência com familiares, se as relações entre as pessoas são boas, acho que é sempre positiva. Na alimentação, que acho que deve ser o que mais pega (para mim é, pelo menos), procure um meio termo, tipo pode tomar um sorvete por dia, pode comer pirulito após a refeição, sem proibir completamente, mas tb sem chutar o pau da barraca. Com ele maiorzinho, vai ser com ele que vc vai definir os limites, e não com os outros, o que facilita bastante. Bjs!
Oi Kalu,
Se o Miguel gosta de estar com a família, acho que vale a pena escolher aquilo que você realmente não abre mão (TV? hora de dormir? proibir refrigerante?) e relaxar com as outras coisas (provar comidas diferentes?).
Com minha filha de 8 anos, eu explico que as coisas que acontecem quando ela está com a avó ou o pai, ou na casa de amiguinhos, não acontecem aqui porque eu penso diferente. E ela reclama um pouquinho mas no fundo entende....
E tente lembrar que férias não duram para sempre... para o bem e para o mal... :)
Kalu, tenho alguns problemas parecidos. De fato, por um lado é duro - a gente fica com fama de chata, e estresses são meio inevitáveis. Eu tento preservar o Rô - levá-lo pro quarto na hora dos programas mais violentos na TV, por exemplo, dar comida antes porque aí é a comida que eu preparar e não a de todo mundo. Não tem muita resposta pronta pra essa pergunta, né? Nem uma definitiva. Tudo depende, no fim, do nosso próprio momento para lidar com as diferenças; eu já percebi que quando estou mais cansada/preocupada, é muito pior, porque as críticas e conflitos caem direto no corpo e acabamos brigando. Fora a velha questão: a gente escolhe e faz diferente e isso, mesmo que não seja nossa intenção, mexe com as pessoas; elas por vezes se comportam como se estivéssemos julgando e batem de frente mesmo. Ai, ai. Vida dura!
De todo jeito, acho que quem pode dar uma pista sobre o quão tolerável é a situação é o Miguel. Irritação, comportamentos muito diferentes etc. numa medida maior do que simplesmente a não-rotina da férias, são sinais de que a linha está sendo ultrapassada. Beijo!
Meninas,
Muito obrigada por todas as opiniões. Eu acho que cedo ou tarde ele entrará em contato com esse mundo. O que me preocupa é essa diferença tão brusca entre as 2 realidades. Por exemplo, a gente escolhe a escola de nossos filhos pelas afinidades. Imagine que meu filho estudará em um colégio wardorf, toda a educação dele é pensada para manter essa harmonia naturalmente. Não sei se não será muito difícil para ele entender essa vida tão diferente em 1 mes de férias. Um mês é pouco, mas para uma criança é muito, não é mesmo? Enfim, vamos vivendo que conto as próximas cenas por aqui.
O "mal" não está apenas na sua familia (ou na do meu marido tb... sei bem o que é), mas está no mundo em que se insere nossos rebentos. O que vejo entretanto é que não posso privar meu pequeno do imenso carinho da familia paterna, por mais "toxica", "calorica" e "alienada" que seja (a parte materna está bem sintonizada comigo, felizmente). Mas, pela experiencia da minha cunhada, fico mais tranquila: as duas meninas, hoje com 11 e 10 anos, preferem sushi a churrasco, nao dao muita bola p/ pizza e gorduras, só tomam refri se lhes é oferecido (raramente pedem), sao super ativas e interessadas. Felizmente, os estimulos dos 5 dias da "semana util" venceram os estimulos contrarios do 1 dia e meio do "fim de semana"... Acredito na força dos habitos ;-)
Evite impor, mantenha a calma e tenha fé!
O "mal" não está apenas na sua familia (ou na do meu marido tb... sei bem o que é), mas está no mundo em que se insere nossos rebentos. O que vejo entretanto é que não posso privar meu pequeno do imenso carinho da familia paterna, por mais "toxica", "calorica" e "alienada" que seja (a parte materna está bem sintonizada comigo, felizmente). Mas, pela experiencia da minha cunhada, fico mais tranquila: as duas meninas, hoje com 11 e 10 anos, preferem sushi a churrasco, nao dao muita bola p/ pizza e gorduras, só tomam refri se lhes é oferecido (raramente pedem), sao super ativas e interessadas. Felizmente, os estimulos dos 5 dias da "semana util" venceram os estimulos contrarios do 1 dia e meio do "fim de semana"... Acredito na força dos habitos ;-)
Evite impor, mantenha a calma e tenha fé!
Até agora ví ponderação nas falas da meninas aqui,não sei se o meu jeito Livia-luzete-de-ser é tão forte que as pessoas da minha família e da do meu ex-marido não se atreviam a bater de frente comigo, só minha ex-sogra que sempre comentava que conhecia uma criança que morreu porque bebia leite de soja. O Pietro bebeu leite de sja desde os 3 meses de idade e nunca comeu um pedação de carne vermelha até os 1 e 5 meses de idade - qdo voltei a trabalhar - daí em diante nao posso assegurar. Sempre teve uma saúde de ferro,está com 18 anos e poucas vezes o teve se quer gripe. Eu nunca me meti nas escolhas dos outros pais,por mais que eu ache uma declaração de falta de amor aos filhos,então...não se meta na minha forma. Posso ser gentil, lavar a louça,ajudar nas compras, ser o ouvido para as queixas,mas minha forma de criação NINGUÉM SE METE! É muito importante sim manter os laços de família,mas...uma viagem por outros lugares também é tão saudável...nesse caso...até mais saudável!
Flor, seu filho é pequeno,mas conversando vc vai conseguir negociar,é lógico que a vontade do sorvete e etc vai imperar,mas se houver uma negociação qto as vezes e fazer "terror" mesmo (rsrsr - momento madrasta)dizer que nao faz bem a saúde, faz mal a barriga e aos dentes, blá,blá,blá.
Bom, tem um selo apra vocês. Beijos e boa semana.
É, Kalu... Não é fácil, mesmo! Quando meu pequeno vai para as avós, já sabemos o que ele virá falando: mãe, assisti ao pica-pau, depois ao Ben-10, depois a um DVD, depois... As duas, a minha mãe e a de meu marido acham que enquanto a criança estiver feliz vendo TV, tudo bem... Não tem limite. Aqui em casa a TV só é ligada para uma sessão cinema em família ou quando sabemos de um programa interessante. Ou seja, umas 3 ou 4 vezes no mês. E ele a-do-ra TV. Antes ele tinha um dia da TV: sexta-feira, por uma hora. Mas percebi que aquilo era como uma "droguinha" para ele. Ele ficava ansioso aguardando o tão esperado momento. Achei que estava fazendo mal da mesma forma e conversei com ele. Disse que preferia vê-lo brincando, na casa de um amiguinho ou mesmo passeando no parque do que vendo TV. Ele entendeu (a duras penas... Foi um processo de uns 5 meses) e passou a pedir TV vez ou outra. Mas quando ele vai às avós, acho que é a desforra! Assiste tudo e não reclamo, não. Ele sabe que a regra de lá é essa e daqui é outra. Se a gente for impor nossa regra a todos, tb não dá. E um pouquinho não faz mal... O que vale, como alguém já falou aqui, é o costume. O que a criança sente como "normal", cotidiano, diário.
Quanto à alimentação, sou liberada, com moderação... Rs... Nunca comprei um pacote de salgadinhos sequer e o meu filhote sabe que é pq faz mal. Ele não gosta de salgadinhos, só gosta de refrigerante em aniversário (pq ele pode arrotar e fica mais divertida a festa -- nas palavras dele), muito raramente pega um doce da caixinha de doces (sim, ele ganha tanto doce que fizemos uma caixinha! E mesmo assim ele pega muito raramente...), não é fissurado em carne (come, mas com moderação e às vezes recusa)... Enfim. Acho que o hábito faz o monge! rs... Você só tem de sofrer menos nessas férias. Acreditar que o que faz "em casa" é o melhor para ele e deixar ele curtir o que não é de casa...
Boa sorte com essa família às avessas!! rs...
Beijinhos,
Penelope
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